PEDRO LEMBRANDO INÊS
Em que pensar, agora, senão em ti? Tu, que
me esvaziaste de coisas incertas, e trouxeste a
manhã da minha noite. É verdade que te podia
Dizer “ Como é mais fácil deixar que as coisas
não mudem, sermos o que sempre fomos, mudarmos
apenas dentro de nós próprios?” Mas ensinaste-me
a sermos dois; e a ser contigo aquilo que sou,
até sermos um apenas no amor que nos une,
contra a solidão que nos divide. Mas é isto o amor,
ver-te mesmo quando te não vejo, ouvir a tua
voz que abre as fontes de todos os rios, mesmo
ele que mal corria quando por ele passámos,
subindo a margem em que descobri o sentido
de irmos contra o tempo, para ganhar o tempo
que o tempo nos rouba. Como gosto, meu amor,
de chegar antes de ti para te ver chegar: com
a surpresa dos teus cabelos, e o teu rosto de água
fresca que eu bebo, com esta sede que não passa. Tu:
a primavera luminosa da minha expectativa,
a mais certa certeza de que gosto de ti, como
gostas de mim, até ao fim do mundo que me deste.
Poema de Nuno Júdice, Pedro Lembrando Inês, Lisboa: D. Quixote, 2009, p.40
Bailado Pedro e Inês
Bom dia Ana
ResponderEliminarEm relação à sua pergunta, experimente assim: no youtube, copie o código html do vídeo; depois, no seu blog, vá a Design- Elementos de Página; clique "adicionar miniaplicação"; vai aparecer-lhe uma série de funções - escolha HTML/Javascript e cole aí o código do vídeo do youtube; ajuste os valores relativos a "width" e "height", presentes no texto html ( terá que os reduzir senão o vídeo fica muito grande e "sai" da sua coluna esquerda - é aí que quer pôr a vinheta, não é?); depois é só guardar e voilá!
Se surgir alguma dúvida,é só perguntar!
Beijinho
(ah e gostei muito do post, particularmente do texto de Nuno Júdice :)
A música é maravilhosa, ficará lindamente como elemento de página.
ResponderEliminarVou pô-la a tarde toda em replay. :)))))
Jinhos.
P.S. Vim para Lisboa, é onde trabalho actualmente.
Virgínia,
ResponderEliminarMuito obrigada, vou tentar.
Gosto da poesia de Nuno Júdice.
Beijinho :).
JJ,
Obrigada.
Feliz começo. Lisboa oferece uma imensidão de possibilidades é o coração de tudo.
JJ,
ResponderEliminarBjs, desculpe a falta de gentileza! :)
Virgínia,
Muito obrigada por este ensinamento. Hoje aprendi mais uma coisa.
Que bom! :)
Bjs
Lindo, lindo poste!! Uma perola!! O poema, a musica, tudo! Maravilha!Estou a aplaudir de pe!! ;-)
ResponderEliminarBRAVO!!!!
Sandra,
ResponderEliminarÉ uma querida. Fico muito contente por ter gostado. E hoje soube especialmente bem!
Bjs :)
Talvez tenha sido conseguido uma das edições mais brilhantes da blogosfera.
ResponderEliminar(Este talvez é apenas uma reserva para edições melhores)
Lembro-me de ter estado há meia dúzia de anos em Alcobaça e de ter vindo de lá deslumbrado com a riqueza estética dos túmulos de Inês e D. Pedro.
Quanto ao poema do Nuno Judíce é belo e nada mais acrescentaria.
É um sortilégio tê-lo como nosso contemporâneo.
A bailarina do CNB não é a Ana Lourenço?
(Só uma nota, Ana.
Gostei muito do comentário deixado no «Guizo».
Aquela série que tu sugeriste dever estar ausente, pelo que conheço do relacionamento entre pares, é verosímil e aceitável pela regularidade e facilidade com que ocorre entre um casal.
SEndo a efemeridade tão acentuada e presente nestes tempos que se vão gastando, passar da superlativa exaltação emocional ou mais violento dos relacionamentos, às vezes parece estranho. Mas acontece.
Gostei muito do teu comentário.)
Bjs
JPD,
ResponderEliminarMuito obrigada mas não sei se vou conseguir melhor! :)
A bailarina é Ana Lacerda e a coreografia é de Olga Roriz.
Ainda bem que o meu comentário entrou em sintonia com o texto tão criativo e com a excelente análise do feminino/masculino.
Aninhamiga
ResponderEliminarNão venho para te ensinar nada sobre vídeos e eteceteraetal que, nisso e noutras coisas da informática, sou um velho burro, que, por tal, não aprende línguas; muito menos as ensina.
Venho para te dizer que tiveste uma ideia linda - a publicação do PEDRO LEMBRANDO INÊS do Nuno Júdice. E para te agradecer a mesma. E, ainda, para te dizer que espero por ti, sempre, lá na Travessa. Que tem uma nota sobre a Senhora Dona Olívia Berta, 91 anos lucidérrimos, viúva, professora primária aposentada - que foi votar. E que é a minha Tiazinha. Talvez gostes...
Qjs
Henrique Antunes Ferreira
ResponderEliminarMuito obrigada pela sua visita e pelas suas palavras.
Agradeço também o convite para ler essa história deliciosa!
Abraço!