Mostrar mensagens com a etiqueta Vincent Van Gogh (1853 – 1890). Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Vincent Van Gogh (1853 – 1890). Mostrar todas as mensagens

16/10/2018

Para a Maria João

Parabéns!
Desejo que passe um dia muito feliz e com muita luz, à beira-mar.

Para uma mulher vitoriosa - "Sê lanterna, sê luz...! :))


Vann Gogh- Detalhe de Noite estrelada, cortesia do google 
Resultado de imagem para van gogh




Sê lanterna, sê luz com vidro em torno,

Sê lanterna, sê luz com vidro em torno,
Porém o calor guarda.
Não poderão os ventos opressivos
Apagar tua luz;
Nem teu calor, disperso, irá ser frio
No inútil infinito


3-3-1929

Ricardo Reis, (Edição Crítica de Luiz Fagundes Duarte.) Lisboa: Imprensa Nacional - Casa da Moeda, 1994, p.139.




De uma Maria João para outra Maria João - Fantasia de Chopin


31/05/2015

Janelas com feridas

Sigam as andorinhas e encontram algumas janelas feridas, no canto superior esquerdo,
Rua das Oliveiras (?), na Cedofeita.


Rua dos Clérigos

Com a ajuda do João Menéres e da Cláudia os 50 anos evocam as memórias da UNICEPE – Cooperativa Livreira de Estudantes do Porto.
Largo da Universidade, Praça de Gomes Teixeira, mais conhecida por Praça dos Leões.


Van Gogh, A Pork-Butcher's Shop Seen from a Window, Arles, 1888, 
Museu Van Gogh, Amesterdão

Será  a língua portuguesa este constante desleixo pelo património?

LÍNGUA  PORTUGUESA

Última flor do Lácio, inculta e bela,
És a um tempo, esplendor e sepultura:
Ouro nativo, que na ganga impura
A bruta mina entre cascalhos vela...

Amo-te assim, desconhecida e obscura,
Tuba de alto clangor, lira singela,
Que tens o trom e o silvo da procela,
E o arrolo da saudade e da ternura!

Amo o teu viço agreste e o teu aroma
De virgens selvas e de oceano largo!
Amo-te ó rude e doloroso idioma

Em que da voz materna ouvi: «Meu filho!»,
E em que Camões chorou, no exílio amargo,
O génio sem ventura e o amor sem brilho!

as mais belas poesia de Olavo Bilac escolhidas por José Régio, Artis, 1966, p. 40.

Desta edição fez-se uma tiragem com 120 exemplares, em papel Arte, numerados e assinados por José Régio, sendo os últimos vinte, (I a XX) fora do mercado.
Ilustrações de Manuel Lapa, Maria Keil, Rogério Ribeiro e Sá Nogueira.


07/04/2014

O meu lírio - ... Esperança



Vincent Van Gogh, detalhe de Lírios, 1890,
Museu Van Gogh, Amesterdão


POEMA DE CANÇÃO SOBRE A ESPERANÇA
               I
Dá-me lírios, lírios,
E rosas também.
Mas se não tens lírios
Nem rosas a dar-me,
Tem vontade ao menos
De me dar os lírios
E também as rosas.
Basta-me a vontade,
Que tens, se a tiveres,
De me dar os lírios
E as rosas também,
E terei os lírios —
Os melhores lírios —
E as melhores rosas
Sem receber nada.
A não ser a prenda
Da tua vontade
De me dares lírios
E rosas também.

17-6-1929 

Álvaro de Campos, Livro de Versos. (Edição crítica. Introdução, transcrição, organização e notas de Teresa Rita Lopes.) Lisboa: Estampa, 1993, p. 106.

23/09/2013

Outono...

Detalhe, Relógio Consola, Paris. c.1715-1730
Rijksmuseum



O ciclo fecha-se, 
as horas e os dias passam, 
ainda ontem tinha partido o outono 
e hoje eis que chega de novo. 
Os ponteiros ingratos laboram 
na sua rotatividade plena
é a sua razão de ser...
mas será a minha?





