"This rather unusual painting on the reverse of the Christ Carrying the Cross depicts a naked child pushing a walking-frame. This is the Christ Child, whose first halting steps clearly parallel Christ struggling with his Cross on the obverse, while the toy windmill or whirligig clutched in his hand probably alludes to the Cross itself. Thus Bosch gives us a touching picture of Christ in all his human frailty as he begins the road to his Passion."
Nota retirada daqui
29/04/2010
Hieronymus Bosch
Dia mundial da Dança
Uma retrospectiva de alguns dos seus melhores momentos. Nunca vi esta bailarina ao vivo mas não perco a esperança... Hino à dança, à beleza e graciosidade.
28/04/2010
Agradecimento
Meux, 1881–82, oil on canvas, The Frick Collection, New York
Harmony in Blue and Gold: The Peacock Room, designed by James McNeill Whistler, 1876-77, Freer Gallery in Washington D.C.
The Princess from the Land of Porcelain.
Poema, (A plenitude do silêncio)
POEMA
Nunca gozei a plenitude do silêncio,
esse estado de alma que nos faz
reverter à pureza virginal
como um pássaro pousado no infinito.
No limiar de cada passo,
de cada gesto, de cada verso,
há um íntimo rumor de vozes
a acordar a quietude azul do céu.
Se eu pudesse isolar esse murmúrio
descobriria o viso que demarca
o silêncio casto, a liberdade,
do metal opressivo das palavras.
António Arnaut, As noites Afluentes, Coimbra: Coimbra Editora, 2001, p. 151
27/04/2010
Os balcões sucessivos sobre o rio
Os balcões sucessivos sobre o rio
Os balcões sucessivos sobre o rio
as tesouras de poda nas roseiras
a sonolência lânguida e perversa
esse todo coerente e sobre ele apenas
a abóbada da minha perfeição
é esse o meu convite à desistência
a pena menos pública do mundo nos
lagos das finas flores dos sabugueiros
onde a mulher soltava os cabelos
pra que neles se prendesse o cheiro a erva
Ela tinha um aspecto inesperado
vinha com o vestido cor magenta nos
braços que lhe cresceram sobre a terra
movia-se ao andar como uma barca
Importa-me é o curso do dia e da noite
Vou andar um bocado nos caminhos
é pela hora em que não há ninguém
nudez desprevenida dos meus dias
mas só de noite desço até ao mar após
as sete horas da tarde hora crepuscular
os cheiros confortáveis e antigos
imagens dum lirismo fraudulento
um conforto algum tanto apreensivo
coisas que desde a infância a construíam
Mudo de opinião continuamente
espero o teu regresso pela tarde
e cuidadosamente velo a minha cólera
A vida é para mim pesar de pálpebras
leitura de discursos no outono
na casa abandonada e submetida à chuva
Regresso afinal aos próprios hábitos
sorrisos de mulheres sobre a areia
sou fiel à tristeza e pouco mais
e meto então um lenço num dos bolsos
que cheira ao perfume dos pinheiros
Ave de alarme sou deixem-me só
sou um contemporâneo assisto a tudo
os sinos vesperais nos dias de verão
o cão que passa numa encruzilhada
um cântaro que racha inexplicavelmente
confundido no hálito do mar
a minha saudação aos infantes do medo
crianças que iniciam o andar
Espero por alguém espero pelo sol
pla doçura estival da laranjeira
ando pelos caminhos muito tempo
e passo pelas portas devassadas pelos ventos
em cujos gonzos sopram agonias
E espero de novo a floração da primavera
Não quero nada quero estar presente sobre
as dunas do começo dos pinhais
nesse mundo de medos e animais
onde abri os meus olhos para a luz de agora
E perco todo eu em contriçães
ó terra branca e carnal e triste
as minhas madrugadas do sargaço
abertas nos bocejos da neblina
quando o tempo é suave e chega em dunas
à sensibilidade das narinas
nas horas generosas da maré
Ruy Belo, Despeço-me da Terra da Alegria, Lisboa: Editorial Presença, 1978, p. 19-21
26/04/2010
Trees - Joyce Kilmer
TREES
THINK that I shall never see
A poem lovely as a tree.
