Desejo que passe um dia muito feliz e com muita luz, à beira-mar.
Para uma mulher vitoriosa - "Sê lanterna, sê luz...! :))
Vann Gogh- Detalhe de Noite estrelada, cortesia do google
Sê lanterna, sê luz com vidro em torno,
Sê lanterna, sê luz com vidro em torno, Porém o calor guarda. Não poderão os ventos opressivos Apagar tua luz; Nem teu calor, disperso, irá ser frio No inútil infinito
3-3-1929
Ricardo Reis, (Edição Crítica de Luiz Fagundes Duarte.) Lisboa: Imprensa Nacional - Casa da Moeda, 1994, p.139.
De uma Maria João para outra Maria João - Fantasia de Chopin
Sigam as andorinhas e encontram algumas janelas feridas, no canto superior esquerdo,
Rua das Oliveiras (?), na Cedofeita.
Rua dos Clérigos
Com a ajuda do João Menéres e da Cláudia os 50 anos evocam as memórias da UNICEPE – Cooperativa Livreira de Estudantes do Porto.
Largo da Universidade, Praça de Gomes Teixeira, mais conhecida por Praça dos Leões.
Van Gogh, A Pork-Butcher's Shop Seen from a Window, Arles, 1888,
Museu Van Gogh, Amesterdão
Será a língua portuguesa este constante desleixo pelo património?
LÍNGUAPORTUGUESA
Última flor do Lácio, inculta e bela,
És a um tempo, esplendor e sepultura:
Ouro nativo, que na ganga impura
A bruta mina entre cascalhos vela...
Amo-te assim, desconhecida e obscura,
Tuba de alto clangor, lira singela,
Que tens o trom e o silvo da procela,
E o arrolo da saudade e da ternura!
Amo o teu viço agreste e o teu aroma
De virgens selvas e de oceano largo!
Amo-te ó rude e doloroso idioma
Em que da voz materna ouvi: «Meu filho!»,
E em que Camões chorou, no exílio amargo,
O génio sem ventura e o amor sem brilho!
as mais belas poesia de Olavo Bilac escolhidas por José Régio, Artis, 1966, p. 40.
Desta edição fez-se uma tiragem com 120 exemplares, em papel Arte, numerados e assinados por José Régio, sendo os últimos vinte, (I a XX) fora do mercado.
Ilustrações de Manuel Lapa, Maria Keil, Rogério Ribeiro e Sá Nogueira.
A tela: Os Comedores de Batatas de Van Gogh é impressionante pelo simbolismo que contém.
Não obedece aos meus padrões de beleza. Contudo, tem algo de belo como a luz que o autor conseguiu captar.
As últimas notícias sobre o número de famílias que passam fome, não comendo nada pelo menos uma vez por semana, chocou-me.
O sol não nasce para todos, e quando nasce morre quase de imediato.
Vincent Van Gogh, os Comedores de Batatas, 1885, Museu Van Gogh, Amesterdão
Chove muito, mais, sempre mais... Há como que uma […] que vai desabar no exterior negro...
Todo o amontoado irregular e montanhoso da cidade parece-me hoje uma planície, uma planície de chuva. Por onde quer que alongue os olhos tudo é cor de chuva, negro pálido.
Tenho sensações estranhas, todas elas frias. Ora me parece que a paisagem essencial é bruma, e que as casas (é que) são a bruma que a vela.
Uma espécie de anteneurose do que serei quando já não for gela-me corpo e alma. Uma como que lembrança da minha morte futura arrepia-me de dentro. Numa névoa de intuição sinto-me matéria morta, caído na chuva, gemido pelo vento. E o frio do que não sentirei morde o coração actual.
s.d.
Bernardo Soares, Livro do Desassossego. (Fernando Pessoa. Prefácio e Organização de Jacinto do Prado Coelho.) Lisboa: Ática, 1982. Vol. I, .p. 79.
A encantadora voz de Mariza que me enche os olhos de chuva.
Para a minha amiga da Livraria Lumière desejo um dia muito feliz. Parabéns Cláudia!:)
O girassol está ligado ao símbolo solar por causa da sua configuração.
Segundo a mitologia grega a jovem Clytia apaixonou-se por Apolo, deus do sol. O seu amor manifestava-se na observação persistente que cruzava o céu à procura do astro-rei. Após nove dias de expectação foi transformada num girassol.
A semelhança com o sol liga a flor à glória, felicidade, respeito e dignidade. O seu brilho radiante provoca deslumbramento.
(Dados retirados do Dicionário de Simbologia das Flores).
Vincent Van Gogh, detalhe de uma das telas: "doze girassóis numa jarra", 1889,