Dança ao vento
Tudo que faço ou medito
Tudo que faço ou medito
Fica sempre na metade.
Querendo, quero o infinito.
Fazendo, nada é verdade.
Que nojo de mim me fica
Ao olhar para o que faço!
Minha alma é lúcida e rica,
E eu sou um mar de sargaço —
Um mar onde bóiam lentos
Fragmentos de um mar de além...
Vontades ou pensamentos?
Não o sei e sei-o bem.
13-9-1933
Fernando Pessoa, Poesias, (Nota explicativa de João Gaspar Simões e Luiz de Montalvor.) Lisboa: Ática, 1942 (15ª ed. 1995), p. 177.
Fernando Pessoa, Poesias, (Nota explicativa de João Gaspar Simões e Luiz de Montalvor.) Lisboa: Ática, 1942 (15ª ed. 1995), p. 177.
Gosto sempre do Fernando Pessoa!
ResponderEliminarE gosto da foto!
Beijinhos e bom domingo:))
Obrigada, Isabel.
EliminarSó hoje é que vim aqui.
Boa semana!:))
Beijinhos.
A vontade desiste
ResponderEliminarporque o pensamento é célere
Diferente é uma quimera
Já dámtes assim era.
dantes.
EliminarA vontade devia acompanhar o pensamento ou deixar-se contagiar por ele.
EliminarSó hoje é que vim aqui.
Boa semana!:))
Beijinhos.
A alma lúcida de Pessoa de nada se pode queixar. Mas talvez ele se queixe por nós os que somos mar de sargaço de corpo e alma. E assim nos interpreta.
ResponderEliminarEsta ária é uma das poucas que aprecio, é canto de fundura triste e terna.
Também gosto muito desta ária. :))
EliminarSó hoje é que vim aqui.
Boa semana!:))
Uma homem era mesmo uma alma em permanente desassossego.
ResponderEliminarBjs, boa semana
Pois era, mas é amado por tantas pessoas! Pena que não sabe.
EliminarSó hoje é que vim aqui.
Boa semana!:))
Beijinhos.
Gosto sobretudo da ftografia. Beijihos, Ana!
ResponderEliminarObrigada, Margarida. O Papiro ao pé do rio é tão delicado!
EliminarSó hoje é que vim aqui.
Boa semana!:))
Beijinhos.:))