13/09/2012

Where do the children play?

Vivemos os dias mais cinzentos dos nossos governantes e só apetece perguntar:
- Where do the children play?
Norman Rockwell, Espelho

Well I think it's fine, building jumbo planes. 
 Or taking a ride on a cosmic train. 
 Switch on summer from a slot machine. 
Yes, get what you want to if you want, 'cause you can get anything. 

I know we've come a long way, 
 We're changing day to day, so tell me, 
where do the children play? 

Well you roll on roads over fresh green grass. 
 For your lorry loads pumping petrol gas. 
 And you make them long, and you make them tough. 
 But they just go on and on, and it seems that you can't get off. 

Oh, I know we've come a long way, 
We're changing day to day, 
 so tell me, where do the children play? 

Well you've cracked the sky, scrapers fill the air. 
 But will you keep on building higher 'til there's no more room up there? 
Will you make us laugh, will you make us cry? 
 Will you tell us when to live, will you tell us when to die? 

 I know we've come a long way, 
 We're changing day to day, 
 But tell me, where do the children play? 
 Cat Stevens


 

15 comentários:

  1. Constata-se a necessidade imperiosa de uma outra forma de viver, uma nova consciência. Vivem-se tempos negros: para aprendermos como recuperar a nossa essência?

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  2. E pensar que a melodia nos traz a preocupação com as consequências do progresso! Uma era de grandes transformações a partir das conquistas do homem... E agora? As consequências da ânsia desenfreada do poder? Do desgoverno, da corrupção, da falta de perspectiva... Tristes tempos! Beijo.

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  3. Esta canção do Cat Stevens é daquelas que me apetece cantar muitas vezes aqui em Macau, ana.
    Porque esta cidade não é para crianças.
    Nem para velhos.
    Beijinho

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  4. É verdade. E isso é o que mais me preocupa. Os avós têm cada vez menos disponibilidade para os netos, os pais têm de trabalhar horas a fio... E as crianças? Vão para ATL's? Com que dinheiro? E depois multam os pais pela indisciplina dos filhos - e se os pais não tiverem dinheiro para pagar as multas? Isto é tudo perfeitamente absurdo... Alguém anda a fazer mal as contas e quem paga são as crianças.

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  5. Está à vista que a grande maioria dos portugueses terá que alterar o seu modo de vida !
    Quando pensávamos que a vida era fácil com o acesso ao crédito financeiro sem grandes dificuldades, estávamos bem enganados !
    É só olhar para muitas casas ( ou apartamentos ) de gente da chamada classe média baixa e ver as parabólicas que povoam por aí...
    E à porta, bons automóveis..
    Lá dentro, não faltarão gadgets da última geração, nem toda a espécie de electrodomésticos.
    Agora, são problemas em cima de problemas.
    Durante anos, foram enganados. Só resta arrepiar caminho e muito depressa ACORDAR para a dura realidade.
    Culpar este ou aqueloutro, NÃO ADIANTA !

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  6. Um assunto que dá pano para mangas!
    Ana, as escolas estão muito sobrecarregadas de todas as maneiras, muitas vezes a fazer o que compete aos pais, que não têm tempo nem possibilidades financeiras para o fazer.
    Não sei como se pode mudar...
    Um beijinho e um bom dia para ti

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  7. onde podem....
    sempre gostei do Norman Rockwell, me lembro que publivaca nma recista americana, faz anos, ( nao lembro o nome ) e amo o Cat Stevens!!!
    e sabe adoro teus comentarios so acho que exagera em me comparar com Monet1 ele era genial!!!
    beijos, minha querida Ana

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  8. A questão colocada é muito pertinente.
    Cada vez, existem no mundo, menos condições para as crianças. Diria até para o ser humano.
    Mas em relação às crianças que vão ser os adultos de amanhã, o assunto é muito preocupante.
    Urge fazer algo, mas não é de todo fácil.
    Beijinhos.

