27/03/2014

Urtigas com "Palavras Aladas"

Urtigas "são folhas no chão".

PALAVRAS ALADAS

Palavras aladas
Soltas no tempo
Rumo ao horizonte
Onde o sol abrasa
Linha tangente.
Um sabor a sal 
A mel e a limão
As palavras vão
Escoradas na brisa
São folhas no chão.
Tapete de cores
Pinturas reais
Voo de gaivotas
Suspiros e ais.
Nas ruas largas,
Estreitas ou escuras
Lavadas pela chuva
As palavras aladas
Rasam as alturas.
Rumando para Norte
Para Sul e para Poente
Do Nascente acenam
Vontades e sonhos
Num veleiro qualquer.
As palavras aladas
Vão para onde tu vais.

Maria José Carvalho Areal, Sabor a Sal e a Mel. Tui: Gráficas Juvia, 2006,  p. 127-128.

Obrigada Cláudia.

14 comentários:

  1. Tenhoa certeza que vais ser muito bem votada com estas tuas URTIGAS, Ana !

    Adoro Bizet e, em particular, esta ária da Carmen.
    Obrigado pela oportunidade de a ouvir sem contar !

    Um beijo.

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  2. O ritmo do poema é excelente, ana
    Beijinhos

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  3. Palavras leva-as o vento, diz o ditado!
    Aladas ou não, podem ser botões de rosa ou ferir como urtigas!

    Carmen de Bizet - simplesmente genial!! Já ouvi umas dez vezes e vou continuar...:))
    Gosto imenso!

    Um beijinho.:))

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  4. Lindo poema!

    E a foto é muito gira!

    Um beijinho

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  5. Bizet, sim, um dos meus preferidos e Cramen, já vi (coliseu do Porto)maravilhosa. Bela escolha.
    Do poema, agradecida pela sua publicação.
    Ficamos um pouco sem jeito, falar de nós. As palavras sobram ou faltam, indicando-nos simplesmente, que o silêncio faz sentido.
    Obrigada, mesmo. Que as "palavras aladas" cheguem a todos e que delas se possam servir.
    Maria José Areal

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  6. A música sublime.
    Mª José Areal vale a pena, tem muita garra. Tenho andado à cata para a conhecer.
    Urtigas: faz-se uma suspensão na respiração para não picarem, muito ricas em ferro, sopinha para anemias.

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  7. Este comentário foi removido pelo autor.

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  8. João,
    Não creio. :))
    Obrigada na mesma pelo incentivo.
    Beijinho:))

    Pedro,
    Gostei muito deste poema, do ritmo e das palavras. :))
    Beijinho grato. :))

    Cláudia,
    Tem razão às vezes as palavras ferem como urtigas, não são o caso destas aladas.
    Gostei muito deste poema, da primeira leitura, este foi o meu eleito.
    Mas à medida que for lendo posso descobrir mais. :))
    Beijinho grato.:))

    Margarida,
    É bonito, não é?:)))
    Beijinho. :))

    Isabel,
    Obrigada. Achei esta urtiga em Lisboa, surpreendeu-me estar no meio da cidade.:))
    O poema é lindo.
    Beijinho. :))

    Maria José,
    Parabéns pelo poema e pela sua sensibilidade.
    Grata também pela visita e pelo seu registo.:))
    Boa noite!:))

    Agostinho,
    Achei graça à utilidade das urtigas. Procurei a sua simbologia mas só encontrei a sua utilidade. Como é que alguém pode comer estas folhas?
    Grata pelo seu registo.:))
    Boa noite. :))

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  9. Gostei do poema. Tenho de conhecer melhor esta autora.
    Bjnho!

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  10. Lindas as tuas urtigas. Sabes que se faz um belo "risotto" com elas?
    Um beijo e bom fim de semana!

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  11. Chá de urtigas
    dilui o sangue
    para os que o têm muito espesso

    Bjs

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  12. Acostumei-me com elas nos guentos ... adorei as palavras.

    bjs muitos

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