Para a minha amiga Maria João, do Falcão de Jade, desejo um dia muito feliz.
Parabéns! :)
A inteligência, a generosidade e a alegria com que nos acolhe e pontua a sua vida levou-me a focar as Três Graças de Lucas Cranach, o Velho, que também são do seu agrado.
Lucas Cranach, o Velho,
As Três Graças, 1535
Nelson-Atkins Museum of Art, Kansas City, Missouri, USA.
Aglaia [segundo Hesíodo «Esplendorosa»*] simboliza o esplendor, a glória, a inteligência e o poder criativo.
Eufrosine [«Alegre»*] prefigura o prazer (alegria) e a beleza.
Tália, [«Florida»*] representa a comédia e a poesia bucólica (pastoral).
As três Graças eram filhas de Zeus e Hera (ou Eurínome). Os seus encantos eram oferecidos a deuses e a mortais e consistiam, segundo o arquétipo referido, na alegria, na eloquência, na generosidade e na sabedoria que a minha amiga Maria João possui.
As deusas são representadas a viver no Olimpo e prestam assistência a Vénus (deusa do amor) e a seu filho, Cúpido. Não desempenham um papel central em qualquer dos mitos, mas estão presentes em algumas pinturas, nomeadamente, em cerimónias de casamento e em outras festividades. Neste sentido eram vistas como acompanhantes de Apolo no seu papel de patrono das Artes.
Aparecem referenciadas nas obras dos poetas clássicos: Homero, Ilíada XIV, 263-276; Hesíodo, Teogonia 64-65, 907-911 e Séneca, Sobre os Benefícios I,3.2.
Dados recolhidos no Guia do Apreciador de Pintura, de Marcus Lodwick, Lisboa: Editorial Estampa, 2003, (tradução Marisa Costa) p. 55 e na Wikipédia inglesa.
Eufrosine
Tália
Bucólica
A vida é feita de nadas:
De grandes serras paradas
À espera de movimento;
De searas onduladas
Pelo vento;
De casas de moradia
Caiadas e com sinais
De ninhos que outrora havia
Nos beirais;
De poeira;
De sombra de uma figueira;
De ver esta maravilha:
Meu Pai a erguer uma videira
Como uma mãe que faz a trança à filha.
Miguel Torga,
Diário I. Lisboa: D. Quixote, p. 30. (5 ª edição conjunta)
Aglaia
Gatinhos romanos para a acompanharem na viagem a Roma.
Postal adquirido naquela cidade