A flor do cardo em pranto
VISITA
Adornou o meu quarto a flor do cardo,
Perfumei-o de almiscar recendente;
Vesti-me com a purpura fulgente,
Ensaiando meus cantos, como um bardo;
Ungi as mãos e a face com o nardo
Crescido nos jardins do Oriente,
A receber com pompa, dignamente,
Mysteriosa visita a quem aguardo.
Mas que filha de reis, que anjo ou que fada
Era essa que assim a mim descia,
Do meu casebre á humida pousada?...
Nem princezas, nem fadas. Era, flor,
Era a tua lembrança que batia
Ás portas de ouro e luz do meu amor!
Antero de Quental, in Sonetos (https://pt.wikisource.org/wiki/Visita)
In Memoriam - uma ária que gosto muito de ouvir na belíssima voz de Monserrat Caballé
Em pranto estamos nós com a perda definitiva de Monserrat Caballé...
ResponderEliminar( Só um ano mais velha do que eu...).
Um beijo amigo, Ana.
Uma voz e uma canção maravilhosas!
ResponderEliminarAdorei a foto!
Beijinhos e bom domingo, Ana:))
(Não respondeste ao meu SMS:(
O soneto e o canto
ResponderEliminaro ansioso apaixonado (desesperado)
e o coração destroçado
nesta morte do encanto
Bj., Ana.
Muito belo (tudo). Beijinhos!
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