04/09/2018

Perda irreparável - Amor ou desamor?








Amor ou desamor pela História?

O Fogo um dos elementos químicos estudados desde sempre, o fogo que aquece, solda, contribui para a evolução do Homem, também, destrói a Natureza, Casas, Vidas, destrói Memórias. 
Uma simples reacção química faz desaparecer 200 anos e  séculos de História guardados. 
A História que para alguns é tão pouco valorizada, como se comprova nas notícias com a falta de preocupação pela segurança dos edifícios históricos, ou fiscalização sobre a mesma. 
Eis, pois, que desaparece assim a cultura de dois povos, de um povo, de vários e múltiplos povos e identidades. 

As Memórias, a Cultura, pouco importam no imediato. Só quando são irrecuperáveis é que se tornam valiosas.
O dinheiro é para investir de acordo com a "moda" do modelo económico em voga, experiências... interesses... investimento no imediato, no que lucra com horizonte definido.
O mesmo se passa com a Educação, a cultura Clássica está a morrer aos poucos, não interessa porque é difícil, não provoca efeitos estatísticos de acordo com o que se quer provar. Não arde com o fogo, arde com mudanças de secretaria. 
Lamento não ter visitado este museu. Tinha-o na lista para uma futura viagem que ainda não se tinha proporcionado. Jamais o conhecerei. 
Se nada estava digitalizado em lugar seguro, também não pode ser um dia enviado para o Universo, uma quimera que o Homem alimenta.


4 comentários:

  1. Senti uma tristeza enorme quando ouvi a notícia do museu. Perdem-se livros e peças que não têm preço. É a nossa história. Um pouco da história de todos.

    Não investir nestas áreas: Cultura e Educação, mostra a ignorância de um povo e dos seus governantes. É melhor investir em estádios de futebol e coisas do género...

    Beijinhos e boa semana:)))

    ResponderEliminar
  2. Estou pesarosa com a notícia. A dimensão de irreparável assusta qualquer.

    ResponderEliminar
  3. Recordei Agosto do ano passado e, entre as muitas perdas irreparáveis, a da biblioteca Ricci, cujo espólio tinha sido doado à Universidade de São José, ainda não tinha saído dos caixotes, e foi levado pelas águas.
    Há perdas que são mesmo irreparáveis.
    Beijinhos

    ResponderEliminar
  4. Eu perguntei, na ocasião, como pôde ter sido possível acontecer. Eu próprio me questionei, e fiquei triste, desiludido pelas conclusões a que sempre chego. É fácil arranjar culpados. Os média alimentam essa ilusão dada como solução.
    É claro que há culpados, com mais ou menos responsabilidade, mas todos - nós - temos uma quota parte de responsabilidade.
    Vai continuar a acontecer enquanto não houver uma revolução nas mentalidades, enquanto o dinheiro mandar nas pessoas e se sobrepuser à educação e cultura que são, afinal, a massa que suporta a humanidade.

    BFS, cara Ana.

    ResponderEliminar

Arquivo