14/12/2011

Little Boxes

Vale a pena ouvir, ver, ler e pensar.


Little Boxes de Pete Seeger




Little Boxes

Little boxes on the hillside
Little boxes made of ticky tacky
Little boxes
Little boxes
Little boxes all the same
There's a green one and a pink one
And a blue one and a yellow one
And they're all made out of ticky tacky
And they all look just the same


And the people in the houses all go to the university
And they all get put in boxes, little boxes all the same
And there's doctors and there's lawyers
And business executives
And they're all made out of ticky tacky and they all look just the same
And they all play on the golf course and drink their martini dry
And they all have pretty children and the children go to school
And the children go to summer camp
And then to the university
And they all get put in boxes, and they all come out the same
And the boys go into business and marry and raise a family
And they all get put in boxes, little boxes all the same

There's a green one, and a pink one
And a blue one and a yellow one
And they're all made out of ticky tacky
And they all look just the same



Tem de haver mais para além de pequenas caixas onde nos enfiamos todos os dias!



Nenúfares bailam e não têm raízes fixas...

Jardim Botânico de Coimbra


13 comentários:

  1. Que lindo Ana...há tanta coisa pra conhecer, tanta vida pra viver. Desapegar é algo muito difícil, mas excencial para que possamos viver - na real extensão da palavra.

    bjs nossos

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  2. Pequenas caixas, "muros nos quintais".
    Será porque as pessoas se sentem mais confortáveis, mais seguras?
    Bjs

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  3. O ser humano devia ser viajante do mundo. Não ter pouso certo.
    Mas para tal acontecer, o mundo teria que estar estruturado de outra maneira.
    Certamente que nos sentimos mais seguros assim, mas será que somos mais felizes? Talvez não. Não estamos com as pessoas que gostamos, não visitamos os locais que gostaríamos, Nem para nós temos tempo... estamos "presos" à profissão, à casa, ao comodismo!!

    Um beijinho do tamanho do mundo

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  4. Ana,
    Obrigado por me relembrar Pete Seeger. Houve uma época em que o ouvia regularmente, de preferência com o Woody Guthrie (embora eu já seja mais da geração que ouvia o filho deste último, Arlo...).
    Pois é, as "caixinhas" em que nos engaiolamos e que não nos deixam voar...
    O estranho é que, por vezes, até parece que nos empenhamos sériamente na sua construção, passa a ser o nosso objectivo de vida.
    Ser sempre um nenúfar tb talvez não seja bem uma solução duradoura satisfatória, acaba por deixar marcas e vazios...
    Ah, a insatisfação!...
    Restará apenas o sonhar?
    Rui

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  5. Eu confesso que gosto de estar em casa e gosto da minha casa, das minhas coisas.
    Acho importante termos alguns laços.
    Mas reconheço como tudo pode ser transitório e de um momento para o outro a nossa vida pode mudar completamente.
    Dou valor às coisas e desfruto-as, sabendo que no fundo podem ser-me tiradas a qualquer momento.
    Sobreviveria.
    Beijinhos

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  6. Pode haver de cores variadas, mesmo até de vários feitios, mas só servem para uma única coisa, guardar algo, secretamente, dentro delas.
    Quantos segredos teremos nós escondidos?? Eu tenho alguns...dentro da caixa

    Beijo

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  7. Cozinha dos Vurdóns,
    Obrigada por gostarem. Alicia-me a transitoriedade!

    5 bjs. :)))))

    Pedro,
    Não sei Pedro se é apenas uma questão de segurança ou de algum conformismo...

    Bjs. :)

    Cláudia,
    É isso mesmo, talvez o mundo, o nosso mundo não esteja estruturado para isso!

    Um beijinho do "tamanho do mundo" também! :)

    Rui,
    Também ouvia mais o Arlo com o Guthrie, numa fase em que gostava muito de Graham Nash, Stephen Stills e Neil Young. Isto para não falar no Bob Dylan, Joan Baez, Janis Joplin, Mamas and Papas,... porque convivi muito com uma geração anterior à minha.
    O seu bom senso diz tudo.
    Sonhar, sim, ainda ninguém conseguiu roubar os sonhos!
    Bj. :)

    Isabel,
    Como eu gostava de ter esse teu sentido da vida, invejo-te (no bom sentido)!