A tree whose hungry mouth is prest
Against the earth's sweet flowing breast;
A tree that looks at God all day,
And lifts her leafy arms to pray;
A tree that may in Summer wear
A nest of robins in her hair;
Upon whose bosom snow has lain;
Who intimately lives with rain.
Poems are made by fools like me,
But only God can make a tree.
Alfred Joyce Kilmer, foto da wikipedia
"Trees" was originally published in Trees and Other Poems. Joyce Kilmer. New York: George H. Doran Company, 1914.
Memórias da escrita 1 - Camus, Hoje, a mãe morreu...
Hoje, a mãe morreu. Ou talvez ontem, não sei bem. Recebi um telegrama do asilo: "Sua mãe falecida. Enterro amanhã. Sentidos pêsames". Isto não quer dizer nada. Talvez tenha sido ontem. O asilo de velhos fica em Marengo, a oitenta quilómetros de Argel. Tomo o autocarro das duas horas e chego lá à tarde. Assim, posso passar a noite a velar e estou de volta amanhã à noite. Pedi dois dias de folga ao meu patrão e, com uma razão destas, ele não mos podia recusar. Mas não estava com um ar lá muito satisfeito. Cheguei mesmo a dizer-lhe: "A culpa não é minha". Não respondeu. Pensei então que não devia ter dito estas palavras. A verdade é que eu não tinha nada que me desculpar. Ele é que tinha de me dar os pêsames. Mas com certeza o fará, depois de amanhã, quando me vir de luto. Por agora, é um pouco como se a mãe não tivesse morrido. Depois do enterro, pelo contrário, será um caso arrumado e tudo passará a revestir-se de um ar mais oficial. Tomei o autocarro às duas horas. Estava muito calor. Como de costume, almocei no restaurante do Celeste. Estavam todos com muita pena de mim e o Celeste disse-me: "Mãe, há só uma". Quando saí, acompanharam-me à porta. Estava um bocado atordoado e tive que ir a casa do Manuel, para lhe pedir emprestados um fumo e uma gravata preta. O Manuel perdeu o tio, há meia dúzia de meses.Tive de correr para não perder o autocarro. Esta pressa, esta correria e, talvez, também os solavancos, o cheiro da gasolina, a luminosidade da estrada e do céu, tudo isto contribuiu para que eu adormecesse no caminho.
Albert Camus, O Estrangeiro, Lisboa: ed. Livros do Brasil, p.47-48. (Trad. Rogério Fernandes; pref. Jean-Paul Sartre)
25/04/2010
Apoteose de Homero!
O conjunto clássico bem como a forma piramidal das personagens pintadas foi Ingres buscar a Rafael ao fresco Parnassus na Stanza della Segnatura no Vaticano.
25 de Abril: a árvore da Liberdade!
25 de Abril, Chico Buarque
Poema à liberdade
Das cordas dedilhadas
de uma guitarra
sai um gemido cristalino:
É um grito de dor
de medo
de luta!
É a alma de um povo
que estremece
com a guerra e a morte.
É um fado que não é fado
mas que conta a História
de um destino amordaçado.
É um grito de liberdade
é a justiça cantada
é o sonho do Homem
poder dizer um dia:
“Sou livre”.
24/04/2010
A poesia no Japão Feminino...
23/04/2010
Jan van Eyck, O espelho convexo!
