31/03/2010
O Beijo de Judas!
30/03/2010
Willelm Hammershoi
29/03/2010
Giotto pormenor!
28/03/2010
27/03/2010
Em torno de La Tour!
À volta de um rosto...do Adão a Eva, do amor!
ART. 40 - Qual é o principal efeito das paixões
Porque é necessário notar que o principal efeito de todas as paixões nos homens é o incitarem e disporem a alma a querer as cousas, preparando para isso o seu corpo: de sorte que o sentimento do medo o incita a querer fugir, o da ousadia, a querer combater, e assim por diante.
25/03/2010
Sakura, As cerejeiras em flor numa primavera adormecida.
24/03/2010
Histórias... Irene Lisboa!
A sua história, afinal, é o ser de barro e parecer de mármore e de ser recente e parecer antigo. Uma história sem entrecho.
Irene Lisboa, Solidão, notas no punho de uma mulher, Lisboa: Editorial Presença, Vol II, p. 59-60.
23/03/2010
O Sonho ou os sonhos, pinturas de Kurosawa!
DREAMS — I Fly “My Shadow Calls Me”
DREAMS — Sunshine Through The Rain “The Field: A Rainbow Goes Away From Me”
Homenagem a Akira Kurosawa!
21/03/2010
O Anjo!
Fitzwilliam Museum, University Of Cambridge
Hino ao dia da Árvore!
20/03/2010
Agora
Abre-te, Primavera!
Tenho um poema à espera
Do teu sorriso.
Um poema indeciso
Entre a coragem e a covardia.
Um poema de lírica alegria
Refreada,
A temer ser tardia
E ser antecipada.
Dantes, nascias
Quando eu te anunciava.
Cantava,
E no meu canto acontecias
Como o tempo depois te confirmava.
Cada verso era a flor que prometias
No futuro sonhado…
Agora, a lei é outra: principias,
E só então eu canto confiado.
Miguel Torga, Diário X, Coimbra, 1995, p. 1030.
Andorinhas
x
Vimos chegar as andorinhas
conjugarem-se as estrelas
impacientarem-se os ventos
Agora
esperemos o verão do teu nascimento
tranqüilos, preguiçosos
Tão inseparáveis as nossas fomes
Tão emaranhadas as nossas veias
Tão indestrutíveis os nossos sonhos
Espera-te um nome
breve como um beijo
e o reino ilimitado
dos meus braços
Virás
como a luz maior
no solstício de junho.
Rosa Lobato Faria, A Gaveta de Baixo, Lisboa: Edições ASA, 1999
19/03/2010
O Silêncio II
«Um silêncio cauto e prudente é o cofre da sensatez».
Umberto Eco
Já há uns tempos que conheço Hammershoi um pintor que é do meu agrado. Considero-o repousante. Hoje, ao visitar o blog Memórias e Imagens de Margarida Elias encontrei esta tela e resolvi colocá-la, bem como a citação que Margarida Elias juntou e que me levou a reflectir.
Odeio este silêncio mas tenho-o usado.
Na Terra dos Beijos
18/03/2010
Retrato e poema de António Maria Lisboa
Z
As formas, as sombras, a luz que descobre a noite
e um pequeno pássaro
e depois longo tempo eu te perdi de vista
meus braços são dois espaços enormes
os meus olhos são duas garrafas de vento
e depois eu te conheço de novo numa rua isolada
minhas pernas são duas árvores floridas
os meus dedos uma plantação de sargaços
a tua figura era ao que me lembro da cor do jardim.
António Maria Lisboa, in "Ossóptico e Outros Poemas"
17/03/2010
A Pintura de Deus, pelo espaço ou universo... o brilho no silêncio.
This view combines the sharp imaging of the Hubble Space Telescope's Near Infrared Camera and Multi-Object Spectrometer (NICMOS) with color imagery from a previous Spitzer Space Telescope survey done with its Infrared Astronomy Camera (IRAC). The Galactic core is obscured in visible light by intervening dust clouds, but infrared light penetrates the dust.
The NICMOS mosaic required 144 Hubble orbits to make 2,304 science exposures from Feb. 22 and June 5, 2008.
Image Credits: Hubble: NASA, ESA, and Q.D. Wang (University of Massachusetts, Amherst); Spitzer: NASA, Jet Propulsion Laboratory, and S. Stolovy (Spitzer Science Center/Caltech)
No Castelo dos Templários
No Templo
No castelo dos templários
Uma folha rasteja ao vento
o sol bate débil
mas a pedra é resplandecente.
O silêncio
é doce e quente.
