O Museu Nacional Machado de Castro reabriu ao público no dia 13 de dezembro. As obras a que o edifício foi sujeito tornaram este espaço muito aprazível.
Uma das minhas peças eletivas. Uma parte de um Tríptico da Paixão de Cristo, 1514-17,
Mosteiro de Santa Clara de Coimbra
«Por encomenda de D. Manuel I, Quentin Metsys executou em Antuérpia, entre 1514 e 1517, o tríptico de que se conservam os volantes. Estando o tríptico fechado, o observador deparava com a Anunciação – primeiro momento da vida terrena de Cristo – em grisalha, em tons de branco, cinza e rosa. Das cenas que encerram este ciclo falava o interior: ao centro, o Calvário; aos lados, a humilhação infligida pelos romanos (Flagelação) e pelos judeus (Ecce Homo). Os temas e as dimensões das figuras, a posição da cabeça e das mãos da Virgem, conservada em fragmento, parecem autorizar a restituição conjetural do Calvário. Já em 1931 o historiador da Arte, J. de Figueiredo, vira no pequeno quadro oval, figurando uma Virgem Dolorosa, um fragmento do painel central. Com efeito, trata-se de uma falsa oval, pois a extremidade direita é uma tira pertencente à zona inferior da orla do manto da Virgem, como facilmente se depreende do bordado fingido a ouro. Os repintes, grosseiros na cor e na pincelada, por de mais aparentes no punho esquerdo, mostram que a obra a que refere o ex-voto da prioresa, escrito nas costas da peça, mais não foi do que aproveitamento de uma parte do tríptico que um desastre – inundação ou incêndio – arruinara.» *Notas recolhidas no site do Museu Nacional Machado de Castro. Voltarei a falar neste tríptico.
Josefa de Óbidos, Maria Madalena
«Óleo sobre cobre proveniente do Convento do Louriçal. Tem sido considerada como uma das obras da juventude de Josefa d’Óbidos, hipótese atestada pela inscrição, no reverso, que identifica seu pai – Baltazar Gomes Figueira – como o proprietário deste «chapaz de cobre». Obra delicada, rica em cores, não obstante a penumbra geral, adota um vocabulário pictural que convida à penitência, primeira via para a redenção no período Proto-Barroco. Todos os elementos da obra se subordinam a essa mensagem catequética e manipulam o observador. O tema é o de uma pecadora convertida pelo dogma da fé, revelado na luz emanada pelo Crucifixo que, juntamente com a chama da candeia, banha a figura e a sua expressão, deixando na penumbra o que é secundário. Os atributos reforçam a ideia: a caveira simboliza a meditação sobre as vaidades da vida; os cilícios, como expressão do arrependimento e da penitência, são um meio para chegar à Palavra Divina, transcrita na Bíblia, sobre a qual estão colocados».*
O Cavaleiro Medieval (século XIV) retirado da Capela dos Ferreiros em Oliveira do Hospital
«O cavaleiro representa Domingos Joanes, sepultado na Capela dos Ferreiros, como testemunham os atributos militares – elmo, cota de malha, escudo de armas e espada, sapatos de bico e esporas – e heráldicos – escudo de azul, com aspa de prata acompanhada de quatro flores-de-lis de ouro – que ostenta.A exaltação dos valores militares integra-se num contexto funerário, associando o cavaleiro a uma dimensão religiosa, bem característica da espiritualidade medieval»*
A cidade entra pelo museu dentro. Na parede lateral direita está colocada
uma nota sobre a igreja que daqui se visualiza
O bar e restaurante tem uma vista muito bonita da Alta de Coimbra,
nomeadamente, da cúpula da Sé Velha e da Universidade
É de certeza uma visita que vale a pena.
ResponderEliminarUm dia destes...
Um beijinho e continuação de bom trabalho
Que maravilha! Obrigada por partilhares! Fiquei com imensa vontade de conhecer.
ResponderEliminarBjs! :-)
ana,
ResponderEliminarA visita já estava prometida desde que aí estive em Julho.
Agora não há a mais pequena dúvida.
Está lindo!!
Beijinhos
Tenho de lá ir, nem que seja quando estiver de férias na Figueira. Bjs!
ResponderEliminarSempre uma bela partilha
ResponderEliminarde memórias
agora em espaço qualificado
Bj
Uma postagem MUITO BEM FEITA !
ResponderEliminarTenho que voltar a Coimbra, ANA !
Um beijo.
ana,
ResponderEliminarUma vez que vou estar ausente da blogosfera nos próximos dias, deixo-lhe um grande beijinho e votos de um Santo Natal para si e família!
Imperdível...
ResponderEliminarQuando aí estive da última vez, tive pena de não poder visitar, por estar fechado.
Obrigada por esta partilha.
Beijinhos.:))
Tinha planeado uma visita a Coimbra no verão passado mas devido a uma entorse tive que cancelar. Ficou adiada para o verão de 2013 se for de novo a Portugal. E se for, este será um lugar a conhecer.
ResponderEliminarAbraço, Ana.
Que pena Ana, só poderei visitar o museu daqui a uns dois ou três anos. Por enquanto contento-me com suas fotos. Maravilhosas. Beijo.
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