Caio Plínio tinha razão,
a verdade está no vinho divino,
quando o seu perfume nos toca
a alma torna-se leve.
O choro brota seco sem lágrimas.
O rio corre, sem pressa, lento,
serpenteia a montanha, ao sabor do vento,
cantando o Cântico dos Cânticos.
O cenário é rosa envelhecido
e rivaliza com o terra de siena.
O pintor retrata a paisagem em tons suaves,
quentes... mas vazios.
No centro da tela um circulo aberto esbate-se de forma concêntrica,
perde-se no espaço, transforma-se num pequeno ponto.
O rosa avermelhado aumenta ou diminui
consoante o perfume do vinho.
O Jardim das Delícias brilha em cores psicadélicas.
É a nave dos loucos, criadores?
É criação fictícia, luxúria da mente e da carne.
Inferno, é a realidade após o sono.
In vinus veritas
repousam os pincéis,
as telas, as folhas brancas, vazias
e as penas pousadas ao lado dos tinteiros.
In vinus veritas
a cabeça cai sobre a mesa,
os olhos fecham-se
e o amor torna-se sofrimento.
ana,
5-09-16
** In vino veritas, in aqua sanitas (No vinho há verdade, na água a saúde), frase provável de Caios Plínio, o Velho.
Louis Scutenaire daqui
** In vino veritas, in aqua sanitas (No vinho há verdade, na água a saúde), frase provável de Caios Plínio, o Velho.
*« Le nuage qui caresse un verre plus que ce verre ne le retient, que la proximité des montagnes libère plus qu’elle ne l’enferme, mène avec la douceur, la tendresse d’une main amoureuse, à une évidence finale. »
Louis Scutenaire daqui
Como sou abstémio...
ResponderEliminarBeijinhos, ana
:))
EliminarBeijinho, Pedro.
Vamos à saúde e que o resto se escafenda:)
ResponderEliminarBea,
EliminarÀ saúde. :))
Boa noite!
"La corde sensible" de Magritte, bebe as palavras da poesia:)
ResponderEliminarBoa Tarde
Mr Vertigo,
EliminarObrigada.
Boa noite. :))
Um néctar para ser apreciado e doses mínimas,
ResponderEliminarporque é muito feio, quando as verdades se soltam.
O poema está de uma boemia interessante e brilhante...
Há momentos assim...
Beijinhos.
~~~~
Obrigada, Majo.
EliminarBeijinhos. :))
Um clip prodigioso a ilustrar a música de uma grande banda!
ResponderEliminarO teu poema soberbo encaixa!
"Não chores"
beijinhos
:))
EliminarBeijinhos, Graça.
Santas videiras
ResponderEliminar:))
EliminarBj
ResponderEliminar"In vinus veritas
repousam os pincéis,
as telas, as folhas brancas, vazias
e as penas pousadas ao lado dos tinteiros."
Esquecer, divagar, ser outro...
Gostei. E muito delicada e aérea 'corda sensível' e do Gun'roses.
Obrigada, MJ.
EliminarBeijinho. :))
"se o vinho é o sangue de Cristo..."
ResponderEliminar(e mais não digo)
Manuel Veiga,
Eliminare sem mais ser dito.
Boa noite!:))
Já aqui tinha vindo duas ou três vezes, sem comentar.
ResponderEliminarFiquei indeciso, na nuvem. Premonição? In Vino Veritas.
Bj