11/07/2011

levando a vida

Gare do Oriente, Um gótico fora do tempo, o sol da noite. Lisboa



Hoje, lembrei-me de uma amiga que me fez o mapa astral. Preciso de arrumar a casa, concentrar-me, trabalhar.

Não vou encontrar a serenidade, não sei onde mora. Não tenho a rua, o número da porta, nem o país onde se situa. Talvez seja numa ilha que ainda não foi encontrada.

Ontem, vi o Marcelo Rebelo de Sousa tecer um elogio a Maria José Nogueira Pinto que me tocou. Sem me imiscuir em partidarismos, gostei da evocação, dela retirei que ajudar os outros é uma máxima que o homem devia seguir.

Hoje, o sol ainda não brilha mas irá brilhar porque ninguém vive sem o astro maior. Um dia, quiçá, ele morrerá e o homem também, mas só num futuro longínquo a natureza se encarregará de tal proeza. Porque é que não aproveito este sol?

A vida escreve-se sem interveniência directa, por vezes, somos marionetas, algo nos move sem nós querermos.

O rio de Blake corre, levando a vida e nessa correria até ao mar encontramos várias margens...



À minha amiga, obrigada!

13 comentários:

  1. Tem toda a razão, Ana. Às vezes preocupamo-nos demasiado com o futuro e subestimamos a beleza própria de cada momento.


    Esta fotografia é linda e o rio do Balke então...! Boa semana, bom dia.


    Jinhos.

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  2. Olá ana,
    Não ouvi o que disse o Marcelo.
    Ainda assim, qualquer elogio a Maria José Nogueira Pinto é merecido.
    Uma Senhora até ao fim.

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  3. Ola, Ana

    Linda fotografia! Gostei muito. :-)
    Eu gostava e admirava muito a MJNP. Queria ter-lhe dedicado um post e nao consegui escrever. Cada vez que tentava, comovia-me. Eu nao sabia que a senhora estava doente. Fui apanhada de surpresa com a noticia da sua morte na net, na qual ainda nao indicavam o motivo do seu desaparecimento. Fiquei chocada e sem perceber nada. Tao nova! Um mulher ainda com tanto para dar! Sempre tao dinamica e entregue as causas em que acreditava!
    So mais tarde, li que estava doente. Fiquei muito triste.
    A MJNP foi empenhada, independente, trabalhadora e corajosa ate ao fim.
    Fica-nos o legado de tudo o que fez de bom pelo seu semelhante e o seu exemplo de vida.
    Bjs!

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  4. Arrumar a casa, concentrarmo-nos...é o que precisamos todos hoje em dia com a vida agitada para onde o presente nos empurrou.Mas pode depender de nós também buscarmos um pouco de tranquilidade.Saber colocar em 1º lugar o que realmente tem importância.
    Não ouvi o Marcelo Rebelo de Sousa,mas tive oportunidade de ler a última crónica de Maria José Nogueira Pinto, publicada após a sua morte. Comovente.

    Gostei da sua foto, tenho-as nesse local, mas de dia.Modéstia à parte, mas também sairam muito bem.Estou aprendendo!

    vamos viver O DIA, que a vida passa depressa demais!

    Um beijinho
    Isabel

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  5. Ana,
    De vez em quando paramos e juntamos determinadas peças deste enorme tabuleiro que é a vida. E surge a reflexão, a constatação...
    Talvez a sabedoria chegue quando conseguirmos transportar, no nosso dia a dia, estes lampejos de lucidez.

    Beijo :)

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  6. Oi amiga,
    seu post tem tudo a ver com o meu último rss
    "Levar a vida" na marcha lenta acho nao é viver. Ando em busca também de algo que sangre, mas nao deixe escoriacoes, dá pra entender? Também nao entendo!! lol!

    Beijinhos

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  7. Somos suspeitas ao falar dessa gare, ela embalou nossas vistas e foi nossa referencia em Lisboa. A arquitetura é linda, forte, simples, o que a faz diferente são as luzes. E por Deus, no fim é isso mesmo.

    5 bjs grandes

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  8. Gostei muito deste post. A fotografia, o texto... tocaram-me muito.
    Não conhecia o rio do Blake... tão belo!
    Obrigada :)
    bjo

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  9. JJ,
    O rio de Blake é extremamente belo. Obrigada!
    Bjs. :)

    Pedro Coimbra,
    Gostei de o ver por aqui, só é pena as férias terminarem. Obrigada!
    :)

    Sandra,
    Ela já está doente há algum tempo e mesmo assim não perdeu a determinação, o que é louvável.
    Espero pelo seu post, escrito mais a frio. Obrigada por ter gostado do que escrevi e da fotografia. :)
    Bjs. :)

    Isabel,
    Também li o artigo dela que me fez impressão, pela energia e alguma serenidade com que o escreveu.
    É difícil arrumar a casa, nem sempre é fácil, mas aos poucos lá se vai dando um jeito. Limpa-se aqui e acolá e pronto talvez o sol nasça outra vez.
    Isabel tem que inaugurar o seu blogue para colocar a sua sensibilidade e bom gosto.
    Bjs. :)

    A sabedoria é um patamar a almejar mas o que nos dá? Às vezes uma solidão imensa.
    Obrigada pelas suas palavras, AC e bem haja!
    Beijo. :)

    Cris,
    julgo que entendo, é preciso mexermo-nos, movimentarmo-nos, procurar, andar mesmo que caiamos algumas vezes.

    Das feridas nasce a contemplação.
    Bjs. :)

    Cozinha dos Vurdóns,
    A luz, vamos procurá-la sim. Adoro gares, partidas e chegadas, vaiajar mesmo que às vezes a saudade magoe. Esta gare desenhada por Calatrava é linda mas é pouco prática, no Inverno apanhamos chuva e frio. Talvez não devesse ter a altura das catedrais.
    5 Bjs, com carinho. :)))))

    Virgínia que bom vê-la por aqui e obrigada por ter gostado. :)
    Bjs. :)

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  10. Olá Ana,

    Gostei deste post...

    Nós de facto ''mandamos'' muito pouco, mas existe uma razão.Eu quero acreditar que um dia também chegarei lá para finalmente perceber...

    Um beijinho grande

    Blue

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  11. Blue,
    Acabei de te visitar.
    Havemos de chegar lá, temos que acreditar.
    Beijinhos e é muito bom passares por aqui!:)

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  12. Oi Ana!

    para "seguir" minhas postagens, tem o gadget dos "seguidores" que quase sempre tem andado "fora do ar", vai e volta. E tem também (acho melhor) pelo feed. Tem uma aba no menu do CaFoFo escrito "Posts RSS".

    Como vai o verao em Pt? Aqui resolveu esquentar, amiga (que bom, adoro)

    Beijinhos

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  13. Linda a Gare do Oriente. Demorei tempos a conhecê-la: hoje acho que é de facto bela...

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