26/06/2015

Leque-objecto-livros- Verão

Aí está o Verão e sabe bem refrescarmos-nos
com leques para regalar a vista.

D. Quixote e Sancho Pança, Centro de Interpretação de Cervantes, Alcalá de Henares


Gatos na KattenKabinet -espólio/colecção de Bob Meijer e do gato John Pierpont Morgan, Amesterdão, um museu que adorei, LINK. Voltarei a falar nele um dia destes.
Sobre o museu ler aqui



E para refrescar a alma:
leque de livros


Fotografia melhorada (**)
Havia um menino

Havia um menino
que tinha um chapéu
para pôr na cabeça                                         
por causa do sol.

Em vez de um gatinho
tinha um caracol.
Tinha o caracol
dentro de um chapéu;
fazia-lhe cócegas
no alto da cabeça.


Por isso ele andava
depressa, depressa
pra ver se chegava
a casa e tirava
o tal caracol
do chapéu, saindo
de lá e caindo
o tal caracol.


Mas era, afinal,
impossível tal,
nem fazia mal
nem vê-lo, nem tê-lo:
porque o caracol
era do cabelo.

*Dedicado ao sobrinho Luís Miguel - o Bébé - que não queria pôr o chapéu " por causa do sol".

Manuela Nogueira, O Meu Tio Fernando Pessoa, V. N. Famalicão: Editora Centro Atlântico, 2015, p. 70 e (**) p. 81.

O Meu Tio Fernando é uma reedição, renovada e acrescentada, de um livro que não comprei: O Melhor Mundo São as Crianças, da mesma autora editado pela Assírio e Alvim. Gostei do formato do livro, gostei da capa, julgo que é uma fotografia de Fernando Pessoa muito trabalhada, dado que o menino aparece a preto e branco na contracapa, mostrando apenas meio corpo.
É lamentável a falta de informação sobre a imagem apenas refere que o design da capa é de António J. Pedro. 

Em especial para a Sandra . :)) Cortesia do Youtube

18 comentários:

  1. Bom Dia!!...
    :-)) O video é muito giro, Obrigada! O meu Fofinho era assim como estes gatos: dava-se com toda gente, só queria festinhas, gostava de abraçar o meu percoço, adorava livros e caixas,...
    Fiquei "in love" pelo leque com gatos. Será que vendem réplicas no museu? Acreditas que nunca lá fui? A ver se passo por lá ainda este "Verão". ;-)
    Beijinhos!! Fico a aguardar o teu post sobre o Museu dos Gatos.
    Have a wonderful day!

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    1. Obrigada, Sandra.:))
      Quando estive no museu não havia leques para venda mas adoraria ter um.
      Um dia destes foco a minha passagem por lá. Tirei poucas fotos porque estavam outras pessoas a visitar.
      Beijinhos. :))

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  2. O vídeo é giro, o gato da biblioteca está lá sempre, é?

    Tenho alguns desses livros...para ler :) no monte:)

    Os livros são uma paixão:)

    Bom fim-de-semana:)

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    1. Isabel,
      O gato já morreu. Viveu 19 anos na biblioteca, local onde foi colocado (entrega de livros exterior). Apareceu num Inverno e ajudou todos o que o acarinhavam. Há um livro com o título: Gato entre Livros, ainda não o comprei porque está associado a umas histórias tristes. O gato, porém, ajudou todos os que o receberam na biblioteca e ali viveu.
      A autora do livro é americana, julgo que trabalhava na biblioteca e escreveu-o após a morte do gato.
      Deve ser uma história muito bonita.
      Beijinhos. :))

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    2. Ana, se colocares a palavra "Artesanato" na pesquisa do blogue, aparecem os registos.

      Beijinhos :)

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    3. Só mais uma coisa: procurei o livro no site Wook e na net. Em Portugal tem o título "O gato que comoveu o mundo". Deve ser uma historia gira, ainda por cima sendo verdadeira. O gato era lindo:)

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    4. Isabel,
      Pois é, já me lembro que tinha visto. São lindos, principalmente o primeiro. :))
      Obrigada.
      Beijinhos. :))

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    5. Obrigada, Isabel.
      Pensava que o título era Gato entre livros, mas o que encontraste tem um nome mais apelativo.
      Bom fim-de-semana. Beijinho.:))

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  3. Aninhasamiga

    Que hei-de dizer mais sobre este post maravilhoso? Apenas Muito obrigado!...

