08/12/2010

Não haver gestos...

Flor Bela Espanca nasceu a 8 de Dezembro de 1894 e morreu à terceira tentativa de suícidio a 8 de Dezembro de 1930.
«Este diário é o registo dos últimos dias de uma virgem prometida à morte»
Natália Correia*
xx
Forbela Espanca retratada pelo irmão Apeles Espanca

Dezembro 2,

Não haver gestos nem palavras novas!


Florbela Espanca, Diário do último ano, Lisboa:Bertrand, 4ª ed., 1998, p. 61
*(Edição fac-similada, prefácio de Natália Correia)


Quando não há gestos nem palavras novas valerá a pena viver?

10 comentários:

  1. Se houvesse novos gestos, as palavras nunca seriam problema.
    (É um clichê, mas Florbela Espanca nasceu antes dd seu tempo. Ou, porventura, no sítio errado)

    Beijo :)

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  2. Tem razão AC: nasceu fora do tempo...
    É horrível pensar no sofrimento que teve.
    Abraço

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  3. Vale sempre a pena, ana. As palavras e os gestos, ainda que repetidos, podem sempre ser reutilizados, redireccionados e reapreciados.
    A ilustração é belíssima. Desconheci-a e gostei imenso.
    Obrigada por esta bela partilha e pela justa homenagem também.

    Um abraço e votos de bons e 'novos' dias :)

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  4. AC,
    Partilho do seu pensamento. Julgo que a doença dela nasceu, em parte, por ser incompreendida!
    Beijo :)

    MJ Falcão,
    É verdade uma vida de tristeza profunda!
    Abraço.

    R,
    Vou pensar nas suas palavras.
    Votos também de bons e novos dias :)

    Sandra,
    Beijinho:))

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  5. Ana, falar em gestos e palavras é falar, de algum modo, em comunicação. Valerá a pena viver sem comunicar? Talvez não. Mas a comunicação não se esgota nos gestos e nas palavras. E a inovação está, essencialmente, na capacidade de sentir, reflectir e sonhar. Isto tudo para dizer que há vida para além do movimento (ou dos gestos e das palavras) e que a riqueza dela (vida) tem, para mim, tudo a ver com a riqueza interior de cada um de nós. :-)

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  6. Tudo se move tudo se conquista
    até o improvável silêncio
    quando se cala

    Bj

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  7. Luísa,
    Tem razão a comunicação não se esgota em gestos nem nas palavras. Sentir, reflectir e sonhar ou seja a riqueza de cada um é importante. Mas como é que sem gesto e sem palavras a transmite?
    Boa tarde! :)

    Mar Arável,
    Vou pensar nas suas palavras sempre tão pertinentes!
    Abraço! :)

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  8. Ana; fico envergonhado... Não posso acusar: "Ignoraram os 80 anos da morte da grande poetisa!" E não posso porque eu próprio a esqueci, na minha coluna dominical do "Jornal de Notícias"... Ao que chegámos! Não todos: a Ana lembrou-a! Um abraço! ESSE FOI O GESTO QUE AFINAL EXISTE!!!

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  9. Manuel Poppe,
    Obrigada pelo seu comentário mas foi só um pequeno gesto.
    Abraço!

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