As cores de Van Gogh no seu museu, Museumplein, Amesterdão. As cores preparam o outono.



Tarde pintada
Por não sei que pintor.
Nunca vi tanta cor
Tão colorida!
Se é de morte ou de vida,
Não é comigo.
Eu, simplesmente, digo
Que há tanta fantasia
Neste dia,
Que o mundo me parece
Vestido por ciganas adivinhas,
E que gosto de o ver, e me apetece
Ter folhas, como as vinhas.


Miguel Torga, Antologia Poética. Casais de Mem Martins: Círculo de Leitores, 2001.

Bom Outono para todos!

21/08/2013

Vincent Van Gogh

Van Gogh, Detalhe Natureza-Morta com Lírios, 1890


«[...] n'oublions pas que les petites émotions sont les grands capitaines de nos vies et qu'à celles-ci nous obéissons sans le savoir».

 Vincent Van Gogh, Lettres à son frère Théo. Gallimard, 1988, p. 517. 


Apontamentos




Com o meu agradecimento 
à Sandra
do blogue O Presépio no Canal


Há uma Música do Povo, letra de Fernando Pessoa, Mariza

30/05/2013

O espectro da fome

A tela: Os Comedores de Batatas de Van Gogh é impressionante pelo simbolismo que contém. 
Não obedece aos meus padrões de beleza. Contudo, tem algo de belo como a luz que o autor conseguiu captar.
As últimas notícias sobre o número de famílias que passam fome, não comendo nada pelo menos uma vez por semana, chocou-me.

O sol não nasce para todos,
e quando nasce morre quase de imediato.

Vincent Van Gogh, os Comedores de Batatas, 1885, Museu Van Gogh, Amesterdão 
[Wikipedia]
File:Comedores de batatas, van gogh.jpg


15/12/2012

Chove muito, mais, sempre mais..

Vincent van Gogh, Rain in Auvers, 1890 
© National Museum of Wales

Chove muito, mais, sempre mais... 
 L. do D. 

Chove muito, mais, sempre mais... Há como que uma […] que vai desabar no exterior negro... Todo o amontoado irregular e montanhoso da cidade parece-me hoje uma planície, uma planície de chuva. Por onde quer que alongue os olhos tudo é cor de chuva, negro pálido. Tenho sensações estranhas, todas elas frias. Ora me parece que a paisagem essencial é bruma, e que as casas (é que) são a bruma que a vela. Uma espécie de anteneurose do que serei quando já não for gela-me corpo e alma. Uma como que lembrança da minha morte futura arrepia-me de dentro. Numa névoa de intuição sinto-me matéria morta, caído na chuva, gemido pelo vento. E o frio do que não sentirei morde o coração actual.
s.d. 

Bernardo Soares, Livro do Desassossego.  (Fernando Pessoa. Prefácio e Organização de Jacinto do Prado Coelho.) Lisboa: Ática, 1982. Vol. I, .p. 79.

A encantadora voz de Mariza que me enche os olhos de chuva.

06/10/2012

Para a Cláudia!

Para a minha amiga da Livraria Lumière desejo um dia muito feliz. 
Parabéns Cláudia!:)

O girassol está ligado ao símbolo solar por causa da sua configuração. 
Segundo a mitologia grega a jovem Clytia apaixonou-se por Apolo, deus do sol. O seu amor manifestava-se na observação persistente que cruzava o céu à procura do astro-rei. Após nove dias de expectação foi transformada num girassol. 
A semelhança com o sol liga a flor à glória, felicidade, respeito e dignidade. O seu brilho radiante provoca deslumbramento. 

(Dados retirados do Dicionário de Simbologia das Flores).

Vincent Van Gogh, detalhe de uma das telas: "doze girassóis numa jarra", 1889, 
Museu de Arte de Filadélfia



Um girassol do meu vaso de girassóis



Arquivo