Egon Schiele, Mãe e filho,1914;
Viena, Áustria - coleção privada
https://biblioklept.org/2015/05/10/mother-and-child-egon-schiele/
Mãe, diz-me, sabes onde estás agora?
-Senhor, habito a espessa cordilheira,
já ninguém me vê nos olhos da concha,
entre corpos... obscuros e... efémeros,
ou entre colmeias brancas e tardias
o silêncio, eterna...mente o puro silêncio,
o vácuo da minha alma enxerga-se
entre corpos... raízes... ninguém me vê,
o silêncio... nos olhos... habi...to a neve
onde edifico o meu... rosto... senhor...!
João Rasteiro, A Rose, is a Rose is a Rose et coetera. Edições Sem Nome, 2017, p.44.
Este livro de poesia de João Rasteiro é a história, em poema, de sua mãe quando adoeceu com alzheimer.
O título foi inspirado num poema de Herberto Helder.
Obrigada, João Rasteiro.
A poesia é espantosamente magnífica ( apesar da dor e da tragédia que consigo arraste ).
ResponderEliminarComo não aprecio a Paula Rego, também não gosto desta pintura de Egon Schiele...
Fecho os olhos e delicio-me com o Nocturno !
Um beijo amigo, Ana.
João,
EliminarEsta imagem que escolhi é para mostrar a dor. Também não a acho bela mas tem alguma beleza, não sei como definir isto de outro modo.
Beijinho.:))
Os três elementos, pintura, poema e música são muito belos.
ResponderEliminarObrigada, Bea.
EliminarBom fim-de-semana!:))
Conjugação perfeita, Ana.
ResponderEliminarEternamente a Rosa, até
quando lapsos de pétalas
na memória deixam a nú
a queda lenta,
antes que o fim do noturno cerre
a luz às teclas do piano.
Bj.
Que bonito, Agostinho.
EliminarObrigada.
Um beijinho.:))
Ana,
ResponderEliminarInfelizmente existem muitas pessoas com este drama...
Um beijinho.:)
É verdade, Cláudia.
EliminarBeijinho.:))
Um triste e suave poema. Um beijinho. E as férias???
ResponderEliminarMaria João,
EliminarAinda não estou de férias. Escreverei em breve.:))
Obrigada.
Beijinho.:))
Na tristeza também há beleza...gostei da pintura e do canto...
ResponderEliminarParabéns ao João!
beijinhos