O livro que comecei a ler para que a música faça parte do dia-a-dia.
«Senhores Mestres da Música, a Itália já não ouve as excelentes vozes de tempos passados particularmente entre as mulheres e, para grande vergonha dos culpados, vou explicar porquê.»
Bom dia!
«Senhores Mestres da Música, a Itália já não ouve as excelentes vozes de tempos passados particularmente entre as mulheres e, para grande vergonha dos culpados, vou explicar porquê.»
Pier Francesco Tosi (castrado), Introdução à arte do canto,1723.
«Cilindro 1
Roma, 10 de Junho de 1914
Era o parágrafo introdutório da enciclopédia que estava a preparar há mais de dois anos e que devia intitular-se Os Castrados e a Igreja. Título pretensioso, reconheço, mas apreciava a ressonância científica. Por muito tempo, fiquei admirado e também aborrecido por ninguém ter feito o favor de relatar num livro os nossos quatrocentos anos de história.»
Luc Leruth, A Quarta Nota. Tradução de Sandra Ribeiro, Lisboa:Temas e Debates, 2003, p. 9
Musée des Beaux Arts, Nice
Caravaggio, Os Músicos, c. 1595, (uma das versões)
Metropolitan Museum of Art, New York, retirado da Wikimedia Commons
***
«Cilindro 1
Roma, 10 de Junho de 1914
Chamo-me Moreschi, professor Alessandro Moreschi, até há
pouco tempo soprano solista e, oficialmente, chefe dos coros da
Capela Sistina. Sou também um castrado, o último sobrevivente,
ou quase,dessa grande família de cantores, agora
esquecida mas que conheceu mais de dois séculos de glória em
palco e quase quatro à grandeza de Deus.
Era o parágrafo introdutório da enciclopédia que estava a preparar há mais de dois anos e que devia intitular-se Os Castrados e a Igreja. Título pretensioso, reconheço, mas apreciava a ressonância científica. Por muito tempo, fiquei admirado e também aborrecido por ninguém ter feito o favor de relatar num livro os nossos quatrocentos anos de história.»
Luc Leruth, A Quarta Nota. Tradução de Sandra Ribeiro, Lisboa:Temas e Debates, 2003, p. 9
Não tem som, Ana ?
ResponderEliminarJoão,
EliminarTem som, sim.
Espero que goste.
Beijinho. :))
Um belissimo post como sempre. De uma grande sensibilidade.
ResponderEliminarAbraco
Obrigada, Catarina.
EliminarUm abraço.:))
O livro deve ser interessante. Gosto muito da pintura. Beijinhos!
ResponderEliminarMargarida,
EliminarComprei-o na feira do livro em Maio e só agora ando a ler.
É interessante, sim. Ainda estou no início. É uma ficção com alguns dados reais. Farinelli foi baseado nos dados deste professor e soube através de Xilre que a voz do filme é uma mistura de voz feminina com masculina. No prefácio o autor refere estes pormenor. Pensei que era Jaroussky porque o registo de voz dele é tão parecido mas ainda não tinha aparecido (julgo).
Beijinho. :))
Na música clássica o mais complexo
ResponderEliminarsó para virtuais é a fuga
Gostei como sempre
Obrigada, Mar Arável.
EliminarBoa noite. :))
~~~
ResponderEliminar~ A época dos «castratos» também desperta-me muita curiosidade...
~ Era uma dupla infelicidade ser menino orfão e cantar muito bem...
~ Tempo de trevas...
~ Grata por tão bela e generosa partilha...
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~~~ Beijinho. ~~~
~ ~ ~ ~
Tempos difíceis para estes meninos, sim.
EliminarNo entanto as vozes eram as de anjos, pena sair tão caro.
Beijinhos. :))
As chamadas vozes brancas para a "glória" de Deus. Barbaridades harmoniosas.
ResponderEliminarBom trabalho, Ana.
Diz bem, Agostinho, harmoniosas.
EliminarBoa noite. :))
Caravaggio é o pintor favorito da minha mulher, ana
ResponderEliminarBeijinhos
Então é para a sua mulher com muito gosto.:))
EliminarBeijinhos.
Continuo a não ter som neste...
ResponderEliminarJoão,
EliminarÉ pena, pois é uma ária bonita. Esta ópera só conheci através deste livro.
Beijinho. :))
Sempre com interesse! beijinhos
ResponderEliminarObrigada, Maria João.
EliminarVamos ver se este fim-de-semana tenho tempo de visitar todos.
Beijinhos e saudades. :))