A pequenez não tem lugar
e a alma engrandece-se.
Os "justos" pecam
e lavam a sua alma
numa oração sem letra
ao som do canto.
Maria,
num sinal de reconhecimento
mira o cavaleiro recém-chegado,
aquele guarda a espada na baínha
já não se bate como outrora,
dela sai agora a rosa fraternal…
16/03/2010
Pintura
Pintura
Onde se diz espiga
leia-se narciso.
Ou leia-se jacinto.
Ou leia-se outra flor.
Que pode ser a mesma.
As flores
são formas
de que a pintura se serve
para disfarçar
a natureza. Por isso
é que
no perfil
duma flor
está também pintado
o seu perfume.
Albano Martins, in "Castália e Outros Poemas"
15/03/2010
...é como se as estrelas se apagassem todas de repente!
X
E não foi capaz de continuar. Desatou de repente a chorar. Entretanto, fizera-se noite e eu largara as minhas ferramentas. Queria lá saber do martelo, da porca, da sede e da morte! É que, numa certa estrela, num certo planeta, no meu planeta, na Terra, havia um principezinho para consolar. Peguei-lhe ao colo. Embalei-o. Fui-lhe dizendo: « A flor de que tu gostas não corre perigo nenhum... Eu desenho um açaimo para a tua ovelha... Eu desenho uma armadura para a tua flor... Eu...»
Não sabia que mais lhe prometer. Sentia-me completamente desarmado. Não sabia como chegar até ele... É tão misterioso, o país das lágrimas!"
x
Saint-Exupéry, O Principezinho, Lisboa: Editorial Presença, excerto do capítulo VII
A um amigo que já não vejo há muito tempo e se esquece de regar a flor!
Caos: uma instalação
Retirei daqui
Adriana Siso nasceu em Caracas, Venezuela
14/03/2010
Um poema sem verbo!
um gueto, uma imagem
um quadro, uma ideia
uma descrença, tristeza
um écran, uma janela
três dimensões, três virtudes:
xxxxSabedoria
xxxxxxxxxxAmor
xxxxxxxxxxxxxxVerdade
pensamentos soltos
desconexos
ao sabor do sol
e sem verbo.
13/03/2010
O Silêncio
O Silêncio
Ouço a maresia distante,
a ondulação agitada e enraivecida.
As areias queimam
e as dunas tornam-se intransponíveis.
Na paleta de Turner
os ocres contracenam
com o azul do mar revolto.
Não há Terra só existe o mar
São cinco da tarde:
esperei por ti, contando
os segundos e os minutos...
Mas não apareceste...
Só apareceu o silêncio
que o relógio conta
e o vazio das areias .
Vi uma sombra
mas ela era
o silêncio vestido de névoa.
09/03/2010
08/03/2010
Estrelas Cadentes
de leve no charco
como as cordas dedilhadas
de uma guitarra.
Os acordes são melódicos
é uma canção de amor
trova de um cavaleiro
que chega a sua casa.
A chuva bate devagarinho
na minha janela,
faz estradas de luz
como se fossem estrelas cadentes
07/03/2010
Beijos
Diz o poeta,
caídas do céu,
sem mais nem menos
Olho para o céu,
a nuvem branca passa de leve,
e leva com ela
os meus beijos
Olho mais uma vez
para ver o meu pássaro,
mas ele hoje não vem
nem deixa os meus beijos!
Há palavras que nos beijam, Alexandre O'Neill
Como se tivessem boca.
Palavras de amor, de esperança,
De imenso amor, de esperança louca.
Palavras nuas que beijas
Quando a noite perde o rosto;
Palavras que se recusam
Aos muros do teu desgosto.
De repente coloridas
Entre palavras sem cor,
Esperadas inesperadas
Como a poesia ou o amor.
(O nome de quem se ama
Letra a letra revelado
No mármore distraído
No papel abandonado)
Palavras que nos transportam
Aonde a noite é mais forte,
Ao silêncio dos amantes
Abraçados contra a morte.
Alexandre O'Neill
Se duvidas que teu corpo - António Botto
Possa estremecer comigo –
E sentir
O mesmo amplexo carnal,
– desnuda-o inteiramente,
Deixa-o cair nos meus braços,
E não me fales,
Não digas seja o que for,
Porque o silêncio das almas
Dá mais liberdade
às coisas do amor.
Se o que vês no meu olhar
Ainda é pouco
Para te dar a certeza
Deste desejo sentido,
Pede-me a vida,
Leva-me tudo que eu tenha
–Se tanto for necessário
Para ser compreendido.
António Botto
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