[Orlando] Não defrontava apenas com os problemas que têm confundido os maiores sábios, como « Que é o amor? Que é a amizade? Que é a verdade?» - mas logo que pensava nisso, todo o seu passado, que lhe parecia tão longo e múltiplo, precipitara-se naquele segundo prestes a cair, dilatava-o até umas doze vezes o seu tamanho natural, coloria-o com mil cores e enchia-o com todos os resíduos do universo. Em tais pensamentos (ou como se queira chamar) empregou meses e anos da sua vida. Não seria exagero dizer que saía do almoço com trinta anos, e voltava para o jantar com cinquenta e cinco, pelo menos. Algumas semanas acrescentaram um século à sua idade; outras, não mais de três segundos, no máximo. Em suma, a tarefa de avaliar a extensão da vida humana (não nos atrevemos a falar nos animais) excede a nossa capacidade, pois tão depressa afirmamos que dura séculos, logo nos recordam que é mais breve que o cair de uma pétala de rosa.
Virgínia Woolf, Orlando, Lisboa: Livros do Brasil, sd., p. 69. (Introdução de Cecília Meireles)
Virgínia Woolf oferece-nos:
- Interrogações que são intemporais;
- A natureza humana em todas as acepções da palavra;
- A descrição pormenorizada do ambiente que cria;
- A beleza do silêncio e do ruído das personagens.
Em suma, lança-nos na angústia de mergulharmos ao mais íntimo de nós.
Virgínia Woolf foi uma proeminente figura do modernismo londrino. Nasceu ainda, durante o período vitoriano, em Londres a 25 de Janeiro de 1882.
Como aquariana, seguindo o livrinho que
uma amiga me ofereceu, podemos considerar a escritora: inteligente, com gosto pela inovação e pautando-se por um pensamento progressista.
Virgínia Woolf oferece-nos:
- Interrogações que são intemporais;
- A natureza humana em todas as acepções da palavra;
- A descrição pormenorizada do ambiente que cria;
- A beleza do silêncio e do ruído das personagens.
Em suma, lança-nos na angústia de mergulharmos ao mais íntimo de nós.
Virgínia Woolf foi uma proeminente figura do modernismo londrino. Nasceu ainda, durante o período vitoriano, em Londres a 25 de Janeiro de 1882.
Como aquariana, seguindo o livrinho que
uma amiga me ofereceu, podemos considerar a escritora: inteligente, com gosto pela inovação e pautando-se por um pensamento progressista.
Obrigada pelo livrinho que aumentou a minha colecção de mini-livros. :)
Horas, um filme maravilhoso de Stephen Daldry baseado no livro de Michael Cunningham e que foca a figura de Virgínia Woolf e o seu livro Mrs Dalloway, o primeiro livro que li da escritora.
"Quem tem medo de Virginia Woolf?", não é, ana?
ResponderEliminarBjs
Que bem que soube recordar "Orlando", a minha obra favorita desta escritora...
ResponderEliminarbjs
eu faz tempo que li practicamente tudo de Virginia Wolf, mas acho que vou ler outra vez, gostei muito dela,e estou de acordo com V.jorge, o que mais gostei foi de Orlando!!!!
ResponderEliminarConfesso qie nunca li nada dela - mas fiquei com vontade. O excerto é muito bonito dá que pensar. Bjs!
ResponderEliminarJá vi o filme e esta cena final é inesquecível.
ResponderEliminar"Orlando" tenho de reler.
Obrigada!
L.B.
Pedro,
ResponderEliminar:))))
Beijinho.
Virgínia,
Estou a gostar muito de ler este livro. Compreendo porque é o seu favorito.
Beijinho.:)
Myra,
tem sido uma surpresa agradável ler este livro.
Beijinho.:)
Margarida,
Vai gostar é interessante. Li Mrs Dalloway, um livro de Contos, penso que foi tudo e gostei.
Beijinho. :)
Lígia,
Obrigada pela visita. `s vezes é bom relermos um livro que l~emos há muito a perspectiva é sempre diferente.
Abraço. :)
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarVi o filme e gostei muito. Já li algumas coisas da Virgínia Woolf e tenho para aí mais uns quantos livros dela. Por enquanto, continuarão no monte, à espera de vez.
ResponderEliminarBeijinhos