18/06/2013

Mulher

Rossio, Mulher: solidão e generosidade



Retrato

Eu não tinha este rosto de hoje,
assim calmo, assim triste, assim magro,
nem estes olhos tão vazios,
nem o lábio amargo.

Eu não tinha estas mãos sem força,
tão paradas e frias e mortas;
eu não tinha este coração
que nem se mostra.

Eu não dei por esta mudança,
tão simples, tão certa, tão fácil:
- Em que espelho ficou perdida
a minha face?

Cecília Meireles

12 comentários:

  1. Ai, ANA, que eu não me lembro se já conhecia esta poesia da Cecília ...
    Também
    >não dei por esta mudança,
    tão simples, tão certa, tão fácil<

    Vou mandar-te uma outra foto da estátua de Paris.
    Está incluída num grupo.
    Segue daqui a pouco.

    Um beijo e GOOD LUCK !

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  2. maravilhoso post! foto, Cecilia Meireles musica, maravilhoso MESMO!


    sim, pode levar:))
    bejos

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  3. Sabe o que me fez lembrar esta foto, Ana?
    A minha filha Catarina, ainda muito pequenina, no Porto, a dar pão às pombas.
    De repente, eram umas largas dezenas.
    E ela apanhou um susto!! :))
    Beijinho

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  4. O poema é muito bonito.

    A senhora da foto parece que ia a cair...espero que não tenha caído!

    Quase de férias, não é?... mas faltam ainda as toneladas de burocracia, incluindo a inútil auto-avaliação!

    QUE CHEGUE AGOSTO!!!

    Um beijinho

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  5. Sandra,
    Obrigada.
    Beijinho. :))

    João,
    Agradeço. A escultura de Henri de Miller é muito interessante. Tenho-a com outra perspetiva. Igual a uma que enviou.
    Graças. :))
    Beijinho.


    Obrigada, Myra.
    A sua arte encanta-me e supera-se de um momento para o outro. :)
    Beijinho.:)

    Pedro,
    Tenho uma foto tirada em Milão com uma menina rodeada de pombas. Eu também tenho medo quando esvoaçam junto a mim. Mas ao mesmo tempo acho-lhes graça.
    Beijinho. :))

    Isabel,
    Obrigada. Ainda falta muito para as férias. Há imenso trabalho...
    Ando esgotada. Preciso de uns dias de sol e de nada ter para fazer. :))
    Beijinho.

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  6. A solidão socorre-se (ou faz-nos socorrer!) de tudo que a minimize.

    A velhice?
    Quantos a aceitam naturalmente? Quantos a recebem com a serenidade que era suposto já se ter alcançado?

    Beijinho.

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  7. GL,
    Sim, julgo que a senhora que fotografei se vai sentar no Rossio e falar com as pombas para se sentir menos só.
    O elixir da eterna juventude sempre foi procurado.
    Começamos a envelhecer desde que nascemos, uma barreira invencível até para os cientistas.
    Beijinho. :))

    Mar Arável,
    "Jovens com experiência" é uma óptima solução, :))
    Bjs.

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  8. Que dizer? Tudo verdade, minha amiga! Gostei da foto!!!
    De tudo, aliás...Cecília Meireles é grande!
    Beijinhos

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  9. Escreveu bem, Ana, "Começamos a envelhecer desde que nascemos".
    Poucos são os que aceitam o envelhecimento com tranquilidade...
    Não é fácil!
    E a solidão assusta-me!

    O poema é belíssimo!

    Um beijinho grande.:))

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  10. Maria João,
    Obrigada!:)
    Beijinho.

    Cláudia,
    A mim também mas é tuo mais sereno...
    Beijinho.:)

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