    Qjs

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    1. Henrique, Amigo,
      Obrigada pela sua passagem por cá.
      Beijinhos. :))

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  4. Compreenderás que neste momento ( até 2ª feira, inclusivé ) não terei tempo...

    Deixo-te um beijo amigo.

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    1. João,
      E que mais podia desejar se não a sua presença, mesmo breve.
      Beijinho amigo. :))

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  5. Como originário de um país dos trópicos, sempre me lembro da minha casa com dúzias de leques espalhados pela casa.
    Eram da minha mãe, claro (o meu pai dizia sempre que leque é material feminino - homem que é homem não usa leque!!!! o que parece ser verdade; não me lembro de ver leques em mão masculina), que, originária de Coimbra, e para ali transplantada, naquele final de mundo, ficava "esbaforida" de calor, derretia verdadeiramente naqueles dias de sol tórrido e noites mornas, sem recurso às mordomias de ares condicionados (estas mordomias estavam associadas à eletricidade que ali ... não existia!).
    Havia-os de todas as forma e feitios, e dos materiais mais díspares, pintados ou não, mas que, na minha mente, ficaram totalmente associados à minha mãe.
    Uma das minhas reminiscências de infância!
    Talvez por isso, hoje, ainda mantenha uns tantos espalhados pela casa que, ainda que não tendo necessidade deles (sou resistente ao calor, suportando-o relativamente bem), acabam por me servir de recordação.
    Quase posso sentir o cheiro de um leque em madeira de sândalo que andava lá por casa e de um outro em cânfora, que fazia as minha delícias.
    Lembro as pinturas, algumas que, a esta distância, ainda me parecem ter sido preciosas, e que me faziam recordar a corte de um Luís XV, ou ainda com pequenas aves suavemente bordadas a seda, seguramente de origem oriental, outros ainda com estampagens simplesmente colocadas sobre o pano, de forma industrial, e, para ocasiões mais formais, em marfim ou madrepérola, com rendas, se a memória não me engana.
    Talvez ainda sirva a alguém por aquelas paragens, pois não me parece que tenham vindo para Portugal - não me lembro deles por cá - ou talvez viessem e dormem dentro de um qualquer baú, perdido numa arrecadação ... os objetos têm o "mau" hábito de possuir vida própria!
    Um bom final de semana, que, com este calor, me parece reminiscente de outras épocas
    Manel

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    1. Manuel,
      Os leque das minha avós também andam perdidos por várias casas, da minha mãe e tias.
      Colecciono alguns mas tenho poucos e não são valiosos, apenas o são para mim. São temáticos ligados a museus.
      É realmente um adereço feminino mas acho que um homem também não fica mal com um leque.
      Há leques com pinturas lindíssimas, desde o Oriente ao Ocidente.
      Desejo que os encontre e que os coloque sabiamente e com o seu bom gosto à vista em sua casa.
      Um final de semana excelente. :))

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  6. Ana, os leques são muito bonitos, mas o que me encantou foi o vídeo!!
    Comovente, mesmo!
    E os livros, boas escolhas!
    Uma combianção perfeita.

    Beijinhos.:))

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    1. Obrigada, Cláudia.
      Nunca comprei o livro com esta história e deve ser um livro bonito. Dewey viveu numa biblioteca e alegrou muita gente.
      O livro saiu há uns tempos e via-se por todo o lado, nas livrarias, na Fnac e nas grandes superfícies.
      Agora juntei ao livro de Almeida Faria: "Murmúrios da Índia", o de Goa do Paulo Varela Gomes aqui focado em dois registos anteriores.
      A Livraria Lumière trouxe-me os "Murmúrios ..." agora juntei mais histórias da Índia.
      Beijinho grato. :))

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  7. Fiz um leque de papel para mim :-) e gosto muito deste poema que já tinha lido algures. Beijinhos, Ana!

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