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29/10/2013

Alma

Eu queria...
[Agradecendo a todos que passam e a quem não tenho visitado]


Rob Shouten in Uma Migalha na Saia do Universo, Antologia da Poesia Neerlandesa no Século Vinte. Lisboa: Assírio e Alvim, 1997, p. 135. (Tradução de Fernando Venâncio)


Lou Reed de quem era fã.
Uma das suas músicas em reposição numa versão peculiar com Jools Holland (2003)
[Hoje não foi assim]

04/09/2013

Olhares diversos e uma câmara, "Claro"

Amesterdão: uma cidade livre. 

Olhares diversos e uma câmara no Museumplein, numa manifestação contra Putin: "Putin, Putout"


CLARO

Claro que o moço na duna teve de notar
que eu o olhava intensamente.
Claro que depois passou perto de mim
com muitos movimentos dispensáveis
mesmo fazendo como quem diz que não me via.
Claro que começou um ballet de primavera
com um miúdo amigo e uma bola,
claro que se fartou, em jeito demasiado à menina,
de passar a mão pelos longuíssimos cabelos
e olhou por cima do ombro ao fazê-lo,
dentes brilhando num rosto escuro.
Claro que mais tarde se deitou
mastigando indolente um pé de erva
naquele tocante calção de banho desbotado
sozinho numa quente concavidade da duna.
Claro que me afastei sem barulho e despercebido
e claro que passo o dia a arrepender-me disto.

1921

Hans Warren in Uma Migalha na Saia do Universo, Antologia da Poesia Neerlandesa no Século Vinte. Lisboa: Assírio e Alvim, 1997, p. 87. (Tradução de Fernando Venâncio).

E mais uma vez colocado ...

03/09/2013

O barco...

              Amesterdão Canal de Prisengracht                                         O BARCO EM QUE SE DEVE

deixar baloiçar
 um homem. Uma mulher

em que se pensa, em que o homem pensa,

até ao último momento, talvez.
Devemos então fechar os olhos
para ver como, mar calmo,
e vista clara, o barco uma vez
após outra, cada vez mais penetrante,
alcança o mesmo promontório.

Hans Faverey (1933-1990) in Uma Migalha na Saia do Universo, Antologia da Poesia Neerlandesa no Século Vinte. Lisboa: Assírio e Alvim, 1997, p.107. (Tradução de Fernando Venâncio) 

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