09/09/2015

Um encontro com Renoir

Depois de ter visto o filme de Gilles Bourdos: "Renoir" sobre Pierre Auguste Renoir tive vontade de conhecer a casa onde ele viveu os últimos anos de vida. Foi, pois, com emoção que visitei a propriedade, tentando imaginar quanto possível a vivência de um dos mentores do impressionismo.

Na subida... ao encontro de Renoir 
- Casa - Museu Pierre Auguste Renoir, Cagnes - Sur- Mer ou Domaine des Collettes

A flora é luxuriante. O azul do mar no horizonte enche os olhos e apazigua a alma. A paisagem humana é diferente da do início do século XX, tal como, provavelmente, parte de algumas plantas mas dá para nos encontrarmos com o ambiente em que o pintor viveu e com as cores que conviveu. Encontramos as  oliveiras centenárias e os caminhos sinuosos.

Mais próximo da casa de Renoir, ela recebe-nos de portas e janelas abertas


Renoir, Coco lising, 1905;  Cópia de Albert André, La petite fille au cerceau de P.A. Renoir
Casa-museu Renoir, Caignes Sur Mer 


A sala de jantar e a sala de estar. Não sei se estaria assim quando Renoir a habitava mas tem muitas fotografias que testemunham o seu quotidiano.


O mar, as cores, os cheiros eram provavelmente ingredientes para os temas escolhidos.


A cozinha

O atelier foi a sala que mais me emocionou.

Perspectiva do quarto de Renoir




A cadeira onde era transportado para o atelier do jardim

Pierre-Auguste Renoir. Natureza Morta. (sd)





O atelier no jardim

Escultura de Renoir representando Aline, sua mulher.

Filme apresentado em Cannes.

26 comentários:

  1. Uma vivência única, calculo, para além de um imenso privilégio.
    Que bonito, que magia em tudo, casa e envolvência.
    Visitas que aliam um imenso prazer a um conhecimento maior do Homem, um Homem por quem tenho uma predilecção muito especial.
    Beijinho, Ana.

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    1. GL,
      Foi sim. Gostei muito de passear, ver a paisagem e algumas obras, poucas pois as grandes não estão aqui.
      A atmosfera é especial.
      Beijinho. :))

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  2. Respostas
    1. Pedro,
      Tem uma luz fantástica e uma paisagem linda. Na altura ainda devia ser mais linda pois apesar de ser muito longe, não havia tanta construção.
      Beijinho. :))

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  3. Que belo passeio, Ana!
    Continuação de umas óptimas férias!
    Beijinhos!

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    1. Sandra,
      Foi excelente, com calor e luz. O azul e o verde são as cores que mais recordo. :))
      Beijinho.

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  4. Com os olhos de ver esmiuçam- se pormenores à vista, ao coração revelam-se segredos (in)imagináveis.
    Visita impressionantemente ilustrada.

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    1. Agostinho,
      Havia muito mais mas tornava-se cansativo. Mostrei o mais significativo.
      Obrigada.
      Ainda bem que gostou.
      Boa tarde. :))

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  5. Abençoadas férias as tuas, pois permitiram que nos mostrasses a beleza da casa e quase encontrássemos Renoir !
    Obrigado pelo teu magnífico trabalho, Ana.

    Um beijo.

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    1. Obrigada, João.
      Foram uns dias bem passados.
      A casa é bonita. No entanto, nada prática para quem tinha cadeira de rodas.
      Beijinho. :))

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  6. Um privilégio o seu espaço partilhado

    Bj

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  7. ~~~
    ~ Que lugar interessante
    e Renoir sem saúde para o apreciar devidamente...
    Não damos o devido valor ao progresso da medicina.

    Impressionante o modo como Renoir pintava os filhos!
    Foram ótimos modelos...

    ~~~ Grata pela excelente partilha. ~~~

    ~~~~~ Beijinhos. ~~~~~
    .

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    1. Obrigada, Majo.
      Tem razão. Na época a medicina não o pôde ajudar como hoje ajudaria. Ele tirou partido da casa, dos ateliers, do jardim mesmo com as suas limitações.
      Beijinho. :))

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  8. Que belo passeio pelo mundo de Renoir! Tiveste muita sorte, ou, pelo mneos, soubeste escolher o passeio. É um prazer ver a casa dentro e fora e rever os quadros que puseste. É um grande pintor! Li o livro do filho dele, Jean Renoir, uma biografia muito viva, afectiva e humana, como é natural. Se puderes, lê-a. Creio que é da Poche ou da Folio...
    Beijinhos e bom começo!

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    1. Maria João,
      Tenho uma biografia do Renoir mas não é do filho. Não sabia que o filho tinha escrito uma biografia do pai, é sempre um risco, não é?
      Embora como cineasta, talvez tenha conseguido ser imparcial. Será?
      Na casa havia fotografias da família e amigos.
      Gostei muito.
      Obrigada.
      Beijinhos. :))

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  9. Uma casa lindíssima, com uma envolvência deslumbrante, mas estava à espera que tivesse mais objectos do dia-a-dia e livros. Será ignorância minha pensar assim?

    Não vi o filme, gostava de ter visto. Tenho o livro de que fala a Maria João, e lembro-me de um post que a Maria João fez sobre ele, que me despertou a curiosidade.

    Andaste por sítios muito bonitos, Ana:)

    Beijinhos:)

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    1. Isabel,
      Tenho vários livros sobre o Renoir. Gosto do impressionismo. Vi este filme e pensei se algum dia andar por aquelas paragens tenho que ir visitar. Acabou por acontecer.
      Não tenho o livro focado pela Maria João pois os livros sobre o Renoir já tenho desde os anos de estudo (adolescência e faculdade). Não me lembro de ter visto esse título, talvez tivesse alguma reserva em o comprar para estudos, talvez o comprasse para lazer. Por agora tenho que o deixar para comprar mais tarde, ainda não debelei a lista de livros a ler. Fiquei com curiosidade, sim. A Maria João fazuns posts com artistas de uma beleza enorme. Devo ter visto também.
      Beijinhos. :))

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    2. Tinha alguns objectos mas poucos. Penso que a opção foi serem retirados e expostos de tempos a tempos. A casa tem alma mas está virada só para os móveis e a presença de Renoir. Quanto a livros não encontrei, o escritório é composto pela escrivaninha e a cadeira mas ele usava óculos e possivelmente leria pouco no final da vida. É provável que tivesse alguém a ler para ele. A casa centra-se sobretudo na pintura e escultura.
      Beijinhos. :))

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  10. Gostei muito deste post, tb porque gosto muito de Renoir. Vi o filme de que fala e li o livro que Jean Renoir (realizador de que tb muito gosto) escreveu Renoir, meu pai, muito ternurento.
    Bom domingo!

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    1. Obrigada, MR.
      Quero ver se arranjo o livro. Agora posso lê-lo sem pruridos. Se calhar na altura não o teria comprado por receio de imparcialidade.
      Boa semana!:))

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  11. Há uma tradução portuguesa do livro, na Bizâncio.

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