Se nada há de novo
e tudo o que há já dantes era como agora é,
só ilusão a criação será:
criar o já criado para quê?
Que alguém me mostre, sobre um livro antigo
como quinhentas translações astrais,
a tua imagem, na inscrição, no abrigo
do espírito em seus signos iniciais.
Que eu saiba o que diria o velho mundo
deste milagre que é a tua forma;
se te viram melhor, se me confundo,
se as translações seguem a mesma norma.
Mas disto estou seguro: antigos textos
louvaram mais com bem menores pretextos.
Tradução de Carlos de Oliveira (Citador) Louise Élisabeth Vigée Le Brun,
Se então já não há nada de novo, tudo se recria.
ResponderEliminarGostei muito do pormenor da pintura.
Um beijinho e boa semana!
Tal como Jerónimo Bosch, na Pintura...
ResponderEliminarUm beijo.
Beijinho e boa semana, ana!
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ResponderEliminarSublime!!!
Desde o poema, ao pormenor do quadro de Marie Antoinette, à música.
Só de alguém muito especial...
Um beijinho grande.:))
Lindo poema, claro! Tudo bonito e bem escolhido! beijinhos
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ResponderEliminarTudo é sempre novo
até os velhos textos
quando se leem com outros olhos
Línddíssimo soneto de Shakespeare e sublime ária de Bach. Inspiradores para um dia triste e cinzento. Obrigado, Ana
ResponderEliminarLínddíssimo soneto de Shakespeare e sublime ária de Bach. Inspiradores para um dia triste e cinzento. Obrigado, Ana
ResponderEliminarPalavras sábias soltam-se do livro, enquanto as notas de Bach elevam a reflexão. Lá fora, ainda com freio, sente-se o silêncio em ebulição da rua, clamando por pão. E circo.
ResponderEliminarQue dizer, Ana? Os seus posts são sublimes, sinto-me muito bem por aqui.
Beijo :)
A todos muito obrigada. :)
ResponderEliminarBeijinhos.