10/09/2013

No banco de jardim

Reflexões/reflexos num banco de jardim, Amesterdão

[O banco do jardim está vazio / mas existe]



NO BANCO DE JARDIM

No banco de jardim,
o tempo se desfaz
e resta entre ruídos
a corola de paz.

No banco de jardim,
a sombra se adelgaça
e entre besouro e concha
de segredo, o anjo passa.

No banco de jardim,
o cosmo se resume
em serena parábola,
impressentido lume.

Carlos Drummond de Andrade (cortesia do Google)

 

9 comentários:

  1. A imagem é lindíssima, ANA !
    Gostava de a ter feito...
    O Drummond, ambos o sabemos, é sempre sublime.

    Muitos parabéns.

    Um beijo.

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  2. Mas este é um banco num jardim muito particular, ana
    Gosto muito de jardins públicos, da vida que têm.
    Beijinho!

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  3. João,
    Obrigada.Segui a sua sugestão. Não tenho tido tempo nenhum, nem para escrever, nem para visitar. Escolhi a fotografia porque me deu vontade de partilhar com todas e foi a minha forma de dizer olá. :))
    Beijinho.:)

    Pedro,
    Também gosto. Em Macau devem dar valor aos jardins que têm, não é?
    Beijinho. :))

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  4. Tão bonito o poema do banco... e o banco!
    "No banco de jardim,
    o tempo se desfaz
    e resta entre ruídos
    a corola de paz."
    Que bom que esse sentimento perdurasse, não era?
    Beijinhos

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  5. Muito bonito todo o conjunto.
    A foto é muito bonita e o poema também!

    Um beijinho :)

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  6. Gostei dos três

    do poeta do banco e de si

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  7. O banco que convida ao descanso, mas também, por exemplo, à leitura. Muito bonita a fotografia!
    Bom recomeço, num ano que não se afigura fácil.
    Beijinho.

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  8. A todos agradeço e deixo um beijinho.

    Logo que possa visitarei todos
    .

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  9. Um post belíssimo, convidativo ao descanso, à reflexão e contemplação!

    Hei-de ter um assim no meu jardim!

    Um beijinho:))

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