Torre de Menagem, Bragança
Subi ao alto, à minha Torre esguia,
Feita de fumo, névoas e luar,
E pus-me, comovida, a conversar
Com os poetas mortos, todo o dia.
Contei-lhes os meus sonhos, a alegria
Dos versos que são meus, do meu sonhar,
E todos os poetas, a chorar,
Responderam-me então: “Que fantasia,
Criança doida e crente! Nós também
Tivemos ilusões, como ninguém,
E tudo nos fugiu, tudo morreu! ...”
Calaram-se os poetas, tristemente ...
E é desde então que eu choro amargamente
Na minha Torre esguia junto ao céu! ...
Florbela Espanca, in "Livro de Mágoas" (link)
Uma boa conjugação entre a Torre, a Florbela e o Henry Purcell !
ResponderEliminarTudo cheio de lamentos...
Um beijo, ANA.
Bragança, sobretudo esta de granito, vai muito bem com Purcell, e este não poderia ser melhor interpretado que por Jaroussky.
ResponderEliminarQuando a acompanhar se junta a poesia, mais abertamente dramática, da Florbela Espanca, então o conjunto é muito bem conseguido.
Manel
Um belo soneto sem dúvida... E a fotografia é muito bonita e Purcell, claro!
ResponderEliminarBom weekend!
Erga-se uma torre de palavras
ResponderEliminarpor onde a alma se escape.
Com uma sugestiva fotografia, um soneto perfeito de Espanca esta mensagem tem o climax no tema musical de Purcell.
O poema é lindo! Bom fim-de-semana!
ResponderEliminarObrigada, João.
ResponderEliminarBeijinho. :))
Manuel,
Obrigada.
Boa noite. :))
Maria João,
Obrigada, boa semana. :))
Beijinho.
Obrigada,
Agostinho.
Boa noite. :))
Margarida,
Boa semana!
Obrigada. Um beijinho. :))
A minha mãe era da região de Bragança e conheço muito bem a cidade. O poema vai muito bem com a distância e o isolamento desta cidade. Aliás, talvez por ter um feitio insular, identifico-me muito com a solidão destas terras frias do Nordeste
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