Coração de Natal num mundo onde imperam os valores numéricos.
Aos nossos governantes...
NATAL UP-TO-DATE
Em vez da consoada há um baile de máscaras
Na filial do Banco erigiu-se um Presépio
Todos estes pastores são jovens tecnocratas
que usarão dominó já na próxima década
Chega o rei do petróleo a fingir de Rei Mago
Chega o rei do barulho e conserva-se mudo
enquanto se não sabe ao certo o resultado
dos que vêm sondar a reacção do público
Nas palhas do curral ocultam microfones
O lajedo em redor é de pedras da lua
Rainhas de beleza hão-de vir de helicóptero
e é provável até que se apresentem nuas
Eis que surge no céu a estrela prometida
Mas é para apontar mais um supermercado
onde se vende pão já transformado em cinza
para que o ritual seja muito mais rápido
Assim a noite passa. E passa tão depressa
que a meia-noite em vós nem se demora um pouco
Só Jesus no entanto é que não comparece
só Jesus afinal não quer nada convosco
O Natal na poesia portuguesa, (Inrodução e selecção de Luís Forjaz Trigueiros). Porto: Dinalivro, 1987, p.153
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ResponderEliminarPoema
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O pleno!
(tudo bom! É prenda?)
O poema é muito bom. Feliz Natal, Ana!
ResponderEliminarFeliz Natal, Ana!
ResponderEliminarÉ verdade, imperam os valores numéricos e o vil metal comanda o mundo!
ResponderEliminarÉ assustador!
Mas um sorriso, um "muito obrigada", um segurar de porta, um cumprimento ou até mesmo um coração de Natal, continuam a fazer milagres!!
Um beijinho natalício.:))
Querida Ana
ResponderEliminarÉ tempo de ler as linhas da mãos, com sabedoria e altivez,
com humildade e discernimento.
Se a sorte te visita,
não a deixe fugir,
Se a tristeza te acompanha,
te esforça para recordar os momentos felizes,
a sabedoria sempre encontra o caminho,
a serenidade sempre recobra os sentidos,
a magia sempre ilumina a alma
o céu te protegerá por teto,
as estrelas por manto,
e que a liberdade seja sempre gaiola aberta
a guiar serenamente,
as estradas que se abrem.
Porque são nas linhas da tua mão
que se contam as vitórias,
que se tece o tempo,
que se constrói o presente
que se aprende com o passado
que se colhe o futuro.
Nevo Bersh e Lacho Krechuno
(Feliz Natal e Próspero Ano Novo)
Um Feliz Natal, Ana!
ResponderEliminarE depois por aqui nos continuaremos a encontrar!
Um beijinho
Rogério,
ResponderEliminarObrigada. Pode considerar uma prenda. :))
Feliz Natal.
Obrigada, Margarida,
Feliz Natal. :))
Beijinho.
Sandra,
Feliz Natal.
Beijinho.:))
Cláudia,
Obrigada pelas suas palavras.
Beijinho natalício. :))
Queridas Amigas Vurdóns,
Obrigada pelo manto de estrelas, gostava muito de alcançar assim um manto mas parece-me muito difícil. Todavia, o vosso desejo é uma graça para mim.
«Nevo Bersh e Lacho Krechuno»
Beijinho grato. :)))))))
Isabel,
Obrigada, um Feliz Natal para ti, também, e espero que nos encontremos muitas vezes.
Beijinho. :))
Um belo poema, gostei.
ResponderEliminarAna, minha querida amiga, desejo-te um FELIZ NATAL e um PRÓSPERO ANO NOVO.
BOAS FESTAS para ti e para a tua família.
Beijo.
Por vezes a realidade
ResponderEliminarultrapassa a ficção
Tudo pelo melhor
Bjs
Lindo. Obrigado, querida Ana! E, para o ano, arranje modo de eu ir aí palrar... FELIZ NATAL E BEIJOS!
ResponderEliminarNilson,
ResponderEliminarMuito obrigada,
Boas Festas!:))
Mar Arável,
Tudo de bom. :))
Querido Manuel,
Eu é que agradeço.
Feliz Natal.
Brijinho. :))