Vi uma andorinha em voo rasante porque passou ao meu lado. A Primavera no seu auge mostrou-se branca e negra, a cor da andorinha. Pensei: que pena não ter aqui a máquina para a eternizar! Todavia, o que nós queremos que seja eterno, eterno será porque não é a película que a retém mas sim, a memória, a ideia, o conceito. O conceito não é necessariamente a realidade.
Associei os meus pensamentos a Chagall e Lowry.
Associei os meus pensamentos a Chagall e Lowry.
Chagall, Child with a dove,1977-78.
Oil on canvas. 65 x 54 . Private collection
A gaivota – varredora do infinito, caçadora de estrelas comestíveis – salvei-a nesse dia – era eu rapaz – quando ela, entalada numa vedação junto de um rochedo, se debatia e acabaria por morrer cega pela neve. Embora me atacasse, tirei-a sem a magoar, puxando-lhe os pés com estas mãos, e durante um momento maravilhoso, ergui-a à luz do Sol, antes que ela se desprendesse, desfraldando as asas angélicas sobre o estuário gelado.
Malcolm Lowry, Debaixo do Vulcão, Lisboa: Relógio de Água, 2007, p. 150
Malcolm Lowry, Debaixo do Vulcão, Lisboa: Relógio de Água, 2007, p. 150
Este post é quanto a mim perfeito. TrÊs elementos, três obras, três génios que muito estimo.
ResponderEliminarJinhos.
Ana,
ResponderEliminarObrigado por este post....adorei!
Beijinhos
Blue
Lindíssimo! Bj!
ResponderEliminarJJ,
ResponderEliminarMuito obrigada!
Bjs. :))
Blue,
Muito obrigada!
Bjs. :))
Margarida,
Muito obrigadaa!:))
Estava com falta de inspiração mas queria registar o voo da gaivota. Modifiquei um pouco o post inicial. :)))
Fiquei com a sua andorinha nos olhos...
ResponderEliminarE com o Chagall, sempre genial.
Um beijinho de boa noite
M.J
MJ Palcão,
ResponderEliminarAs andorinhas são tão bonitas, não são?
Projectam um voo rápido e por vezes de forma caótica. Gosto muito.
Aguardo pelo seu olhar, :)))
Beijinhos!:)
Magnífico!
ResponderEliminarObrigada, Manuel Poppe!:)
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