Livros. no Dia Mundial do Livro!
não és mais do que as outras, mas és nossa,
e crescemos em ti. nem se imagina
que alguma vez uma outra língua possa
pôr-te incolor, ou inodora, insossa,
ser remédio brutal, mera aspirina,
ou tirar-nos de vez de alguma fossa,
ou dar-nos vida nova e repentina.
mas é o teu país que te destroça,
o teu próprio país quer-te esquecer
e a sua condição te contamina
e no seu dia-a-dia te assassina.
mostras por ti o que lhe vais fazer:
vai-se por cá mingando e desistindo,
e desde ti nos deitas a perder
e fazes com que fuja o teu poder
enquanto o mundo vai de nós fugindo:
ruiu a casa que és do nosso ser
e este anda por isso desavindo
connosco, no sentir e no entender,
mas sem que a desavença nos importe
nós já falamos nem sequer fingindo
que só ruínas vamos repetindo.
talvez seja o processo ou o desnorte
que mostra como é realidade
a relação da língua com a morte,
o nó que faz com ela e que entrecorte
a corrente da vida na cidade.
mais valia que fossem de outra sorte
em cada um a força da vontade
e tão filosofais melancolias
nessa escusada busca da verdade,
e que a ti nos prendesse melhor grade.
bem que ao longo do tempo ensurdecias,
nublando-se entre nós os teus cristais,
e entre gentes remotas descobrias
o que não eram notas tropicais
mas coisas tuas que não tinhas mais,
perdidas no enredar das nossas vias
por desvairados, lúgubres sinais,
mísera sorte, estranha condição,
mas cá e lá do que eras tu te esvais,
por ser combate de armas desiguais.
matam-te a casa, a escola, a profissão,
a técnica, a ciência, a propaganda,
o discurso político, a paixão
de estranhas novidades, a ciranda
de violência alvar que não abranda
entre rádios, jornais, televisão.
e toda a gente o diz, mesmo essa que anda
por tal degradação tão mais feliz
que o repete por luxo e não comanda,
com o bafo de hienas dos covis,
mais que uma vela vã nos ventos panda
cheia do podre cheiro a que tresanda.
foste memória, música e matriz
de um áspero combate: apreender
e dominar o mundo e as mais subtis
equações em que é igual a xis
qualquer das dimensões do conhecer,
dizer de amor e morte, e a quem quis
e soube utilizar-te, do viver,
do mais simples viver quotidiano,
de ilusões e silêncios, desengano,
sombras e luz, risadas e prazer
e dor e sofrimento, e de ano a ano,
passarem aves, ceifas, estações,
o trabalho, o sossego, o tempo insano
do sobressalto a vir a todo o pano,
e bonanças também e tais razões
que no mundo costumam suceder
e deslumbram na só variedade
de seu modo, lugar e qualidade,
e coisas certas, inexactidões,
venturas, infortúnios, cativeiros,
e paisagens e luas e monções,
e os caminhos da terra a percorrer,
e arados, atrelagens e veleiros,
pedacinhos de conchas, verde jade,
doces luminescências e luzeiros,
que podias dizer e desdizer
no teu corpo de tempo e liberdade.
agora que és refugo e cicatriz
esperança nenhuma hás-de manter:
o teu próprio domínio foi proscrito,
laje de lousa gasta em que algum giz
se esborratou informe em borrões vis.
de assim acontecer, ficou-te o mito
de haver milhões que te uivam triunfantes
na raiva e na oração, no amor, no grito
de desespero, mas foi noutro atrito
que tu partiste até as próprias jantes
nos estradões da história: estava escrito
que iam desconjuntar-te os teus falantes
na terra em que nasceste, eu acredito
que te fizeram avaria grossa.
não rodarás nas rotas como dantes,
quer murmures, escrevas, fales, cantes,
mas apesar de tudo ainda és nossa,
e crescemos em ti. nem imaginas
que alguma vez uma outra língua possa
pôr-te incolor, ou inodora, insossa,
ser remédio brutal, vãs aspirinas,
ou tirar-nos de vez de alguma fossa,
ou dar-nos vidas novas repentinas.
enredada em vilezas, ódios, troça,
no teu próprio país te contaminas
e é dele essa miséria que te roça.
mas com o que te resta me iluminas.
Vasco Graça Moura, in "Antologia dos Sessenta Anos"
22/04/2010
Insinceridade, Vasco Graça Moura!
