A culinária é, essencialmente uma arte e terá de constituir sempre um dos predicados da mulher que não deseje abdicar do seu valor, a despeito de tudo o que se possa dizer e pensar, a despeito de todas as correntes materialistas e ideias de emancipação, nem sempre bem definidas.
Laura Santos, A Mulher na Sala e na Cozinha. Lisboa: Editorial Lavores (16ª edição), s.d. p.8
Um livro que me foi oferecido pela minha avó.
Prazeres: Bacalhau
Como aperitivo, foi servido vermute. Os criados serviram as ostras. Vinho branco: Bucelas; peixe; "sole normande"; vinho tinto: St. Émilion; poulet aux champignons; ervilhas em molho branco: petits pois à la Cohen; champanhe; ananases, nozes; café; chartreuses e licores; conhaque.
Eça de Queirós, Os Maias. Lisboa: Livros do Brasil, p. 134.
Imaginamos o ambiente e a mesa.
ResponderEliminarLinda composição que nunca cansa. Chopin nunca cansa... : )
Catarina,
ResponderEliminarObrigada. Foi um dos pratos do jantar de Natal de trabalho. Estava delicioso.
Não havia ostras mas camarão, um bacalhau fabuloso e um prato de porco que não conhecia e que se designa por lagartinhos. A sobremesa foi mais para o exótico, mousse de maracujá, não havia os tradicionais doces e a finalizar não foi Vermoute mas um Porto com bolo rei.
Boa noite. :))
A Laura Santos não era a mulher do Pintor Abel Santos, por acaso, pois não ? Viviam cá no Porto, em frente ao Palácio de Cristal, abaixo da R. Júlio Dinis.
ResponderEliminarEram visita lá de casa. E ela escrevia. Na minha comunhão, ofereceu-me um dos seus livros, curiosamente intitulado "O SONHO DO JOÃOZINHO".
Infelizmente com as mudanças várias de casa, perdi-lhe o rasto...
Um beijo, ANA.
A Laura que vá dar uma volta ao piano grande... Ela devia era provar uma caldeirada de bacalhau, feita cá pelo "je"... ou uma garoupa de coentrada... ou... ou um arroz de cabidela... uma massinha ou massada... ou... boa!... uma muqueca de marisco... ou um qualquer outro petisco!
ResponderEliminarPredicados da mulher?
Venha de lá a que vier...
O prato é lindo e parece maravilhoso.
ResponderEliminarA música é fabulosa.
bj grande
Que bela combinação... mesa e música.
ResponderEliminarUm amigo meu dizia que se o homem moderno quisesse continuar a comer como em casa da mãe, ou apreendia a cozinhar como a mãe ou nunca casava. Sabias palavras.
ResponderEliminarNão aprendi a cozinhar como a minha mãe, mas na minha qualidade de homem só, lá consigo fazer cerca de 30 pratos diferentes.
um abraço
Boa ementa
ResponderEliminarsó faltam as línguas
que outrora eram oferecidas
com as caras
Bj
João,
ResponderEliminarNão era. Fiz uma breve pesquisa e descobri que era de Lisboa.
Beijinho. :))
Rogério,
Acredito que a sua caldeirada seja famosa mas este livro tem boas receitas e práticas.
Não sou uma afamada cozinheira, os pratos no forno e a doçaria é a minha especialidade. :))
Abraço.
Amigas Vurdóns,
O bacalhau era óptimo. :))
Beijinho agradecido para todas.
Author casulo-online,
Obrigada pela visita seja bem-vinda.
Boa tarde. :))
Luís,
Então é famoso na cozinha. Eu nem por isso. Vou escapando...:))
Um abraço.
Mar Arável,
Não consigo comer as caras nem as línguas mas sou fã de bacalhau.
Eram oferecidas?!
Beijinho. :))
Outros tempos, Ana!
ResponderEliminarActualmente os melhores chefs são homens.:))
Que bom aspecto tem o bacalhau.
Depois, Eça e o requinte. A terminar, a cereja no topo do bolo: Chopin.
Obrigada.
Beijinho.
Gl,
ResponderEliminarObrigada pelas suas palavras.
Beijinho. :))
Ah! Aquele Eça!!!
ResponderEliminarBoa receita de bacalhau e bem acompanhada pela música!!!
Beijinhos
Este seu posto trouxe-me à memória a minha mãe.
ResponderEliminarVivíamos rodeados de nada, nas planuras de Moçambique, mas, sempre que alguma noiva anunciava o casamento, punha-se a minha mãe à secretária, num frenesim, contatando diligentemente com uma livraria de Lourenço Marques para que lhe enviassem com urgência um exemplar da Laura Santos, "Mulher na sala e na cozinha".
Deviam já conhecê-la, na livraria, tal o número de exemplares encomendados ao longo dos anos. Ela, por si só, justificava que a livraria encomendasse anualmente um conjunto apreciável destes volumes.
Se acaso sobreviveram, e é improvável,devem andar esquecidos em Moçambique muitas centenas (os meus pais eram populares) de exemplares deste livro.
O noturno com que acompanha o bacalhau é absolutamente condizente, e numa versão que me encantou.
Boa semana
Manel
Manuel,
ResponderEliminarFico contente que tenha tido boas memórias. Gostava muito de conhecer Moçambique.
A sua mãe deve ter sido especial. A minha avó, que me deu o livro, era.
Quando ela mo ofereceu eu não liguei muito mas agora dou-lhe valor.
Adoro Chopin e, em particular, os noturnos.:))
Obrigada pelo seu registo. Boa noite.
Maria João,
ResponderEliminarO Eça era fantástico. Os jovens conhecem o escritor por causa de um filme que julgo era uma deturpação: do "Crime do Padre Amaro".
Beijinho. :))