    Bj caloroso. :)

    Carlota,
    Que visão tão gira a sua. É uma forma de ler esta canção. Será um pouco parecida com a da Isabel?
    Bj caloroso!

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  8. :-) Este post toca-me especialmente :-) e faz-me sorrir.
    Creio que o segredo, pelo menos para mim, passa por vivermos intensamente o ambiente onde estamos.
    Talvez, por isso, no meu coracao, guardo varias casas, as quais habitam dentro de mim e vao comigo para onde eu for.
    Em miuda, tive varias casas em simultaneo, fechadas so no trinco, onde podia entrar sempre que quisesse, uma delas um moinho, outra com um sotao cheio de arcas, outra com vista para o Tejo (esta era a morada oficial onde eu ia dormir todas as noites), outra onde aprendi a fazer flores de papel, outra onde comia a melhor charlotte do mundo,...
    Ja em adulta mudei quatro vezes de casa e uma de pais. Aproveitei ao maximo cada uma e talvez por isso, nao me custou tanto a partir cada vez que soube que era altura de faze-lo.
    Ha dias perguntaram-me se eu sabia onde era a minha casa. Eu disse que sim, que sabia. E dentro de mim, que e a minha casa. O resto, os tarecos, compoem a minha tenda e vao para onde eu for.
    Beijinhos, Ana! :-)

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  9. Ana, desculpe o abuso (se o é), mas não posso deixar de dizer o seguinte: gostei particularmente deste post, mas gostei mais ainda da variedade e da riqueza das respostas. Um tema que parece tão simples e, no entanto, com tanta diversidade de opiniões...

    Digamos que isto acaba por ser uma tertúlia mas virtual!

    Beijinhos

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  10. Os nenúfares são a minha perdição, mas poucos tenhp visto "ao natural": é mais Monet que outra coisa...
    Beijs

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  11. Sandra,
    Adorei o seu comentário, as suas casas, principalmente a do moinho que é uma experiência que nunca tive.
    Também já mudei algumas vezes de casa. O sótão que me lembro com carinho e o único em que vivi momentos agradáveis foi em casa da minha avó. Brinquei muito com os fatos que se encontravam em malas, baús antigos...
    Grata pelo seu sorriso!
    Bjs. :)

    Cláudia,
    Nunca é um abuso. Diga tudo o que quiser e lhe apetecer partilhar. Também fico satisfeita por ler diversas opiniões, obriga-me a reflectir. Gosto de tertúlias há mais partilha, constroem-se mais "casas" com janelas para voar! :)
    Beijinho.

    MJ,
    Adorava ter um nenúfar em casa. Nunca consegui apanhar nenhum. Em Lisboa encontra na Gulbenkian mas os de Monet são lindos!
    Beijinho. :)

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  12. Ana, andei pensando no que disse a Cláudia e alguma me intrigou nestas resposta assim como na homenagem que ac fez a nós e a zerafim - o maior simbolo de liberdade humana são os rhom, a nação com maior significado de nômede são os rhom. Esse é o modo mais combatido socialmente de se viver, é sonho e fantasia para as pessoas e essa realidade é invejada e combatida.
    Quando a Claudia diz: estamos "presos" à profissão, à casa, ao comodismo!!está coberta de razão e esse é o maior medo dos rhom, estar aprisionado ao que não possui valor de alma.

    Gostei que essa reflexão viesse a tona...gostamos, faz parte da nossa realidade de vida, nós descendentes que sempre estamos no caminho do meio.

    bjs meus

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  13. Cozinha dos Vurdóns,
    O que veio acrescentar também me faz reflectir.
    "... maior medo dos rhom, estar aprisionado ao que não possui valor de alma".
    É muito bonito isto que afirma, vou ter que pensar...pensar!

    Bjs para si e para as 4. :)

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