23/01/2013

A. H. Oliveira Marques - sobre os portugueses

Gárgula, Sé Velha, Coimbra
A. H.Oliveira Marques em torno da sua memória. 
O historiador nasceu a 23 de Agosto de 1933 e faleceu a 23 de Janeiro de 2007.

Sobre os portugueses na centúria de quinhentos.

«Os homens são de mediana estatura, mais sobre o pequeno do que sobre o alto, mais sobre o moreno do que sobre o louro, de aspecto triste.» 

 A. H. Oliveira Marques, Portugal Quinhentista, Ensaios. Quetzal Editores, Referências, Lisboa, 1987.

Os portugueses continuam com a sua tristeza, uma caraterística que é imutável.

 

11 comentários:

  1. Ana, maravilhoso o Réquiem de Mozart. Tem o poder de nos elevar, sempre que o escutamos, ou melhor o sentimos. Perfeito para a tristeza da alma portuguesa. Obrigada por permitir que partilhemos de momentos como esse. Beijos. Boa semana.

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  2. Não me revejo nesse perfil, embora não seja alto...
    Mas não me assustes com o ano do nascimento e com o ano do falecimento !

    REQUIEM ?
    Gosto de tantos !
    Ouviste o Côro da Gulbenqian e respectiva Orquestra no de Verdi ?
    Para mim, talvez o melhor dos MELHORES !

    Um beijo.

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  3. Com o entusiasmo, até me esqueci de dizer :
    A tua imagem é FABULOSA !

    E o KARAJAN não lhe fica atrás !

    ( ainda não me respondeste à pergunta do livro... )

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  4. Este português não, ana.
    Bem pelo contrário!
    Beijinho

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  5. Ana, a fotografia da gárgula está formidável. E, com este tempo, são bem necessárias. Já para não falar na beleza das mesmas.

    Oliveira Marques, um nome incontornável da História. A sua obra fala por si.

    Um beijinho.:))

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  6. Ainda outro dia, na revista Panorama, citava-se Unamuno que dizia qualquer coisa como: os portugueses são um povo triste e mesmo quando sorriem o seu sorriso é triste. Concordo inteiramente com ele. Nota-se no "fado" e nos cantares alentejanos, nota-se na nossa arte e na nossa literatura. Mesmo Eça, no final dos "Maias" dizia algo parecido. Actualmente acho que ainda estamos pior... Talvez um dia levantemos a cabeça. Seria bom. Bjs!

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  7. Uma característica de um povo ou uma consequência de um país que continuamente se adia?

    Um beijo

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  8. Não sei se concordo que somos um povo triste; direi antes, que estamos muito tristes e desalentados devido as dificuldades económicas do momento e as preocupações associadas.
    Quando cheguei aos Países Baixos, e nos primeiros anos, senti falta dos barulhos das conversas nos nossos cafés/restaurantes, dos risos nas esplanadas, do toque mais solto dos portugueses. Mas eu saí de Portugal em 2007, altura que os meus amigos e conhecidos não acreditavam quando lhes dizia que Portugal estava a mergulhar numa crise económica profunda que vinha para ficar um tempo considerável. Lembro-me de dizer ao meu marido: "Ou saímos agora, ou já será muito difícil". Este ano, quando aí fui, encontrei um ambiente muito carregado e deprimido e já não o ambiente solto que me recordava.
    Mas concordo que temos mais propensão para pensarmos que somos piores que os outros, que a nossa situação é sempre pior que a do vizinho, que o que é de fora é sempre melhor - visão na qual não me incluo, pois temos um património (seja arquitectónico, musical, natural,...) e cultura invejáveis. Irrita-me também quando oiço o discurso que somos um país pequeno e periférico e por isso, somos pobres e coitadinhos e uns desgraçados e mais não sei o que. Até onde sei, a Bélgica, os Países Baixos, o Luxemburgo, o Lienchtestein são países mais pequenos que Portugal e... mais ricos. Nós temos muitos e variados recursos, cuidamos mal, isso sim(veja-se o caso das florestas, por exemplo, e os incendios que ocorrem todos os anos). E não somos periféricos; estamos sim, no centro do mundo, entre a Europa, a África e a América - saibamos pois, tirar partido desta localização geográfica formidável.
    O comentário já vai longo, mas vou contar-te uma pequena história que se passou aqui, comigo, logo no início. Estava numa consulta de ginecologia, com uma médica holandesa, já perto dos sessenta anos, que me perguntou com ar irónico e a gozar se Portugal já pertencia a Europa. Não gostei do tom, nem da pergunta. Respondi que sim, há muito tempo, que éramos a nação mais antiga da Europa e aquela com fronteiras definidas há mais tempo, que tínhamos feito a primeira globalização, que démos novos mundos ao mundo e que estávamos na UE desde meados dos anos 80. E na sequencia de outros comentários menos abonatórios e injustos a Portugal, acrescentei que temos cientistas brilhantes, escritores e músicos de renome mundial e que recebemos prémios internacionais com muita frequencia, incluíndo nas áreas da Saúde e da Biologia. Bom, isto para dizer, que, apesar dos pesares, não temos de baixar a cabeça a ninguém e não valemos menos que ninguém. Tomara muitos países, incluíndo este onde vivo, terem as taxas de sucesso que temos em determinadas áreas.
    Agora se me perguntares o que faz, na minha opiniao, atrasar Portugal, direi: a impunidade face a corrupção, o xico-espertismo, o compadrio, a má gestao de dinheiros públicos e o consequente desperdício (anos e anos nisto...), o facto de, a troco de uns dinheiros, termos deixado cair a agricultura, a pesca e a industria e o termos deixado, ao longo de muitos anos, de valorizar o que é nosso e bom. Acabou-se o comércio tradicional, por exemplo. O que vale a minha mae, que tem muitas dificuldades de locomoção, é ter alguem que vai ao centro comercial buscar-lhe as compras. As mercearias e pequenos supermercados quase que desapareceram do mapa. Muitos idosos deixaram de ter esse ponto de apoio, importante ao nivel do convívio, da vigilancia, da proximidade de fornecimento e até de ajuda financeira (antigamente, valiam a muito gente quando havia faltas de dinheiro em casa e acabavam por fiar os alimentos, por alguns dias, até os velhotes, por exemplo, receberem as pensoes).
    Estes teus posts dao sempre pano para mangas...:-)) Vou-me embora :-)))
    Bjs!!







































































































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  9. Gosto muito deste Requiem! E claro também do de Verdi. Acho que gosto de "requiems", dão uma certa paz...
    O português é isso tudo, mas muito mais ( de bom!): a solidariedade inesperada depois da cara fechada, o interesse, a vontade de ajudar...
    Sobre o físico lembro-me de ter lido uma caracterização assim mais ou menos "dolicocéfalos de baixa estatura, com influência céltica, loiros e etc também"...
    Gostei do que disse O Presépio do Canal, que está lá fora e - ou por saudade, ou porque a distância ajuda a relativizar os "nosos" defeitos ou tristeza- sabe o que são as qualidades. Eu vivi uns 30 anos por fora e nunca ouvi dizer mal dum português! Muito pelo contrário... ficava bem contente.
    Beijo grande no dia de hoje! It's a wonderful day, parafraseando o maravilhoso Louis!
    http://youtu.be/V2RbFVRRtqI

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  10. A todos agradeço as palavras amigas e gentis.
    A todos dou um beijinho, e um em especial à Sandra que escreverei com mais tempo para agradecer a sua mensagem que me acompanhou todo o dia(24/1).

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