Winston Churchill Marrocos
Manuel Poppe.
Não sei de quem é a fotografia mas gosto dela.
Com o escritor comungo a paixão por Itália, em particular, Roma e o Panteão.
O livro que ando a ler ...
(Grata à Cláudia, Livraria Lumière)
Sabe que o Atlas se cobre de neve, no Inverno? O crepúsculo doura a crista da montanha, por detrás do minarete, que se ilumina. Fica uma luzinha, a cintilar. Mouna sorria e eu nunca percebi o sorriso. Nem esse, nem outros.
Manuel Poppe, Um Inverno em Marraquexe. Lisboa: Edições Teorema, 2004, p.36.
Um episódio que me marcou em Marrocos foi quando, de mochila às costas, dentro de um carro, subimos um bocadinho o Atlas e fomos apanhados numa tempestade de areia. Perdidos no meio do deserto, eis que apareceu uma caravana de tuaregs que, montados em cavalos, transportavam mercadoria. Nos pulsos traziam relógios digitais e nas albardas coca-colas, o mundo americano numa terra sem o tio Sam.
De Marrocos só tenho slides ainda da era do celuloide (1985). Encontrei no Google uma fotografia da Medina de Marraquexe, de Bouchot, que me encantou. Visitei a Medina com amigos, sem guia e, apesar de labiríntica, não nos perdemos. Encontrámos um mundo estranho, acolhedor e a comprová-lo estavam as sardinhas albardadas que comemos num souk, sentados com marroquinos, numa refeição sem talheres e onde se partilhava a mesma água (tal proeza não foi para mim) ao som do muezzin que chamava para as orações.
Obrigada Manuel Poppe por esta viagem de regresso a um país hoje de certeza diferente.
De uma forma sumária: Manuel Poppe (escritor e jornalista) nasceu em Lisboa, viveu a adolescência na Guarda, regressou à capital para se licenciar. Foi Conselheiro Cultural na embaixada portuguesa em Roma, cidade onde obteve o título académico de "Dottore in Lingue e Leterature Straniere pela Universidade La Sapienza"com uma tese sobre José Régio. De Roma partiu para S.Tomé com a mesma missão que mais tarde o levaria a Telavive e finalmente a Marrocos.
Medina de Marraquexe, fotografia de Emmanuel Bouchot
Recordações encantadoras que deverão ficar retidas na memória para sempre.
ResponderEliminarGostei muito de ler este post. Tomei nota do livro. Talvez o encontre aqui na biblioteca.
Abraço
Sempre, mas sempre, excelentes postagens, Ana !
ResponderEliminarO Manuel Poppe devia ser Emérito votante do Flinpo!
QUE BOM GOSTO ELE TEM !!!
Não me fales na Cláudia, que me dá saudades...
Um beijo.
Tal como a Catarina, tomei nota do livro.
ResponderEliminarVamos ver o que me reserva a Feira do Livro que está aqui a decorrer.
Beijinho
Ana, adorei ler o livro.
ResponderEliminarO nosso amigo Manuel Poppe, escreve de maneira singular, que prende o leitor da primeira à última página. E, ficamos com pena quando o livro termina!
Deixo aqui 3 beijinhos:
Um para a Ana, outro para o Manuel Poppe e outro para o João Menéres.:)))
Boa memória
ResponderEliminarTambém conheço alguns desertos
partilhei algumas tempestades de areia
Bjs
Adorei este post e faço minhas as palavras da Cláudia: os livros do Manuel Poppe prendem-nos e encantam-nos do princípio ao fim!
ResponderEliminarFicamos com pena quando um livro acaba.
Lindo o teu post, Ana.
Um beijinho
Gostei muito do post, por muitas razões que entenderá, eu sei.
ResponderEliminarTambém porque é um post muito bonito! De alguém que "sabe" ler - ler com empatia...
E a música é linda!
Beijinhos
Cara Ana, Muito obrigado pelo modo generoso com que falou do meu livro e pelo breve texto que escolheu e diz muito de mim. Agradeço, também, aos comentadores, tão agradável foi para mim ler o que escreveram. Bem- haja, Ana, bem hajam amigos!
ResponderEliminarCatarina,
ResponderEliminarDesejo que encontre. Vai gostar.
beijinho e grata pela visita. :))
João,
Obrigada pelas suas palavras. Tem razão quanto ao Manuel Poppe e a Cláudia tem o dom de encantar.
Beijinho. :))
Pedro,
Desejo que encontre e que disfrute da escrita de Manuel Poppe.
beijinho. :))
Cláudia,
É singular, sim e leva-nos a devorar a escrita.
Beijinho. :))
Mar Arável,
Há desertos que vale a pena conhecer.
Beijinho. :))
Isabel,
Disseste tudo. Só espero que saia um livro brevemente.
Beijinhos. :))
Maria João,
Obrigada pelas palavras. Sim posso dizer que li com empatia porque já finalizei o livro.
Beijinhos. :))
Caro Manuel Poppe,
Não lhe fiz justiça de certeza pois ainda há muito para descobrir de si, da sua escrita.
Desejo que esteja para sair em breve um novo livro.
Obrigada por esta leitura e pelas memórias que me fez reviver.
Beijinho especial. :))
Lindo, tudo,
ResponderEliminarsua visão do livro, o livro e o autor.
bjs nossos
Claro que pode "roubar" esse meu trabalho!
ResponderEliminarSeria um gosto!
Beijinhos!
Nunca mais ouvi falar do Mnauel Poppe e gostei muito do que li dele. E tive o previlégio de o ter como guia numa visita a Roma, quando ele era Adido Cultural. Uma pessoa interessantíssima, simpática e culta. Belo post.
ResponderEliminarAmigas Vurdóns,
ResponderEliminarMuito obrigada.
Beijinhos para todas. :))))))
Vieira Calado,
Então irei buscar. Obrigada.
Beijinho. :)
JMS,
Não sabia, que giro!
Conheci-o na blogosfera e é uma pessoa com uma sensibilidade e um bom gosto extraordinário.
Gostei dos livros que li e é um lutador exímio. :)
Desejo que se reencontrem.
Beijinho e obrigada pela visita. :)