24/02/2018

Tecnologia versus Humanidade

Tecnologia versus Humanidade, é um velho debate, um debate intemporal, chegou-me através de um marcador. Porém, é a realidade que nos cerca, a inteligência que nos toca, mas nada chega para  apagar a beleza da rosa.

Tecnologia versus Humanidade, o Robot e a Rosa


Estou cansado da inteligência.

Estou cansado da inteligência.
Pensar faz mal às emoções.
Uma grande reacção aparece.
Chora-se de repente, e todas as tias mortas fazem chá de novo
Na casa antiga da quinta velha.
Pára. meu coração!
Sossega, minha esperança factícia!
Quem me dera nunca ter sido senão o menino que fui...
Meu sono bom porque tinha simplesmente sono e não ideias que esquecer!
Meu horizonte de quintal e praia!
Meu fim antes do princípio!
Estou cansado da inteligência.
Se ao menos com ela se percebesse qualquer coisa!
Mas só percebo um cansaço no fundo, como baixam internas
Aquelas coisas que o vinho tem e amodorram o vinho.


18-6-1930

Álvaro de Campos, Livro de Versos  (Edição crítica. Introdução, transcrição, organização e notas de Teresa Rita Lopes.) Lisboa: Estampa, 1993, p. 125.


17/02/2018

O Cavaleiro da Rosa



O Cavaleiro da Rosa de Richard Strauss, Acto II. Libreto de Hugo von Hofmannsthal
Angelika Kirchschlager (Octaviano) e Miah Persson (Sofia).

14/02/2018

Não um mas dois...


O AMOR QUE EU TENHO NÃO ME DEIXA ESTAR

O amor que eu tenho não me deixa estar
Pronto, quieto, firme num lugar
Há sempre um pensamento que me enleva
E um desejo comigo que me leva
Longe de mim, a quem eu amo e quero.
Inda de noite, quando durmo, espero
A manhã em que torne a vê-la e amá-la.
……
.
s.d.

Teresa Rita Lopes, Pessoa por Conhecer – Textos para um Novo Mapa, Lisboa: Estampa, 1990, p.36.

NÃO SEI SE É AMOR QUE TENS, OU AMOR QUE FINGES

Não sei se é amor que tens, ou amor que finges,
O que me dás. Dás-mo. Tanto me basta.
Já que o não sou por tempo,
Seja eu jovem por erro.
Pouco os deuses nos dão, e o pouco é falso.
Porém, se o dão, falso que seja, a dadiva
É verdadeira. Aceito,
Cerro olhos: é bastante.
Que mais quero?
.
12-11-1930
Ricardo Reis, Odes,  (Notas de João Gaspar Simões e Luiz de Montalvor.) Lisboa: Ática, 1946 (imp.1994), p. 128.


Quem não se recorda desta banda?!

11/02/2018

Um doce para

a minha amiga Alexandra, da Livraria Lumière, que hoje faz anos.

Parabéns, um dia feliz!:))





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