23/03/2009

Memória do Passeio à Vista Alegre, a Árvore.

Uma árvore frondosa recebe-nos na Vista Alegre. Tão frondosa como foi o seu fundador.


Em memória de José Ferreira Pinto Basto que construi com fraternidade.

Auto-retrato, Paula Rêgo.

“Aos 10 anos, depois da 4ª classe, fui para o colégio inglês de St. Julian’s em Carcavelos. Divertíamo-nos imenso. Lá aprendi tudo o que sei. Na escola inglesa davam-nos tintas que podíamos usar à vontade, espalhando-as, sujando-nos e pintando o que queríamos. Muito antes, tinha de decidido que queria ser pintora, creio. Foi aos oito anos, parece-me que quis ser pintora.”
Aprende a Olhar, nº 1, IIE

Paula Rêgo Auto-retrato
As mulheres/meninas na vida de Paula Rêgo.

Retrato com Sombra, Eugénio de Andrade.


RETRATO COM SOMBRA

Que morte é a sombra deste retrato
onde eu assisto ao dobrar dos dias,
órfão de ti e de uma aventura suspensa?

Tu não eras só este perfil.
Tu não eras só este sossego aconchegado
nas mãos como num regaço.
Tu não eras apenas
este horizonte de areia com árvores distantes.

Falta aqui tudo o que amámos juntos,
o teu sorriso com as ruas dentro,
o secreto rumor das tuas veias
abrindo sulcos de palavras fundas
no rosto da noite inesperada.
Falta sobretudo à roda dos teus olhos
a pura ressonância da alegria.

Lembro-me de uma noite em que ficámos nus
para embalar um beijo ou uma lágrima,
lutando, de mãos cortadas, até romper o dia,
largo, intacto,
nas pálpebras molhadas dos lírios.

Tu não eras ainda este perfil
com uma rosa de cinza na mão direita.
Eu andava dentro de ti
como um pequeno rio de sol
dentro da semente,
porque nós – é preciso dizê – lo –
tínhamos nascido dentro do outro
naquela noite.

Esse é o teu rosto verdadeiro;
aquele rosto que vou juntando ao teu retrato
como quando era pequeno:
recortando aqui,
colando ali,
até que uma fonte rasgue a tua boca
e a noite fique transbordante de água.

Eugénio de Andrade, Obra de Eugénio de Andrade/25, Porto: Editora fundação Eugénio de Andrade, 2005 (8ª edição), p. 28.

The Story Of The Impossible - Peter Von Poehl.

Conheci esta belíssima canção.
A história do impossível! Meti-me à estrada fechei os olhos e simplesmente ouvi. O carro guia-me à procura de "Nowhere".



À consagração...

Peter Von Poehl estreia-se, em 2006, pela primeira vez com um álbum a solo, Going to Where the Tea-Trees Are

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