Aguarela de Manuel Tavares, O Mártir da Cruz, 1958. Colecção Carlos do Carmo.
Retirado do livro de Fernando Tordo e Manuel de Sousa, As Cores da Crucificação, Lisboa: Oro Faber, 2005, p. 170.
Fotografia - Pedro Saraiva
Adolfo Correia da Rocha, Miguel Torga, faleceu a 17 de Janeiro de 1995. A minha homenagem a um homem que passou pelo mundo com a discrição de um gentleman.
Fotografia - Pedro Saraiva
Adolfo Correia da Rocha, Miguel Torga, faleceu a 17 de Janeiro de 1995. A minha homenagem a um homem que passou pelo mundo com a discrição de um gentleman.
Coimbra, 14 de Julho de 1974
ORAÇÃO
Peço-te lucidez, Senhor.
Rogo-te humildemente,
Em nome da terrena condição,
Que me não cegues neste labirinto
De paixões.
Que nele, aos tropeções,
Eu nunca chegue até onde, perdido,
O homem já não pode
Saber até que ponto é consentido
O jugo que sacode.
Miguel Torga, Diário XII, Coimbra, (2ª edição) p. 73.
Peço-te lucidez, Senhor.
Rogo-te humildemente,
Em nome da terrena condição,
Que me não cegues neste labirinto
De paixões.
Que nele, aos tropeções,
Eu nunca chegue até onde, perdido,
O homem já não pode
Saber até que ponto é consentido
O jugo que sacode.
Miguel Torga, Diário XII, Coimbra, (2ª edição) p. 73.
Agradeço a Cláudia da Livraria Lumière que me recordou o poeta, escritor e ensaísta.
Excelente o pensamento
ResponderEliminaras palavras
e a obra
Bjs tantos
A Isabel me apresentou Torga de uma forma que jamais havíamos visto. Belo. Agora vc nos traz algo que demanda tempo para se dar o devido valor, daqueles que guardaremos para ler no ano que vem e com certeza terá outros e mais significado.
ResponderEliminarobrigada.
bjs nossos
Hoje estou a conseguir comentar, ana.
ResponderEliminarPara encontrar aqui o Torga.
Que encontrei, pessoalmente, tantas vezes na Baixa em Coimbra.
E que o meu padrinho conhecia pessoalmente.
Reservado, era muitas vezes tido por antipático.
Não era o caso.
Bjs
Como era importante que esta oração fizesse eco na mente do ser humano!!
ResponderEliminarMiguel Torga é um dos meus autores de eleição. E, até teve direito a uma montra só para ele. Não é para todos...
Um beijo terno
Uma "Oração" que faz tanto sentido.
ResponderEliminarBeijo
Muito belo o poema. Junto-me nessa oração. Bjs!
ResponderEliminarDesatêrro
ResponderEliminarNão te posso mentir: o teu desenho é feio;
E a minha assinatura
Só ia sem receio
Para a bonita altura
Da curva do teu seio...
Mas tens corpo são, moreno e forte
Com promessas no rosto e na bacia;
e a sorte
Quando te fez assim morena e forte
Lá pensou no que fazia!...
Eu, que sonhei contigo certa noite
Em que tudo aconteceu,
Digo, sinceramente:
O teu corpo é rijo e quente
E amoldou-se ao meu...
Porém.
Deus não me fez poeta e D. João
Para ser pai:
O meu amor é raro e nunca vai
Confirmar as palavras de ninguém...
Amo a estéril mulher loira e criança
Que joga a minha vida e a minha herança...
...E tu só podes ser Mãe!...
Adolpho Rocha, Coimbra, 1929
Linda Oração.
ResponderEliminarGosto muito do Miguel Torga
Beijinhos, Ana
Me rendo a essa oração.
ResponderEliminarzerafim
Conheço melhor a sua prosa, de que gosto muito. Mas esta oração talhada em verso é um tesouro.
ResponderEliminarUm beijinho e um bom resto de semana.
Mar Arável,
ResponderEliminarBjs tantos :)
7 amigas,
Obrigada e é uma oração para orar muitas vezes.
7 Beijinhos. :)))))))
Pedro,
Não consigo comentar no seu blogue. Sim ele era muito reservado e tinha uma ar misterioso. Também me cruzei com ele.
Beijinhos. :)
`
Cláudia,
Então parabéns pela montra! Lá do céu pode ser que ele veja a torga, planta que escolheu para nome.
Obrigada, bj caloroso.
:)
Carlota,
... diz tudo nada acrescento senão obrigada!
Bjs. :)
Margarida,
Juntemo-nos então!:))
Bjs.
George Sand,
Muito obrigada por esse, outro poema!
Bj.:)
Isabel,
Este Diário tem prosa e versos belíssimos.
Saudades e bjs. :)
Zerafim,
Obrigada pela rendição! :)
Sara,
Também conheço melhor a prosa mas tem poemas lindíssimos!
Não consigo comentar no seu blogue, coisas da blogosfera. :)
Bj e boa semana!
É um autor memorável, sem dúvida. E a pintura, belíssima também.
ResponderEliminarUm abraço lembrado, ana.
R,
ResponderEliminarEu é que agradeço a sua passagem por aqui.
Não consigo comentar no seu blogue por isso digo aqui que a causa do euro é meritória e vamos todos contribuir.