Às mulheres portugueses que hoje sentem dor
por haver menos pão para alimentar os filhos.
Tricana, detalhe, Mestre Alves André, Quebra Costas, Coimbra
Aos filhos
Já nada nos pertence,
nem a nossa miséria.
O que vos deixaremos
a vós roubaremos.
Toda a vida estivemos
sentados sobre a morte,
sobre a nossa própria morte!
Agora como morreremos?
Estes são tempos de
que não ficará memória,
alguma glória teríamos
fôramos ao menos infames.
Comprámos e não pagámos,
faltámos a encontros:
nem sequer quando errámos
fizemos grande coisa?
Manuel António Pina (daqui)
ana,
ResponderEliminarNão posso, não consigo, nesta situação concreta esquecer a mágoa e revolta do homem que, tal como a mulher, não tem pão para dar aos filhos, não tem possibilidade de lhes dar uma vida digna. Um drama que não se compadece com questões de género.
Bom fim-de-semana.
Beijinho.
Fantástico o momento em que captaste este rosto !
ResponderEliminarParece que o Manuel António Pina ( de quem era amigo ) pressentiu que querias que escrevesse esta poesia !
Um beijo, minha amiga.
E assim não temos o direito de ignorar hora nenhuma.
ResponderEliminarA foto é belíssima.
bjs nossos
Olá, Ana! Linda homenagem. como sempre sabes fazer. Tanta desigualdade ainda, tanta dor, tanta ansiedade...O poema do Pina é muito bonito e triste!
ResponderEliminarUM beijo e uma flor de mimosa, à maneira da Itália!
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarLinda foto, Ana! Muitos parabéns!
ResponderEliminarFeliz Dia da Mulher para ti e todas as senhoras amigas que te visitam. :-)
Uma bonita homenagem que fazes às mães que criam os seus filhos com muitas dificuldades.
A situação na Europa é deveras preocupante e temo que o número de mulheres em dificuldades para criar os seus filhos venha a aumentar cada vez mais.
Neste momento, na Holanda, por exemplo, já começam a surgir propostas de lei muito preocupantes, como a mais recente, apresentada pela ministra dos Assuntos Sociais (Partido Trabalhista), em nome do governo de coligação: quem quiser reclamar os benefícios sociais (para os quais descontou, note-se), vai ter de falar holandês. Caso contrário, se as pessoas não frequentarem as aulas ou falharem nos exames, os benefícios sociais podem ser temporariamente suspensos (e entretanto, vivem do ar??). A aprendizagem da língua deverá ser condição obrigatória para o pedido da pensão de sobrevivência (e que apoia muitas pessoas com incapacidades físicas, convém salientar). Isto vai contra a legislação internacional, convém notar. E defende uma coisa destas, um partido que tem tido na sua base o apoio dos imigrantes... Eu acho que é importante aprender a língua, ir às aulas e fazer os exames, mas não aceito que seja condição para reclamar benefícios para os quais já se desconta e bem.
O que estão a propor, para mim, abre caminhos à discriminação e à xenofobia. Este tipo de medidas não augura nada, nada de bom, Ana, é o que te digo (estou a torcer para que esta proposta não passe e espero, que nas eleições locais, que se realizam este mês, os imigrantes votem em força, já que não podemos votar nas legislativas).
A Europa, a continuar assim, está a seguir por caminhos que fazem adivinhar mais miséria e mais violência.
Tristes tempos estes, Ana, tristes tempos...
Desculpa o meu desabafo, mas o teu post interpelou-me.
Um beijinho e bom fim-de-semana!
Há dias assim
ResponderEliminarBjs tantos
para os dois
Mãe, não há mulher melhor.
ResponderEliminarGL,
ResponderEliminarNão é uma questão de género. Utilizei esta ideia hoje, dia da mulher, centrando nela esta mágoa. Se fosse dia do homem, escolheria uma figura masculina.
Beijinho. :))
João,
O que disse aquece-me a alma.
Beijinho amigo.:))
Amigas Vurdóns,
Que bom vê-las por aqui.
Beijinhos muitos. :)))))))
Maria João,
Obrigada pla mimosa que veio de Itália.
Beijinho. :))
Sandra,
Gostei muito da tua partilha. Fez-me impressão que me contas. Achei Amesterdão uma das cidades mais livres que conheço. Porém, parece-me aparente essa liberdade pois a medida que contas vai contra o espírito de liberdade.
Xenofobia inspira-me receio, falta de humanidade. Será que a Europa do século XXI se está a assemelhar com a do princípio do século XX?
Assusta.
Beijinho e desejo que não ganhe as eleições. :))
Mar Arável,
Obrigada.
Beijinho. :))
Agostinho,
Não sei que responder. :))
Adorei a foto e o poema que não conhecia! Grata pela visita!
ResponderEliminarOlá linda...de novo!
ResponderEliminarparece-me que é da zona de Coimbra...eu sou do Vale-do Açor...entre Coimbra e Miranda do Corvo!
Obrigada pela visita também.:))
ResponderEliminarUm dia sempre muito especial para mim, ana - dia de aniversário da minha mulher.
ResponderEliminarBeijinhos e votos de boa semana!
Pedro,
ResponderEliminarEra o dia de aniversário do meu pai.
Parabéns para a família.
Beijinho.:))
Tudo pelo melhor
ResponderEliminarObrigada, Puma!
ResponderEliminarBoa noite.:))
Fico a torcer por ti, Ana !
ResponderEliminarUm beijo.
Obrigada,
ResponderEliminarJoão.
Beijinho. :))