M. C. Escher,''Still Life with Spherical Mirror'', Lithograph, 1934.
POEMA
Nunca gozei a plenitude do silêncio,
esse estado de alma que nos faz
reverter à pureza virginal
como um pássaro pousado no infinito.
No limiar de cada passo,
de cada gesto, de cada verso,
há um íntimo rumor de vozes
a acordar a quietude azul do céu.
Se eu pudesse isolar esse murmúrio
descobriria o viso que demarca
o silêncio casto, a liberdade,
do metal opressivo das palavras.
António Arnaut, As noites Afluentes, Coimbra: Coimbra Editora, 2001, p. 151
O poema é muito bonito!
ResponderEliminarObrigada. Boa noite!
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