Um conjunto de flores - 3 vasos
Flores amo, não busco. Se aparecem
Flores amo, não busco. Se aparecem
Me agrado ledo, que há em buscar prazeres
O desprazer da busca.
A vida seja como o sol, que é dado,
Nem arranquemos flores, que, arrancadas
Não são nossas, mas mortas.
16-6-1932
Ricardo Reis, Poemas.(Edição Crítica de Luiz Fagundes Duarte.) Lisboa: Imprensa Nacional - Casa da Moeda, 1994, p. 163.
Ricardo Reis, Poemas.(Edição Crítica de Luiz Fagundes Duarte.) Lisboa: Imprensa Nacional - Casa da Moeda, 1994, p. 163.
É. Penso eu que essa é a atitude correcta em relação às flores que nos apareçam nos caminhos. Amá-las sem as matar. Julgo até compreender minha avó a quem custava muito cortar flores para uma jarra, e nunca em sua casa vi alguma, apesar de ainda hoje desconhecer jardim mais florido e acarinhado que o seu. É verdade que arrancá-las/cortá-las é dar-lhes morte antes de tempo. Contudo, não resisto a tê-las mais perto e acordar a olhar-lhes a morte lenta. Beleza a definhar.
ResponderEliminarUma postagem cheia de FLORES e de PRIMAVERAS várias.
ResponderEliminarAssim, os diversos gostos e prazeres diferentes podem florir.
Um beijo ( finalmente ! ).
Liz Fraser é um must, Ana.
ResponderEliminarAcompanhada por Jeff Buckley, um doce.
Beijos, boa semana
Gosto bastante desse poema, da mensagem, as flores pertencem ao seu lugar. :) Boa semana!
ResponderEliminarTodas se desfolham
ResponderEliminaraté os cravos a despontar
Estive aqui, vi, escrevi...
ResponderEliminarprovavelmente dormi.
As flores se aparecem!
Insinuam-se nos sentidos, Ana.
Bj.