Oil on canvas. 105.6 x 81 cm. Private collection
A Insinceridade é um sentimento que deprecio. Amo a sinceridade, a frontalidade e a verdade mas, para se terem tais sentimentos, é preciso existir coragem! Apesar de tudo gosto deste poema de Vasco Graça Moura porque é infintamente triste e belo ...
insinceridade
quis-nos aos dois enlaçados
meu amor ao lusco-fusco
mas sem saber o que busco:
há poentes desolados
e o vento às vezes é brusco
nem o cheiro a maresia
a rebate nas marés
na costa de lés a lés
mais tempo nos duraria
do que a espuma a nossos pés
a vida no sol-poente
fica assim num triste enleio
entre melindre e receio
de que a sombra se acrescente
e nós perdidos no meio
sem perdão e sem disfarce,
sem deixar uma pegada
por sobre a areia molhada,
a ver o dia apagar-se
e a noite feita de nada
por isso afinal não quero
ir contigo ao lusco-fusco,
meu amor, nem é sincero
fingir eu que assim te espero,
sem saber bem o que busco.
Vasco Graça Moura, in "Antologia dos Sessenta Anos"
Ventos do Japão: Capricho!
21/04/2010
Alegoria, Nuno Júdice!
ALEGORIA
Mudança: chave de tantas figuras
que construíram o poema, moldaram a
sua forma, abriram à sonoridade do
crepúsculo os versos inúteis, a passagem das
sombras que procuram o abrigo do tempo,
sonhando o destino perecível do humano,
não as expulses de dentro da esperança,
condenando-as à imobilidade da treva;
abre-lhes a porta luminosa do fim -
revelando, num parêntesis de eternidade,
o rosto mortal que enuncia o instante.
Nuno Júdice, As Regras da Perspectiva, Lisboa: Quetzal, 1990, p.7
19/04/2010
Viagem a Itália, Goethe!
Engraving of Fresco Illustrating Genesis
Só agora vi as Loggie de Rafael e as grandes pinturas da «Escola de Atenas», etc.; é como se tivéssemos de estudar Homero a partir de um manuscrito meio apagado e danificado, O prazerda primeira impressão é incompleto, só depois de se ter visto e estudado tudo em pormenor o gozo é perfeito. As secções melhor conservadas são os tectos das Loggie que representam histórias bíblicas, tão frescas que parece terem sido pintadas ontem; é certo que poucas provêm da mão do próprio Rafael, mas resultaram excelentes a partir dos seus desenhos e sob a sua orientação."
Joahnn W. Goethe, Viagem a Itália, vol. seis, Lisboa:Relógio D' Água Editores, 2001, p. 164. (trad. João Barrento)
Sigur Ros - Njosnavelin (acoustic live in Paris)
18/04/2010
"O desmamar de Cristo", Goethe - Viagem a Itália
Oil on wood, 68,5 x 56,8 cm, Museum of Fine Arts, Budapest [Modifiquei o post colocando uma nova imagem]
Nápoles, sobre o dia 22 de Maio [1787]
Johann W. Goethe, Viagem a Itália, volume seis, Lisboa: Relógio de Água Editores, p. 268, (trad. João Barrento)
Dia Internacional dos Museus, um local especial...
Em comum os dois espaços têm a majestosidade da paisagem que se perde de vista e as muralhas que contam histórias.
EM SINTRA
As águas maravilham-se entre os lábios
e a fala, rápidos
em Sintra espelhos surgem como pássaros,
a luz de que se erguem acontece às águas,
à flor da fala
divide os lábios e a ternura. Da linguagem
rebentam folhas duma cor incómoda, as de que
maravilhado de água surges entre
livros, algum crime, um
menino a dissolver-se ou dele os lábios e ergues
equívoca a luz depois. Rápidos
espelhos então cercam-te explodindo os pássaros.
Luís Miguel Nava, "Películas", in Poesia Completa 1979-1994, Lisboa, Dom Quixote, 2002
17/04/2010
Young Woman with Rose-tree
A Nave dos Loucos...
