"Algum dia essa guerra terrível vai terminar. Chegará a hora em que seremos gente de novo, e não somente judeus" (11 de abril 1944)*
É com as palavras de Anne que foco a visita à Casa de Anne Frank, em Amesterdão, mais propriamente ao esconderijo no escritório e fábrica do pai, após a ocupação Nazi. Um momento que considero pesado mas necessário, nele estiveram presentes emoções recordadas da leitura do Diário na minha adolescência. O holocausto através das memórias de uma menina e duma família. Uma visita inesquecível perpetuando os horrores e desumanidades para que o passado não se repita.
Na fotografia pode ver-se a escultura de bronze de Anne Frank de Mari S. Andriessen, no Westermarkt, próximo da Casa Anne Frank. Não consegui ter a escultura só para mim, apesar de ter esperado por um momento solitário. As crianças que por ali passavam juntavam-se em torno da Anne de bronze, acabei por achar que até fazia sentido tê-las todas juntas.
"Ainda passo muitas manhãs de domingo a folhear e a olhar a minha coleção de astros do cinema, que está com um tamanho respeitável"
(28 de janeiro de 1944)
"Não poder sair deixa-me mais chateada do que posso dizer, e sinto-me aterrorizada com a possibilidade do nosso esconderijo ser descoberto e sermos mortos a tiros".
(28 de Setembro de 1942)
Trechos do
Diário de Anne Frank retirados do livro
Casa Anne Frank, Um Museu com História. Amesterdão:Casa Anne Frank, 2012, p. 118 e 119.(Tradução de Eliana Stella). * No prefácio do livro citado.
Anne Frank Huis, Prisengracht nº 263
Uma flor que encontrei em Amesterdão para Anne
DEDICO esta postagem em especial a Myra Landau que viveu em Amesterdão e conheceu esta triste realidade.