Igreja de Santa Maria da Vitória, Mosteiro da Batalha,
Batalha.
Por vezes o silêncio é de ouro, outras é insuportável.
Hoje de manhã saí muito cedo
Hoje de manhã saí muito cedo,
Por ter acordado ainda mais cedo
E não ter nada que quisesse fazer...
Não sabia por caminho tomar
Mas o vento soprava forte, varria para um lado,
E segui o caminho para onde o vento me soprava nas costas.
Assim tem sido sempre a minha vida, e
Assim quero que possa ser sempre —
Vou onde o vento me leva e não me
Sinto pensar.
Alberto Caeiro. 13-6-1930
Alberto Caieiro, “Poemas Inconjuntos”. In Poemas de Alberto Caeiro. (Nota explicativa e notas de João Gaspar Simões e Luiz de Montalvor.) Lisboa: Ática, 1946 (10ª ed. 1993), p. 100.
Que belíssima fotografia!
ResponderEliminarBom fim-de-semana, Ana! :-)
Eu que vivo grande parte do meu dia em silêncio, sei como às vezes é insurdecedor. Mas a ouvir Corelli e a ler Pessoa, sinto uma indizível paz, como se ouvisse um coro de vozes em que o meu silêncio também participa. Gostei muito, Ana.
ResponderEliminarMais uma postagem de grande nível, ANA !
ResponderEliminarVou onde o vento me leva e não me Sinto pensar.
Quem ultrapassará Fernando Pessoa ?
Preferia ver o interior da Batalha sem aquela senhora a fotografar. Questão de gosto, claro !
Corelli,um dos compositores de Música Barroca que mais aprecio !
A semana está a terminar em beleza.
Um beijo.
Bonita foto, Ana.
ResponderEliminarE a poesia é muito bonita.
Um beijinho
Um dia ainda andarei com o vento nas costas e não me sentirei pensar. Hoje apenas admiro Caeiro e e Corelli e, embora sem ventos e repleta de pensamentos, me sinto voar... Beijos. Bom final de semana.
ResponderEliminarQuerida Ana,
ResponderEliminarPor vezes, o melhor, é mesmo deixar-nos guiar pelo vento.
Sem destino.
Gostei imenso da música e a fotografia está muito bonita.
Um beijinho grande.:))
Sandra,
ResponderEliminarObrigada!
Beijinho e boa semana. :)
JMS,
Obrigada pela visita e contento-me que tenha gostado.
Beijinho.:)
João,
Que bom que acertei, então. A senhora ficou porque quis apanhar o candelabro todo. Depois acabei por deixar ficar. :)
Beijinho.
Isabel,
Obrigada. Um beijinho e boa semana. :)
Jane,
Muito obrigada. Caeiro é uma das facetas de Pessoa que mais admiro.
Beijinho. :)
Cláudia,
Muito obrigada. Pois é, o vento e o acaso aonde nos leva, por vezes, é compensador.
Beijinhos. :)
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarana,
ResponderEliminarSempre que vamos aí a Portugal, há montes de projectos.
Um deles era ir à Batalha.
Ficou pelo caminho.
Não sei como.
Beijinho e votos de boa semana
Tem razão Ana. O poema de Caeiro é muito belo - e fez-me lembrar uma semana que estive sozinha em Paris a fazer pesquisa para o Mestrado (já lá vão 13). Levantava-me cedo porque detestava o hotel onde estava e houve um dia que me dirigi para o Louvre - as ruas vazias, com corvos em vez de pessoas - deu-me uma sensação estranha, simultaneamente bela e melancólica. Bjns!
ResponderEliminarEle que não parava de pensar... Mas gosto muito deste "viver por viver" de Alberto Caeiro!
ResponderEliminarQue bom que seria!
Corelli lindo e a igreja sublime realidade!Pus no meu FB.
beijinhos
Pedro,
ResponderEliminarTem uma atmosfera especial. :))
Beijinho.
Margarida,
As memórias são sempre o melhor que podemos guardar. Momentos como esse que lhe seja muito caro. :))
Beijinho.
Maria João,
Fico feliz por ter gostado.
Beijinho. :))