Huille sur bois, 58 x 33 cm, Musée du Louvre, Paris
Fragment du volet gauche d'un triptyque au centre perdu. Volet droit à Washington (La Mort de l'avare). Faces extérieures, en grisaille, à Rotterdam (Le Colporteur). Le tableau du Louvre, coupé en bas, se raccorde exactement à un autre fragment conservé à Yale (Allégorie de la gloutonnerie). Se répondent ainsi avarice et excès, deux aspects de la même folie pêcheresse qui éloigne de Dieu, l'excès étant incarné par une assemblée de gloutons et d'ivrognes voguant à leur perte comme des insensés.
Une promenade insolite
"Un groupe de dix personnages sont réunis dans une barque. Le groupe principal se compose d’un franciscain et d’une religieuse jouant du luth, assis face à face. Ils ont la bouche grande ouverte comme pour chanter mais semblent aussi essayer de mordre, comme leurs compagnons, une crêpe pendue au centre de la petite embarcation, allusion à une coutume folklorique qui consiste à manger une galette suspendue sans les mains. Derrière eux sont assis les deux nautoniers. L’un d’entre eux a, en guise de rame, une louche géante. L’autre tient en équilibre sur la tête un verre et brandit au bout de sa rame une cruche cassée. Aux extrémités, une femme, d’un côté, s’apprête à frapper avec une cruche un jeune homme retenant une gourde qui trempe dans l’eau. De l’autre, sur un gouvernail de fortune, un petit homme en habit de fou boit dans une coupe. A côté de ce dernier, un autre se penche pour vomir. L’assemblée est dominée par le mât surmonté d’un bouquet de fleurs au centre duquel est représentée une chouette ou une tête de mort. Au-dessus flotte une oriflamme avec le croissant de lune musulman. Une oie rôtie est suspendue au mât. La joyeuse compagnie semble à la dérive, un vaste paysage, au fond, s’étend à l’infini".
Gran Torino - Clint Eastwood & Jamie Cullum!
Gran Torino
So tenderly your story is
nothing more than what you see
or what you've done or will become
standing strong do you belong
in your skin; just wondering
gentle now the tender breeze blows
whispers through my Gran Torino
whistling another tired song
engine humms and bitter dreams grow
heart locked in a Gran Torino
it beats a lonely rhythm all night long
it beats a lonely rhythm all night long
it beats a lonely rhythm all night long
Realign all the stars above my head
Warning signs travel far
I drink instead on my own Oh! how I've known
the battle scars and worn out beds
gentle now a tender breeze blows
whispers through a Gran Torino
whistling another tired song
engines humm and bitter dreams grow
heart locked in a Gran Torino
it beats a lonely rhythm all night long
these streets are old they shine
with the things I've known
and breaks through the trees
their sparkling
your world is nothing more than all the tiny things you've left behind
So tenderly your story is
nothing more than what you see
or what you've done or will become
standing strong do you belong
in your skin; just wondering
gentle now a tender breeze blows
whispers through the Gran Torino
whistling another tired song
engines humm and bitter dreams grow
a heart locked in a Gran Torino
it beats a lonely rhythm all night long
may I be so bold and stay
I need someone to hold
that shudders my skin
their sparkling
your world is nothing more than all the tiny things you've left behind
so realign all the stars above my head
warning signs travel far
i drink instead on my own oh how ive known
the battle scars and worn out beds
gentle now a tender breeze blows
whispers through the Gran Torino
whistling another tired song
engines humm and better dreams grow
heart locked in a Gran Torino
it beats a lonely rhythm all night long
it beats a lonely rhythm all night long
it beats a lonely rhythm all night long
Written by Clint Eastwood, Jamie Cullum, kyle Eastwood and Michael Stevens.
Performed by Jamie Cullum and Don Runner.
16/04/2010
Una Furtiva Lagrima - Elisir d'Amore, Gaetano Donizetti
Una furtiva lagrima
negli occhi suoi spuntò:
Quelle festose giovani
invidiar sembrò.
Che più cercando io vo?
Che più cercando io vo?
M'ama! Sì, m'ama, lo vedo. Lo vedo.
Un solo instante i palpiti
del suo bel cor sentir!
