Quem verdadeiramente não quantifica o tempo são as pombas. Faço minhas as palavras de Bernardo Soares não somos: "nada". Quem deveras conhece a liberdade são elas...
A conversa das pombas, Praça da República, Tomar
... e do alto da majestade de todos os sonhos, ajudante de guarda-livros...
L. do D.
... e do alto da majestade de todos os sonhos, ajudante de guarda-livros na cidade de Lisboa.
Mas o contraste não me esmaga — liberta-me; e a ironia que há nele é sangue meu. O que devera humilhar-me é a minha bandeira, que desfraldo; e o riso com que deveria rir de mim, é um clarim com que saúdo e gero uma alvorada em que me faço.
A glória nocturna de ser grande não sendo nada! A majestade sombria de esplendor desconhecido... E sinto, de repente, o sublime do monge no ermo, do eremita no retiro, inteirado da substância do Cristo nas pedras e nas cavernas do afastamento do mundo.
E na mesa do meu quarto sou menos reles, empregado e anónimo, escrevo palavras como a salvação da alma e douro-me do poente impossível de montes altos vastos e longínquos da […] estranha recebida por anel de renúncia em meu dedo evangélico, jóia parada do meu desdém estático.
s.d.
Bernardo Soares, Livro do Desassossego, Vol.I. Fernando Pessoa. (Recolha e transcrição dos textos de Maria Aliete Galhoz e Teresa Sobral Cunha. Prefácio e Organização de Jacinto do Prado Coelho.) Lisboa: Ática, 1982, p. 41.
São o que são, concordo com vc Ana. Deveríamos procurar canto semelhante, mas infelizmente ensinamos diferentes notas e isso dificulta a nossa liberdade. Quem sabe um dia...pombas. A inquietude nos ajuda na construção.
ResponderEliminarbjs meus
adorei o novo tom.
É bonito não é Ana? Imaginar a leveza dos pássaros. às vezes apetecia voar...
ResponderEliminarGostei do blog assim
Bj
Cozinha dos Vurdóns,
ResponderEliminar"A inquietude" o principal obstáculo para sermos verdadeiramente livres. Obrigada!
Bjs 1 + 4 :)))))
George Sand,
É isso mesmo deveriamos ter a possibilidade de atingir a leveza!
Obrigada.
Bj. :)
Bonito.
ResponderEliminarTambém gostei do novo ar do blogue.
Leve.
Beijinhos
Quando vejo assim um monte de pombas recordo sempre o mesmo episódio, ana.
ResponderEliminarUm bom amigo, hoje ilustre advogado em Coimbra, que levou uma cagadela na zona da Sé Velha quando íamos para a Faculdade.
Cheirava tão mal!!!
Teve de ir a casa mudar de roupa.
E, no autocarro, ainda teve que suportar os olhares de reprovação dos outros passageiros :))
Bjs e boa semana
Só a grandeza de carácter poderia evoca a sua própria pequenez, cara ana.
ResponderEliminar(Tenho as melhores recordações de visitas a Tomar e é bom revê-la por aqui)
Um abraço.
Pedro,
ResponderEliminarUma história anedótica e que pode acontecer a qualquer um. Fez-me lembrar António Aleixo. :)))
Bjs.
R,
Obrigada!
Quem assume a pequenez, é porque olha de mais alto e pode ver a profundidade do ser! :)
Um abraço!
Isabel,
ResponderEliminarSó agora reparei que não te respondi, mas dizem que os últimos são os primeiros.
Sabes como adoro pombos, andorinhas, pássaros... porque eles conhecem a verdadeira liberdade!
Bjs. :)