23/08/2012

In Memoriam - A.H. Oliveira Marques




«O livro era caro e raro. A não ser tratando-se de obras religiosas, como bíblias, missais, antifonários e demais livros de ofício, cuja necessidade e disseminação punha em movimento dezenas ou até centenas de tradutores, obras literárias de outra espécie conheciam “tiragens” de um, dois ou três exemplares. Mandava-se copiar o livro A ou o livro B porque o rei ou um grande senhor havia manifestado interesse em o possuir». 

A.H. Oliveira Marques,  A sociedade medieval portuguesa. Lisboa: Sá da Costa,1964, p.192. 

10 comentários:

  1. E hoje continuam a ser, ana.
    Valha-nos algumas promoções porque o preço dos livros, normalmente, é proibitivo.
    Um artigo de luxo, parece ser essa a mentalidade.
    Tacanha, como é óbvio.
    Beijinhos

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  2. Qualquer dia voltamos a esse tempo, está-me a parecer... Bjs!

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  3. Pedro,
    É verdade os livros estão caros mas também se consegue comprar em promoções que outrora não havia.
    Lembrei-me do excerto do Prof. Oliveira Marques porque ele hoje faria anos e porque influenciou muitos investigadores e historiadores. Não há dúvida que a História se toca em muitos períodos diferentes.
    Beijinho, Pedro! :)

    Margarida,
    Esperemos que não...
    Todavia, tem razão. Então os livros de arte que deveriam ser de grande divulgação são os mais caros. É triste que assim seja. :)
    Beijinhos!

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  4. A. H. Oliveira Marques - uma referência. Um brilhante historiador.
    Os livros novos estão muito caros, mas também se encontram livros muito acessíveis nas feiras que se realizam nas estações de comboios, do metro,... E, existem os alfarrabistas...

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  5. É verdade que a história se toca em muitos períodos diferentes e há determinadas coisas que se lêem, que apesar dos anos são tão actuais.

    Quanto aos livros de arte, mesmo assim já se compram livros muito bons por preços bem acessíveis. A Taschen tem contribuido bastante para isso. Não achas Ana?

    Beijinhos

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  6. Cláudia,
    Os alfarrabistas são a minha preferência.
    Adoro o cheiro dos livros antigos ou velhos, as primeiras edições e o preço pois é vantajoso.
    Sabe, não sabe? :))
    Beijinho. :)

    Isabel,
    A Taschen e o Público têm feito um bom trabalho na divulgação dos livros de arte; é verdade Isabel. Porém, ainda há muitas edições que não se preocupam com esse pormenor.
    Não comprei um livro enorme e com toda a obra (ou quase toda) de William Blake na Tate Gallery porque era caríssimo. Ou talvez até nem fosse mas a vida em Londres é cara e tinha que repartir os dinheiros. :)
    Beijinho. :)

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  7. ... entretanto
    grandes obras de grandes autores

    hoje são queimadas ao desbarato

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  8. Não sabia que faria anos. Grande historiador. Talvez nem sempre claro, mas sempre certo...
    Como mudou a procura da cultura e dos livros!
    Como são ignorantes os que nos governam!
    Beijinhos

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  9. Tenho uma boa lembrança desse homem, historiador de mérito incontestável.
    Mar Arável tocou num ponto terrível e verdadeiro: os autos de fé a que são submetidos obras de tantos grandes escritores... na febre criminosa do livro-produto, do livro-rentável! Onde vão editoras como a Inquérito, a Portugália, a Inova... Há heróis, como Relógio d'Água...

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  10. Mar Arável,
    É uma pena...
    Beijinho. :)

    MJ,
    Sim fazia anos no dia 23 de Agosto e marcou a geração anterior à minha, a minha e marcará as futuras.
    Beijinho. :)

    Manuel,
    A lembrança que eu tenho é só dos livros e da televisão.
    Beijinho. :)

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