27/01/2014

27 de Janeiro, em memória das vítimas do holocausto

Vidas partidas... laços desfeitos... uma visita em memória...                                      
«(...) Eu visitei Auschwitz-Birkenau em Novembro passado. Um vento frio soprava naquele dia, o chão sob os meus pés era rochoso. Mas eu tinha um sobretudo e sapatos resistentes; os meus pensamentos foram para aqueles que não tinham nem uma coisa, nem outra: os judeus e outros prisioneiros que outrora povoaram o campo. Eu pensei naqueles prisioneiros a passar horas em pé, nus, num clima gelado, arrancados às suas famílias, os seus cabelos rapados enquanto os preparavam para as câmaras de gás. Pensei naqueles que foram mantidos vivos apenas para trabalhar até a morte. Acima de tudo, reflecti sobre quão insondável o Holocausto permanece até hoje. A crueldade foi tão profunda, a escala tão grande, a visão de mundo nazi tão deformada e extrema, a mortandade conduzida de uma forma tão organizada e calculada. (...)
Marian Turski, um judeu polaco que sobreviveu a Auschwitz e é hoje o vice-presidente do Comité Internacional de Auschwitz, guiou-me através do infame portão com o lema "Arbeit Macht Frei" (O trabalho liberta) – desta vez em liberdade. O Rabino Yisrael Meir Lau, um sobrevivente de Buchenwald e agora o rabino-chefe de Telavive, esteve ao meu lado na rampa onde os comboios de transporte descarregavam a sua carga humana, e contou o momento traumático quando o rápido movimento do dedo indicador de um comandante das SS significava a diferença entre a vida e a morte. Sinto pesar por aqueles que morreram nos campos, e estou impressionado com aqueles que viveram – que carregam memórias tristes, mas também mostraram a força do espírito humano. (...)
Ao longo de quase uma década, o Programa de Informação “Nações Unidas e o Holocausto” tem vindo a trabalhar com professores e alunos de todos os continentes para promover a tolerância e os valores universais. O mais recente pacote educacional do programa, produzido em parceria com o Museu Memorial do Holocausto nos Estados Unidos, vai ajudar a introduzir estudos sobre o Holocausto nas salas de aula de países como o Brasil, a Nigéria, a Rússia e o Japão. Na cerimónia de comemoração deste ano na sede da ONU, o orador principal será Steven Spielberg, cujo Instituto Shoah para a História Visual e a Educação foi um marco na preservação dos testemunhos de sobreviventes.»

Secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, no Público, 26-01-2014, link.

Anne Frank é mais um registo das vítimas do holocausto.  Casa de Anne Frank (fotografia minha), Amesterdão

O que se podia ver do anexo da fábrica* link



6 comentários:

  1. Para que nunca se esqueça, ana.
    Especialmente agora que à vozes a querer negar estas atrocidades.
    Beijinho e votos de boa semana!

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  2. Uma data a lembrar sempre.
    É o mínimo que se pode fazer!

    Um beijinho.:))

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  3. Samudaripen - o porrajmos, a grande devoração que ainda hoje acontece em todo o mundo. Infelizmente a ONU não inclui a Rromá nas suas comemorações oficiais. Essa é a hora em que sinto vergonha de ser gente.

    a cozinha dos vurdóns

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  4. Ana,
    Ninguém, mas ninguém pode esquecer essa vergonha, esse atentado inqualificável, da mesma forma que não podemos esquecer os holocaustos que se vivem hoje, agora.
    Beijinho.

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  5. Pedro,
    Beijinho. Cumpra-se o memorial. :))

    Cláudia,
    Pois é, juntemos-nos em memória. :))
    Saudades.
    Beijinho.:))

    Queridas Amigas Vurdóns,
    É uma tristeza o que contam. Só nos leva a pensar que a ONU é mais decorativa do que real no seu combate. Lamento.
    Beijinhos. :))

    Mar Arável,
    Que haja eco.
    Beijinho. :))

    GL,
    Tem toda a razão, hoje passamos por vários holocaustos. Temos que parar e mudar.
    Beijinho. :))

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