As bolas de sabão que esta criança Vasco Berardo, s/ título,
Se entretém a largar de uma palhinha
São translucidamente uma filosofia toda.
Claras, inúteis e passageiras como a Natureza,
Amigas dos olhos como as coisas,
São aquilo que são
Com uma precisão redondinha e aérea,
E ninguém, nem mesmo a criança que as deixa,
Pretende que elas são mais do que parecem ser.
Algumas mal se vêem no ar lúcido.
São como a brisa que passa e mal toca nas flores
E que só sabemos que passa
Porque qualquer coisa se aligeira em nós
E aceita tudo mais nitidamente.
11-3-1914
Alberto Caeiro, in “O Guardador de Rebanhos”,(Nota explicativa e notas de João Gaspar Simões e Luiz de Montalvor) Lisboa: Ática, (10ª ed.)1993, p. 51
Uma contradição difícil de explicar no dia consagrado à criança.
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Lindo poema.
ResponderEliminarO dia da criança...
Tantas que o não comemoram.
Um beijinho
Mais um post que nos faz refletir; a palavra e a melodia...
ResponderEliminarUma escolha muito feliz no Dia da Criança, ana.
ResponderEliminarBeijinho e bom fim-de-semana
Beijinhos
ResponderEliminar:)))
Gostei muito do poema, assim como gosto de bolas de sabão e de quadros com bolas de sabão... Bjs!
ResponderEliminarMuito obrigado Ana, pela maravilhosa canção. Que saudade!!!
ResponderEliminarIsabel,
ResponderEliminarInfelizmente!:(
Beijinho.
Catarina,
Obrigada pela visita e pelas palavras.
Abraço!:)
Pedro,
Obrigada.
Beijinho e bom fim-de-semana!:)
Cláudia,
Beijinhos. :)
Margarida,
Também adoro bolas de sabão e quadros com as mesmas. Este não tem mas pareceu-me que podia sugerir.
Beijinhos. :)
Manuel,
Uma canção tão bonita. :)
Tenho saudades de Roma, também!
Beijinho.:)