Mário Vitória, Semeando Espelhos no Escuro da Perspectiva- Alice na Cidade. (Sem título)
Edifício Chiado, Museu da Cidade, Coimbra
Os relógios e os calendários não existem para nos recordar o Tempo que esquecemos, mas para regulamentar o nosso relacionamento com os outros - na verdade, com toda a sociedade -, e é nesse sentido que os usamos.
Orhan Pamuk, O Museu da Inocência (tradução de Miguel Romeira). Lisboa: Editorial Presença, 2010, p. 354.
O tempo sempre ele a recordar-nos que há passado, presente e futuro...
No livro de Pamuk, o tempo é a chave do linear, do improvável provado... desfecho?
O futuro é tangível.
E prende-se o tempo numa gaiola dourada ?
ResponderEliminarUm beijo ANA ( a imagem está muito boa ! ).
É bem verdade. Gosto de relógios e calendários. Bom sábado!
ResponderEliminarComecei um diálogo, mas optei por fazê-lo no meu blogue :) http://memoriasimagens.blogspot.pt/2014/07/apraziveis-dialogos.html
ResponderEliminarBeijinhos!
Há dois adereços sem os quais nunca saio de casa: relógio e brincos.
ResponderEliminarMas em férias, descuido o relógio e chego a perder a noção dos dias (do mês e da semana).
Se pudéssemos aprisionar o tempo, prendia numa gaiola o tempo das coisas más e deixava livre o da alegria. Mas não é possível...
Gosto muito desta música!
Um beijinho e bom sábado:)
Enquanto peça há verdadeiras maravilhas, autênticas obras de arte.
ResponderEliminarContar o tempo já passado, fazer imaginar o futuro? Aí, as coisas por vezes não são tão simpáticas.
Bom fim-de-semana.
João,
ResponderEliminarObrigada. A instalação é de facto interessante. Dourada, não sei porquê.:))
Beijinho.
Obrigada, Margarida.
Valeu.
Beijinho. :))
Isabel,
Por vezes saio sem o relógio mas é mais ao fim-de-semana e nas férias.
Às vezes somos escravos dele.
Beijinho. :))
Eu simplesmente,
Obrigada. Seja bem-vinda.
Boa noite!:))
Inconfundível David Gilmour e belíssima imagem do Tempo...
ResponderEliminarum beijo amigo
Ah, o tempo! Bela imagem, Ana.
ResponderEliminarSobre o tempo a "coisa" que mais me impressionou...foi: "As time goes by".
Porque le "goes by" mesmo! Mas é bom sempre ouvir a música do tempo a passar...
beijo
O conceito do relógio como base para o sincronismo das interacções é muito interessante. Há algum tempo, alguém dizia que com o advento dos telefones móveis, a ficção clássica que vivia de desencontros tinha perdido a razão de ser: hoje, toda a gente se encontra, pelo menos no mundo civilizado. Nesse aspecto, o relógio deve ter tido, em tempos idos, o mesmo papel que os telefones agora têm, no que toca a sincronizar os encontros das gentes.
ResponderEliminarUm tema fascinante.
Daniel,
ResponderEliminarÉ verdade, no concerto ao vivo continua a fazer vibrar.
Obrigada.
Um beijo amigo. :))
Maria João,
Adoro essa música do Casablanca bem como adoro o filme.
Obrigada.
Beijinho. :))
Xilre,
Obrigada. Por vezes esqueço-me do telemóvel e ele continua desligado na carteira. Mas realmente, nunca mais houve desencontros.
O telefone, então os de baquelite, transporta-nos para um tempo tão mais lento que o actual.
Obrigada pelo seu comentário.
Boa noite!:))
Qualquer tempo é tempo.
ResponderEliminarA hora mesma da morte
é hora de nascer.
Nenhum tempo é tempo
bastante para a ciência
de ver, rever.
Tempo, contratempo
anulam-se, mas o sonho
resta, de viver.
Carlos Drummond de Andrade, in 'A Falta que Ama'
Beijinhos Marianos, cara Ana!
