04/03/2017

Memories

Recordações: há um ou outro vestígio do mar que guardamos mesmo no local que nos parece improvável.



Este búzio não o encontrei eu própria numa praia
Mas na mediterrânica noite azul e preta
Comprei-o em Cós numa venda junto ao cais
Rente aos mastros baloiçantes dos navios
E comigo trouxe ressoar dos temporais


Porém nele não oiço
Nem o marulho de Cós nem o de Egina
Mas sim o cântico da longa vasta praia
Atlântica e sagrada
Onde para sempre a minha alma foi criada


Sophia de Mello Breyner, O Búzio de Cós e Outros Poemas, Editorial Caminho, 1999.

 

12 comentários:

  1. Tão bonito esse livrinho que tem o nome do poema "O búzio de Cós".

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    1. A Sophia é a minha poetisa preferida.
      Quando era pequenita desejava ser como ela, sonhos de infância...
      Soberba minha.:))
      Ela povoou o meu mundo com as suas histórias.
      Bom Domingo!:))

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  2. Gosto da tua foto (para o Flinpo, não é?...) e do poema.

    Um beijinho e boa semana:)

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    1. Obrigada, Isabel.
      Só hoje é que reparei que ainda não tinha respondido.
      Bom Domingo!:))
      Beijinho.

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  3. Sophia para sempre.
    Estive uma vez junto dela numa sessão pública. Uma senhora... Tenho pena de então a conhecer ainda mal.
    Bj.

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    1. Agostinho,
      Mas viveu esse momento e isso já foi muito bom.
      É realmente, porque vive entre nós, uma Senhora.
      Beijinho.:))

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  4. O mar é uma bênção...
    Já lá não vou há algum tempo e se tenho saudades...
    beijinho

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    1. Gracinha,
      E eu também. Tinhamo-lo todos os dias...
      Temos que ir vê-lo e cheirá-lo.
      Beijinhos.:))

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