[Da fome da "gente da minha terra"
... testemunho de uma mãe: "não tenho um mimo para lhe dar".]
David Oliveira, uma das esculturas integradas na exposição Corpo Habitado. Galeria 111, Lisboa
Intitulei-a dor.
Dor
Passa-se um dia e outro dia
À espera que passe a Dor,
E a Dor não passa, e porfia,
Porque trás dia, outro dia
Que traz Dor inda maior;
Porque embora a Dor aflita
Calasse há muito seus ais,
Ainda, fundo, palpita
Uma outra Dor que não grita:
A Dor do que não dói mais.
Francisco Bugalho, in "Dispersos e Inéditos"
(Citador)
E a dor que não passa, Ana. A dor num crescendo insuportável.
ResponderEliminarMagnifica esta interpretação de Marisa.
Beijinho.
GL,
ResponderEliminarSó agudiza. :(
É o país que infelizmente temos...
Beijinho.
Mais que na carne
ResponderEliminarhá dores
Que espantoso poema !
ResponderEliminarAté a ler dói,Ana...
Um beijo.
A dor e a tristeza também servem para a criação de belas obras e estas que li e ouvi agora tocaram fundo...
ResponderEliminarBjs.
Um dia, a dor sentida
ResponderEliminarse erguerá mais que nós próprios
A interpretação da Mariza arrepia, ana
ResponderEliminarBeijinho e votos de BFDS!!!
É muito triste... mas gostei do poema. Bjns!
ResponderEliminarNão conhecia o poema, que achei lindíssimo!
ResponderEliminarÉ aflitivo ver como a pobreza se está a acentuar na Europa...
Bom fim-de-semana, Ana!
O poema lembrou-me alguma coisa de outros poetas bem conhecidos. É muito bonito e significativo.
ResponderEliminarNão consegui perceber bem a escultura, embora esteticamente seja interessante.
Um beijinho e bom fim-de-semana, Ana!
Mar Arável,
ResponderEliminarUma dor imensa.
Abraço.
João,
É realmente o adjectivo correcto. Obrigada.
Beijinho.
Raul,
A nossa língua é ímpar.
Tocar no fundo é dizer-me que valeu a pena este registo.
Beijinho.
Rogério,
Será?
Abraço.
Pedro,
Tenho imensa pena de não ter assistido a este concerto magnífico. Depois da Amália ela é a minha diva portuguesa.
Beijinho.
Margarida,
É o país que hoje temos.
Beijinho e obrigada.
Sandra,
É preocupante e onde como parar este crescendo?
Beijinho.
Isabel,
Quando o li pela primeira vez senti precisamente o mesmo.
É muito bonito, toca, para mim, o barroco extemporâneo.
Beijinho e bom fim-de-semana.
Para todos um :))
Ana, a situação económica do país/mundo está a ficar muito preocupante.
ResponderEliminarMas nem assim os governantes percebem que não é este o caminho!
Um beijinho.:))
Cláudia,
ResponderEliminarÉ preocupante e desmoralizador.
Que incentivo têm as pessoas para trabalhar?
Aumentaram o horário, não respeitam os anos de trabalho e a idade...
Exigem mais trabalho, dão piores condições e cortam no salário.
Um governo que não sabe incentivar os seus funcionários. Não sabe gerir recursos humanos, já para não falar das outras áreas.
Beijinho e fico feliz por passar por aqui. :))