I miei sospir, confondere
per poco a' suoi sospir!
I palpiti, i palpiti sentir,
confondere i miei coi suoi sospir...
Cielo! Si può morir!
Di più non chiedo, non chiedo.
Ah, cielo! Si può! Si, può morir!
Di più non chiedo, non chiedo.
Si può morire! Si può morir d'amor.
15/04/2010
Gustav Klimt...
Leonardo da Vinci - Flor, in memoriam!
Gabinetto dei Disegni e delle Stampe, Uffizi, Florença.
Madona dos Rochedos, c. 1483-1486, óleo sobre tela, 198 x 123 cm, Versão do Louvre
Nota imagem retirada da wikipedia.
14/04/2010
Retrato de Hugo Simons - Otto Dix!
13/04/2010
Uma rosa...
É acreditando nas rosas que as fazemos desabrochar
Anatole France
Retirei daqui por gostar da rosa que vi.
12/04/2010
Retrato de Cosimo I de Medici!
Para C.A.
Retrato de um Jovem, Angelo Bronzino.
Óleo sobre tela, 95,5 × 74,9 cm, Metropolitan Museum of Art, New York
11/04/2010
Malcolm MacLaren e Catherine Deneuve!
Malcom McLaren morreu ontem, aos 64 anos. Foi o inventor do punk, era provocador e foi companheiro de Vivienne Westwood, com quem abriu a boutique Let It Rock. Foi Manager dos Sex Pistols, uma banda punk-rock. Trabalhou com Catherine Deneuve e Quentin Tarantino.
Villaret: José Régio Cântico Negro!
Retirado directamente do youtube.
10/04/2010
Alice no Pais das Maravilhas: Ilustrações de Rackham!
Pensamentos de Marco Aurélio!
Nudez... Vergílio Ferreira
Vergílio Ferreira, Carta ao Futuro, Lisboa: Bertrand, 1981, p. 14
Para APS.
09/04/2010
Catrin Finch - Goldberg Variations de Johann Sebastian Bach
Depois de passar no Arpose onde encontrei esta interpretação belíssima que não conhecia!
08/04/2010
07/04/2010
Beethoven - Emperor Concerto
06/04/2010
Vergílio Ferreira - Carta ao Futuro!
x
Escrevo-te para daqui a um século, cinco séculos, para daqui a mil anos... É quase certo que esta carta te não chegará às mãos ou que, chegando, a não lerás. Pouco importa. Escrevo pelo prazer de comunicar. Mas se sempre estimei a epistolografia, é porque é ela a forma de comunicação mais directa que suporta uma larga margem de silêncio; porque ela é a forma mais concreta de diálogo que não anula inteiramente o monólogo. Além disso, seduz-me o halo de aventura que rodeia uma carta: papel de acaso, redigido numa hora intervalar, um vento de acaso o leva pelos caminhos, o perde ou não aí, o atira ao cesto dos papéis e do olvido, ou o guarda entre os sinais da memória. Por sobre tudo, porém, agrada-me falar desde o centro deste Inverno e desta cidade mortal que me cercam. Ouço as vozes subterrâneas à alegria mecânica, aos passos cronometrados, à azafama de nervo e esquecimento que adivinho ao longe, numa metrópole-síntese construída em arame e cimento, e é bom que essas vozes ressoem na minha boca".
05/04/2010
À procura de um céu negro encontrei a luz de Hieronymus Bosch!
No Céu Negro!
Olio su tavola, 86,5 x 39,5 cm, Palazzo Grimani di Santa Maria Formosa, Venezia
No Céu Negro
Não é usado o adjectivo escuro
ou obscuro
que o poema se escurece
ele possui a sua escuridão
uma noite que
o esconde e molha no céu negro
Gastão Cruz, Escarpas, Lisboa: Assírio & Alvim, 2010, p.79
04/04/2010
A Ressurreição - Gregório Lopes
Museu Nacional de Arte Antiga
Proveniência: Mosteiro de Santos-o-Novo (Lisboa) (N.º INV: 1175)
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