Plano
Trabalho o poema sobre uma hipótese: o amor
que se despeja no copo da vida, até meio, como se
o pudéssemos beber de um trago. No fundo,
como o vinho turvo, deixa um gosto amargo na
boca. Pergunto onde está a transparência do
vidro, a pureza do líquido inicial, a energia
de quem procura esvaziar a garrafa; e a resposta
são estes cacos que nos cortam as mãos, a mesa
da alma suja de restos, palavras espalhadas
num cansaço de sentidos. Volto, então, à primeira
hipótese. O amor. Mas sem o gastar de uma vez,
esperando que o tempo encha o copo até cima,
para que o possa erguer à luz do teu corpo
e veja, através dele, o teu rosto inteiro.
Retirado daqui: https://www.escritas.org/pt/t/1650/plano
A foto é giríssima
ResponderEliminarBom domingo!
Obrigada, MR.
EliminarBom fim de semana!:))
Também gostei. Bom Domingo!
ResponderEliminarObrigada, Margarida.:))
EliminarBjs
A foto é muito bonita.
ResponderEliminarAndas desaparecida...
Beijinhos e bom domingo:))
Ando desaparecida por excesso de trabalho. :))
EliminarBeijinhos e obrigada. :))
Os contra tenores entusiasmam-me a sério, sei lá bem porquê. É um entusiasmo triste, feito de lonjuras e distância, uma coisa assim como saudade e impossíveis, tudo bailando dentro da alma.
ResponderEliminarBFS
Requintadamente belo este post.
ResponderEliminarDe cima a baixo afaga-se-lhe
a superfície. Toda.
Todos os planos, perspectivas
e pontos de fuga com a palma
dos sentidos, achamos-lhe enfim
a maravilha da transparência.
Bj.