Casa da Escrita
O historiador abriu muitas portas aos jovens que o liam e que com ele aprendiam.
(...) Sendo o país mais ocidental do continente europeu, Portugal foi, durante séculos, o fim do mundo. Finisterre, o nome de um cabo da Galiza, melhor se poderia aplicar ao cabo da Roca, a ponta da Europa. Para ocidente nada existia, nem mesmo ilhas. De facto, a costa portuguesa, com os seus 848 km, quase não tem ilhas, se esquecermos os pequenos rochedos das Berlengas, ao largo de Peniche. É, além disso, uma costa de poucas aberturas, apesar das longas tiras de praia. O número de bons portos abrigados reduz-se a três ou quatro. E, embora o mar afecte quase todo o Portugal, quer em condições climáticas quer em vegetação, não há praticamente golfos e a quantidade de vida económica dependendo do mar mostra-se secundária.
A. H. de Oliveira Marques, Breve História de Portugal. Lisboa: Editorial Presença, 2012 (8ª edição), p. 12.
O fim do mundo (aqui) temerariamente negado pela descoberta de Novos Mundos.
ResponderEliminarAgostinho,
EliminarPrecisamos de um novo mundo. :))
Lembrar A.H.Oliveira Marques é uma iniciativa bonita e benvinda, é quase ao correr da pena que ele escreve coisas de que me insurjo e muitos calam (ou pouco falam)...
ResponderEliminarRogério,
EliminarSaúdo-o por gritar bem alto contra a ingerência do nosso país. :))
Justa e bonita homenagem, Ana! Nunca te esqueces. :-)
ResponderEliminarBeijinho e bom fim-de-semana! :-)
Sandra,
EliminarMarcou muitos jovens que o leram e estudaram e muitos historiadores. :))
Para reler
ResponderEliminarem voz alta
Bj
Mar Arável,
EliminarEntão ao trabalho!:))
Beijinho.
Sua postagem fez-me lembrar de minha visita ao Cabo da Roca e até agora sinto o vento forte que me golpeava o rosto e fazia estremecer, de frio. E me lembro de pensar que além do horizonte estava minha terra, tão distante geograficamente, mas tão próxima em todos e em tudo que vivenciei em Portugal.Abraços, bom final de semana.
ResponderEliminarJane,
EliminarEntão nos próximos dias voltarei a recordá-la. :))
Beijinho e boa semana!:))
A todos,
ResponderEliminarSó hoje agradeço a vossa gentil presença, pois acabei de regressar.
Continuo a achar que A.H.Oliveira Marques foi dos historiadores portugueses com uma escrita mais fluída e agradável de se ler, que não recorria ao jargão das conjunturas, superestruturas, representações ou a vocabulário extraído da sociologia.
ResponderEliminarUm abraço