A realidade é por vezes tão trágica que se a não vestimos com ilusões não se aguenta. Mas não é bom o acordar das ilusões, como não é bom um pássaro sem asas. Pensando mais fundo: não creio que se possa chamar vida a isso que se vive (se acaso existe quem) sem ilusão.
A foto tem mesmo cores de natureza-morta, poderia sê-lo. Muito interessante!
As ilusões fazem parte da vida, mas às vezes é preciso arregaçar as mangas e deixar as ilusões de lado. Não consigo imaginar o que sente quem perdeu muito ou perdeu tudo, como agora nos fogos. Deve ser tão difícil, que não há ilusões. Só muito trabalho pela frente.
É quando penso que não tenho o direito de me queixar de nada, pois tenho muito mais do que preciso.
Não se recebeste um artigo que escrevi na semana passada... Pelo sim, pelo não ele aqui fica
Um pesadelo horrendo
Por Antunes Ferreira Foi dum pesadelo, a depressão bipolar, que consegui sair e quase não acredito que bastou um clique para aparecer a recaída e outro clique para recomeçar a viver… Sejamos claros: durante quase um ano em Lisboa e Goa e de novo em Lisboa fui uma pedra de basalto sem ligar ao que se passava à minha volta, à minha família, às minhas Amigas e aos meus Amigos que sempre, mas sempre! me empurraram para um caminho ressuscitado. Nunca lhes poderei agradecer. Mas mesmo assim faço-o do fundo do coração, sabendo que nada valho, intercalado com um muito obrigado. A vida é madrasta e não há rosas sem espinhos, nem semente semeada que dará em tempo oportuno o fruto da felicidade. Porém quase um ano não a consegui desatar de um silêncio desumano, marmóreo e tumular. Donde quero uma vez mais sublinhar os resultados que consegui alcançar e chegar aos objectivos mais consentâneos e resumidos no que o povo diz – esta vida são dois. Contudo o ano horribilis durou pelas minhas contas 303 dias. Um tsunami bipolar é mais do que descer aos infernos sem saber que os podia deitar fora pela janela aberta da felicidade e da euforia que queria voltar a desfrutar. Perdoem-se leitores este desabafo que é mais confissão; embora não tenham sido parte duma dor que senti na pele e na carne que não me era possível sair desse nevoeiro sem cavalo branco nem sebastião, sempre estiveram comigo nas horas mais más. Repito: a vida é madrasta e o contar dos dias desanimados e trucidados por mor de uma maleita indiscritível é uma vereda negra que nos amarga os meses ´perdidos dum calendário também perdido e lancinante. Hoje fico-me por aqui na companhia duma Grande Mulher de nome Raquel que me acompanhou como sempre me acompanha nos dias mais ácidos duma doença que nos tira o amor à Vida. Depois no sábado virão os filhos e as filhas/noras e os netos e a neta que são para mim os melhores do Mundo. Do Mundo? Do universo sem buracos negros nem cassiopeias mas estrelas brilhantes que nos dão o alento para alcançar o objectivo mais ansiado - viver.
Uma coisa é a natureza morta outra mais trágica é a morte da natureza. Em qualquer dos casos a sua representação pelas técnicas pictóricas hiperrealistas confunde, confunde-me muitas vezes. Parece arte fotográfica. Principalmente quando visionada no rectângulo da máquina. Respondendo à questão, a imagem parece-me ter saído do laboratório anarruano. A razão de VH é também a minha.
Depois da recente obstrução do fio-rio meu, estou de volta.
A realidade é por vezes tão trágica que se a não vestimos com ilusões não se aguenta. Mas não é bom o acordar das ilusões, como não é bom um pássaro sem asas. Pensando mais fundo: não creio que se possa chamar vida a isso que se vive (se acaso existe quem) sem ilusão.
ResponderEliminarAmo a voz de Marisa Monte.
Tem razão, Bea.
EliminarSó se aguenta vestida de ilusão.
Beijinho.:))
é bom não escrever nas cinzas
ResponderEliminara dor que sentimos
:))) :)))
EliminarBjs.
A foto tem mesmo cores de natureza-morta, poderia sê-lo. Muito interessante!
