07/12/2010

...parei no círculo de lajes com a estrela de oito pontas no meio.

No livro de Tracy Chevallier A Rapariga com o Brinco de Pérola houve uma passagem que me ficou na memória: Griet foge de casa dos seus amos por causa de uma injustiça. Sozinha no meio da praça teve que decidir a direcção a tomar. A encruzilhada narrada na história surge num ou outro momento das nossas vivências. Não foi Vermeer que escolhi para ilustrar esta passagem mas o pintor espanhol, nascido em Zaragoza, Dino Valls, cuja pintura é por vezes difícil de assimilar. Nesta pintura pode visualizar-se a angústia de quem tem de fazer uma escolha!
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Dino Valls, Vanitas


Cheguei ao centro da praça e parei no círculo de lajes com a estrela de oito pontas no meio. Cada ponta indicava uma direcção na qual eu podia seguir.


Tracy Chevalier, A Rapariga com Brinco de Pérola, Lisboa: Quetzal, 2008, p.208

10 comentários:

  1. Que bonito rosto!
    Venho deixar-lhe uma história para ler. Com um pouco de raiva, devo dizer.
    Bom feriado!
    M.J.Falcão

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  2. Esqueci-me de deixar o link...
    Aqui fica:

    http://falcaodejade.blogspot.com/2010/12/manha-na-estacao-de-santa-apolonia.html

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  3. É verdade: por vezes as escolhas são difíceis. E esta pintura é bem angustiante...
    Bj!

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  4. MJ Falcão,
    Li a sua história e percebi a sua raiva.
    Obrigada!
    Bom feriado!

    Margarida,
    Dino Valls tem telas bastante angustiantes, esta espelha a dificuldade da escolha!
    Bj!

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  5. Ana, concordo inteiramente. Se, por um lado, a possibilidade de escolha deve ser valorizada, por outro, há interseccções da vida particularmente tormentosas.
    A pintura que escolheu reflecte na perfeição esse tormento.

    Um abraço e votos de um óptimo feriado! :)

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  6. ana, tenho para mim que as encruzilhadas são também janelas de oportunidade e que a escolha não se esgota na direcção tomada. Há sempre decisões e possibilidades várias para cada percurso.

    Um abraço e votos de uma semana de balanços positivos :)

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  7. R,
    Também concordo que as encruzilhadas servem para outras janelas de oportunidades, mas nem sempre são as melhores. No caso da personagem da história a única saída acaba, a meu ver, tristemente.
    Às vezes perdem-se as oportunidades.
    Uma abraço e bom feriado! :)

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  8. Bonito post, Ana!
    Creio que a medida que o nosso auto-conhecimento melhora, as nossas escolhas sao mais pacificas e as encruzilhadas vao diminuindo. Pelo menos e o que vou sentindo...
    Um beijinho grande e que cada encruzilhada a encaminhe para o que a fizer mais feliz. :-)

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  9. Sandra.
    Muito obrigada pelas suas palavras.
    Beijinho!

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