16/08/2013

Leituras de Verão - Mário Cláudio

Na praia li o romance sobre Amadeo de Souza-Cardoso de Mário Cláudio. Não o entendo como uma biografia pois ficaria muito aquém do género literário em causa. Porém, encontrei um trecho sobre alegria tão necessária nos dias que correm. Aqui fica com a aguarela do pintor. 


Sem título
Amadeo de Souza-Cardozo, s/ titulo, 1910, Desenho e aguarela
Museu de Arte Moderna- Fundação Calouste Gulbenkian


De que serve a tristeza, de que servem preconceitos? É uma tolice; nada lucramos, tudo perdemos. Deve-se ser alegre, mas de uma alegria sã, sem medo, que desafie até.

Mário Cláudio, AMADEO. Lisboa: Leya, 2008, p. 75.



«In the Vicinity of Happiness,Choreographed by I.Konyukhov. SADC MArch Concert, NYU Tisch. Dancers: Igor Konyukhov, Wen-Jen Huang, Kate Thompson».Youtube

12 comentários:

  1. "Deve-se ser alegre, mas de uma alegria sã, sem medo, que desafie até."

    Não podia estar mais de acordo.
    BFDS!!
    Beijinho

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  2. Concordo completamente com a citação, que por outras palavras é o que sempre digo, é um dos meus lemas de vida.

    Acho a pintura lindíssima; duma leveza, simplicidade e movimento, que encanta!

    Boa sexta-feira, Ana :)

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  3. Pedro,
    Também concordo mas por vezes não é fácil, no ambiente político em que vivemos. :))
    Beijinho.

    Isabel,
    A citação é fantástica, segui-la à letra é que é difícil. :))
    Beijinho e só podes abrir o correio no Domingo. :)))

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  4. Quer a aguarela, quer o vídeo, são lindíssimos.
    Tentar seguir a "filosofia" da citação seria, não só impossível, como quase obsceno.
    Como é que posso estar alegre, feliz, quando ao meu lado à famílias em aflição, pessoas num imenso sofrimento?!
    Não! A ser capaz, não me orgulhava nada de mim, enquanto pessoa.
    Uma coisa é fundamental: que não percamos a esperança. Essa sim, essa deve fazer - e cada vez mais! - parte do nosso modus vivendi.

    Beijinho.

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  5. "há famílias"...
    Ai, a pressa!
    Desculpe, Ana.

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  6. Olá, Ana! Não conheço o livro do Mário Cláudio mas gostei imenso do desenho do Souza Cardoso - que maravilha!
    E belo o vídeo que pôs.
    Um beijinho e bom fim de semana!

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  7. GL,
    Obrigada. Pois é, as suas palavras dizem tudo. Mas gostava de atingir esse estádio de alegria. Quanto às gralhas não se preocupe, eu estou sempre a fazê-las e pelo mesmo motivo.
    Beijinho.:))

    Maria João,
    O livro é engraçado mas não nos dá uma ideia completa do pintor. Esta aguarela/desenho pertence ao acervo do CAM da Gulbenkian. Também gosto muito dela.
    Beijinho e obrigada pela visita.

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  8. Ana, concordo com a frase/pensamento de MC, pois por natureza sou uma pessoa alegre e tristezas e pessimismos não nos levam a lado nenhum, como se costuma dizer! Mas concordo plenamente com o escreveu GL. Não nos podemos alhear do que se passa à nossa volta! Seríamos iguais ou piores do que aqueles que criticamos... E não está na nossa índole...

    A aguarela e o vídeo são geniais.
    Quanto ao livro, nunca li e penso que nem tenho. Tenho sim um outro muito bom sobre Rosa Ramalho, também de MC.

    Beijinhos e bfs.:))

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  9. Eu não deixo de comer porque há fome ao meu lado, também não deixo de ser alegre porque há tristeza...em vez de passar a vida a lamentar-me tento agir e fazer alguma coisa. Poderia fazer mais? Talvez! Mas como não escolhi ser missionária, faço apenas o que posso. Partilho um pouco do que tenho.

    Principalmente não deixo de viver.

    Um beijinho, Ana.

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  10. Na verdade
    não há revoluções com Homens tristes
    mesmo de estômagos vazios

    Bj

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  11. Cláudia,
    Obrigada. Sim, não podemos alhear-nos mas devemos tentar ser alegres. :))
    Beijinho.

    Isabel,
    Julgo que GL também luta pela alegria mas não se alheia tal como tu do que nos rodeia. :))
    Beijinho.

    Mar,
    Sim, mas há dor ou houve dor para se atingir a liberdade. :))
    Abraço!

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