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  9. Ana,

    Uma questao bem colocada. Eu era miuda quando ocorreram as duas intervencoes anteriores do FMI. Tinha 7 e 12 anos respectivamente.Foram tempos muito dificeis para mim, uma vez que tinha acabado de perder o meu pai, e a minha mae, que era costureira, ja nao ganhava tanto como antes devido a expansao do pronto-a-vestir.
    A Margarida referiu o papel dos avos. No meu caso, foram fundamentais.Foram eles que permitiram manter a magia da infancia com passeios a pe, junto ao rio ou no eucaliptal, nas idas ao parque ou nos passeios para apanhar figos e amoras. Estas actividades de ligacao a natureza, ou outras, mais criativas e que puxam pela imaginacao (eu fazia as minhas proprias bonecas, por ex.), ajudam a amenizar o impacto psicologico e emocional destes contextos mais angustiantes. Lembro-me muito bem do tempo em que nos disseram que tinhamos de apertar o cinto...
    Nestes periodos, nao nos podemos esquecer do importante papel que pode ser desempenhado pelo voluntariado de proximidade ou pelas redes de vizinhanca, que nos ajudam a aguentar melhor os momentos mais delicados,sendo,por vezes,as nossas verdadeiras ancoras.
    Beijinho, Ana!







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  10. E cá está um grupo de brasileiras metendo o bedelho.
    Vão conseguir, não há mal que sempre dure, as coisas vão achar o rumo do rio e em todas as fases, sempre se aprende algo.

    Daqui nos resta dizer que as crianças são as que mais sofrem, os idosos idem, então, tenho a certeza que o povo português sabberá dizer basta, na hora certa.

    bjs nossos, de carinho e força.

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  11. João,
    São negros, tem razão. Mas apelidar de cinzentismo já é para mim pejorativo.
    Beijinho. :)

    Maria,
    É verdade temos que aprender a reencontrar a nossa essência.
    Obrigada, beijinho. :)

    Jane,
    Sublinho o seu comentário. Obrigada e um beijinho. :)

    Pedro,
    Que impressão o que diz. Que tristeza, E como dar a volta?
    Beijinho. )

    Margarida,
    Estou em consonância com as suas preocupações e não vejo nada para melhorar. Obrigada!
    Beijinhos. :)

    João,
    Penso que já acordamos mas podia ser com suavidade.
    Para viver melhor, por vezes, é necessário poupar tempo. Para tal, é preciso ter alguns desses aparelhos domésticos, pois auxiliam. Talvez não se refira a esta situação.
    Compreendo o que quer dizer. Ter...ter... o horror de ter.
    Beijinho. :)

    Isabel,
    É a nossa triste realidade. :(
    Quando será que poderei comentar no teu blog?
    Beijinho. :)

    Querida Myra,
    faz-me lembrar Monet mas noutro registo. Se puser lado a lado as duas imagens não acha que há conexão?
    Beijinho. :)

    Cláudia,
    Não é de todo fácil.
    As crianças são o futuro e para elas avizinha-se desde já um mundo fechado sem certezas e sem poderem voar livremente com todas as possibilidades que merecem.
    Beijinhos. :)

    Sandra,
    o teu comentário tem a resposta ao que me levou a escrever e a fazer estas escolhas.
    É tão bonito o que escreves, era um tempo difícil mas com muitos afetos.
    Maravilhoso o que podem fazer os avós. Lindo terem ligado à natureza, às pequenas coisas rotineiras, um afeto tão grande.
    Possibilitaram as alegrias apesar do tempo difícil.
    Beijinho especial e obrigada! :)

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  12. Amigas Vurdóns,
    Muito obrigada pelo vossa eterna procura.
    Beijinhos. :)))))))

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  13. Pois é, vim tarde mas já tinha lido duas vezes e estava sem saber o que dizer.
    O que dizer que não tenham já dito? O medo dos tempos que vêm aí, piores dos que já correm agora? Inútil falar disso.
    O que diz Presépio do Canal é muito interessante, era mais fácil nesses tempos "viver" criando as nossas coisas, apanhando a fruta, sabendo que o "ter" ia ser pouco e ia-se ganhando no "ser"...
    Hoje, pobres crianças, hoje habituámo-las tão mal...
    Mas deixemo-las brincar ao menos!
    Não tenho netos, os meus filhos cresceram cresceram...mas dou tanta razão ao Cat Stevens e -já agora- ao Santana: "Let the children play" Eles tienen que jugar..."!
    beijinhos

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  14. Vou ouvir o Santana.
    Obrigada, Maria João.
    Beijinho. :)

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