ResponderEliminarAs ilusões fazem parte da vida, mas às vezes é preciso arregaçar as mangas e deixar as ilusões de lado. Não consigo imaginar o que sente quem perdeu muito ou perdeu tudo, como agora nos fogos. Deve ser tão difícil, que não há ilusões. Só muito trabalho pela frente.
É quando penso que não tenho o direito de me queixar de nada, pois tenho muito mais do que preciso.
Gostei da música.
Beijinhos, bom domingo e boa semana:)
Boa semana para ti, Isabel.
EliminarBeijinhos. :))
É uma foto manipulada, julgo eu.
ResponderEliminarBeijinhos, boa semana
Pedro,
EliminarÉ uma foto, sim.
Beijinhos. :))
É uma natureza-morta fotográfica, creio - bem interessante. Gostei da frase de Victor Hugo. Beijinhos!
ResponderEliminarA foto é minha e eu achei que podia ser uma Natureza-morta.
EliminarBeijinho.:))
peixes reproduzidos em terra?
ResponderEliminarNo mar e mortos em terra.:))
EliminarAninhasamiga
ResponderEliminarComo sempre uma escolha excelente. Parabéns
Não se recebeste um artigo que escrevi na semana passada... Pelo sim, pelo não ele aqui fica
Um pesadelo horrendo
Por Antunes Ferreira
Foi dum pesadelo, a depressão bipolar, que consegui sair e quase não acredito que bastou um clique para
aparecer a recaída e outro clique para recomeçar a viver… Sejamos claros: durante quase um ano em Lisboa e Goa e de novo em Lisboa fui uma pedra de basalto sem ligar ao que se passava à minha volta, à minha família, às minhas Amigas e aos meus Amigos que sempre, mas sempre! me empurraram para um caminho ressuscitado. Nunca lhes poderei agradecer.
Mas mesmo assim faço-o do fundo do coração, sabendo que nada valho, intercalado com um muito obrigado. A vida é madrasta e não há rosas sem espinhos, nem semente semeada que dará em tempo oportuno o fruto da felicidade. Porém quase um ano não a consegui desatar de um silêncio desumano, marmóreo e tumular.
Donde quero uma vez mais sublinhar os resultados que consegui alcançar e chegar aos objectivos mais consentâneos e resumidos no que o povo diz – esta vida são dois. Contudo o ano horribilis durou pelas minhas contas 303 dias. Um tsunami bipolar é mais do que descer aos infernos sem saber que os podia deitar fora pela janela aberta da felicidade e da euforia que queria voltar a desfrutar.
Perdoem-se leitores este desabafo que é mais confissão; embora não tenham sido parte duma dor que senti na pele e na carne que não me era possível sair desse nevoeiro sem cavalo branco nem sebastião, sempre estiveram comigo nas horas mais más. Repito: a vida é madrasta e o contar dos dias desanimados e trucidados por mor de uma maleita indiscritível é uma vereda negra que nos amarga os meses ´perdidos dum calendário também perdido e lancinante.
Hoje fico-me por aqui na companhia duma Grande Mulher de nome Raquel que me acompanhou como sempre me acompanha nos dias mais ácidos duma doença que nos tira o amor à Vida. Depois no sábado virão os filhos e as filhas/noras e os netos e a neta que são para mim os melhores do Mundo. Do Mundo? Do universo sem buracos negros nem cassiopeias mas estrelas brilhantes que nos dão o alento para alcançar o objectivo mais ansiado - viver.
Passa sff pela NOSSA TRAVESSA
Qjs do Henrique, o Leãozão
Henrique,
EliminarJá o contactei mas fico feliz por saber que há um novo rumo, uma nova luz. :))
Beijinho.:))
Uma coisa é a natureza morta outra mais trágica é a morte da natureza.
ResponderEliminarEm qualquer dos casos a sua representação pelas técnicas pictóricas hiperrealistas confunde, confunde-me muitas vezes. Parece arte fotográfica. Principalmente quando visionada no rectângulo da máquina.
Respondendo à questão, a imagem parece-me ter saído do laboratório anarruano.
A razão de VH é também a minha.
Depois da recente obstrução do fio-rio meu, estou de volta.
Bj.
Tem razão Agostinho.
EliminarBom regresso, embora seja com atraso que felicito.
Beijinhos. :))
A tua foto parece pintura mesmo!
ResponderEliminarbeijinhos