Maria (Eu),
ResponderEliminarMuito obrigada pelo Drummond de Andrade. :))
Beijinho.
O tempo, também como legado de nossas “istórias”, restaura as inquietações e angústias de cada século, no sentido de aclarar os caminhos das experiências humanas sobre a inóspita esteira de terra.Passam-se às raças e as gerações, as línguas e os povos, os países e as fronteiras e as ciências, e também os amores. Faz movimentar ciclopicamente as formas e sentimentos de todas as coisas no espaço do aqui e do agora....Eis o tempo que passou, “só Carolina não viu...”
ResponderEliminarCaro Anónimo,
ResponderEliminarObrigada pela sua mensagem.
Se for Carolina, então obrigada, Carolina. :))
Não identifico a sua citação.
Bom dia!
“Mil versos cantei pra lhe agradar
ResponderEliminarAgora não sei como explicar
Lá fora, amor, uma rosa morreu, uma festa acabou, nosso barco partiu
Eu bem que mostrei a ela, o tempo passou na janela
E só Carolina não viu” – (Carolina - Música de Chico Buarque de Holanda).
Aproveito para parabenizá-la pelos trabalhos “Grafados” no Bolg (In)Cultura.
De grande sensibilidade!!!
Linha_de_pedras,
ResponderEliminarNão associei de todo a Buarque e gosto bastante dele. Já não o ouço há muito tempo.
Obrigada pela sua dupla gentileza, um nome e o trecho da canção.
Boa tarde!:))
-Não tens relógio?
ResponderEliminar-Convém saber a quantas anda.
O certo é que vim aqui tarde e a más horas ouvir o tic-tac do time, antes que the dark side of the moon olvide no escuro as nossas (in)certezas do (nosso) tempo.
Olá Ana,
ResponderEliminarSempre que venho aqui, costumo parar um bocadinho a reler o "O que é ser-rio, e correr?" (Fernando Pessoa).
É como o "tempo" de cada um.
Definido cientificamente igual, sentido pessoalmente como único.
Abraço grande
Agostinho,
ResponderEliminarFez-me rir. Infelizmente tenho relógio. Nas férias largo-o. :))
Aprecio muito os Pink Floyd, mais especificamente, o álbum preferido é
"wish you were here".
Boa noite. :))
Argos,
:)) Obrigada. Sabe que me apaixonei por esse verso: "O que é ser-rio, e correr?"
Somos cada um de nós, não é?
Boa noite.
Olá Ana! Revelo, muito intimamente, meu atrevimento em obtemperar “o que é ser-rio, e correr?" Precisava apenas de um mote. Desculpe pela ousadia, Pessoa! Com certeza não passa nem por perto de suas impressões!
ResponderEliminar“o que é ser-rio, e correr?"
É água descendo no canal como se fossem aragens encanadas a varrer venturas. Nasce nas cabeceiras aéreas e solitárias de partes de lugares; que dá a entender ser brenha trancada em busca de ar.
Na descida vai percorrendo esbarrando nas ilhargas em seus pedaços mais rebaixados para depois correr em comboio entre as matas e muitas outras águas; alargando-se no final, se é que existe o final? Descem então em comunhão, içado aos ventos quentes do meu norte, contíguos com o tempo, como se fossem feixes; iguais remos paralelos sem a pequeníssima tradução de serem quem sabe, um dia, “Elos”.
Águas que correm, que descem e por onde se “acasalam” - sua força maior - desnudam matas entrelaçadas de raízes fantásticas e galhos pendidos que mais parecem espectros envelhecidos há vigiarem o espaço e o tempo de partes de lugares. Assim como os sorrisos largos que correram pelas tempestuosas águas, rentes as correntezas ligeiras do nosso tempo.
“Aqui”, necessariamente a vida é escoltada pelo avesso de um tempo que teimosamente é ser rio e correr...
Abraço!!
Muito bonito.
ResponderEliminarObrigada pela sua interpretação.
Um abraço!:))